As mobilizações avançam e definem o futuro

11 de abril de 2017 às 18:38

João Guilherme Vargas N
Tr&ecirc;s semanas antes do dia 28 de abril, os esfor&ccedil;os priorit&aacute;rios do movimento sindical e dos movimentos sociais s&atilde;o a prepara&ccedil;&atilde;o da greve, garantindo as maiores mobiliza&ccedil;&otilde;es populares contra as &ldquo;deformas&rdquo;.<br /> <br /> Este processo social de resist&ecirc;ncia vai se avolumando com as diferentes iniciativas de esquenta apontando para o &ecirc;xito da jornada.<br /> <br /> Dois processos simult&acirc;neos d&atilde;o conta, sob dois aspectos, dessa evolu&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> O primeiro deles &eacute; o desenvolvimento sem&acirc;ntico do nome que se d&aacute; ao 28 de abril. Coexistem as express&otilde;es &ldquo;greve geral&rdquo;, &ldquo;greve nacional&rdquo;, &ldquo;greve&rdquo;, &ldquo;greve com manifesta&ccedil;&otilde;es&rdquo;, &ldquo;paralisa&ccedil;&otilde;es&rdquo; e &ldquo;dia nacional de mobiliza&ccedil;&otilde;es&rdquo;. Com o ac&uacute;mulo das iniciativas, a verdadeira defini&ccedil;&atilde;o do protesto vai se afirmando paulatinamente; as consci&ecirc;ncias v&atilde;o se esclarecendo, as possibilidades v&atilde;o se concretizando e as estruturas se organizam. O nome vir&aacute; como consequ&ecirc;ncia.<br /> <br /> Outro aspecto, important&iacute;ssimo para a defini&ccedil;&atilde;o do que deve ser garantido, &eacute; a forma dos protestos do dia 28. Se a greve geral for efetiva &ndash; principalmente nas f&aacute;bricas e locais de trabalho e nos transportes p&uacute;blicos &ndash; podemos ter como modelo a data hist&oacute;rica da greve do 21 de julho de 1983 quando, nas palavras de Joaquim dos Santos Andrade, os oper&aacute;rios de S&atilde;o Paulo transformaram a quinta-feira de trabalho em um domingo sereno, tal o efeito das paralisa&ccedil;&otilde;es. Em paralelo podem coexistir no dia 28 em diferentes cidades as greves localizadas e manifesta&ccedil;&otilde;es maci&ccedil;as ou passeatas nos logradouros tradicionais. As dire&ccedil;&otilde;es devem extrair as li&ccedil;&otilde;es da recente greve dos trabalhadores argentinos, apesar do quase bloqueio midi&aacute;tico sobre ela.<br /> <br /> De qualquer maneira, desde que se mantenha o empenho unit&aacute;rio mobilizat&oacute;rio, o nome ser&aacute; consagrado pela jornada e seu formato ser&aacute; definido &ndash; na semana que precede o protesto &ndash; pelas dire&ccedil;&otilde;es sindicais e sociais unidas.<br /> <br /> Um dos efeitos j&aacute; atestados do impulso para o dia 28 &eacute; a dan&ccedil;a de posi&ccedil;&otilde;es e de recuos do governo sobre suas &ldquo;deformas&rdquo;, em especial a &ldquo;deforma previdenci&aacute;ria&rdquo;. Os deputados, alvoro&ccedil;ados, come&ccedil;am a sentir a press&atilde;o de seus nomes e retratos sendo divulgados aos milhares. Imaginem s&oacute; o pandem&ocirc;nio que se instalar&aacute; com o &ecirc;xito da jornada de 28 de abril, que gritar&aacute;, a plenos pulm&otilde;es, &ldquo;nenhum direito a menos&rdquo;.<br /> <br /> <i><b><img src="/uploads/image/artigos_joao-guilherme-vargas-neto_consultor-entidades-sindicais_membro-diap.jpg" hspace="3" align="left" alt="" /><br /> <br /> Jo&atilde;o Guilherme Vargas Neto</b></i> &eacute; consultor sindical<br /> e membro do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).<br /> E-mail: joguvane@uol.com.br