Tacla Durán, o fim da página da mulher de Moro, a histeria de Dallagnol: a Lava Jato agoniza em praça pública

01 de dezembro de 2017 às 18:28

Kiko Nogueira
O Brasil assiste aos estertores da Lava Jato. Como no apocalipse, os sinais est&atilde;o em toda parte. <br /> <br /> Os mais vis&iacute;veis s&atilde;o o encerramento da p&aacute;gina no Facebook da mulher de Sergio Moro, Ros&acirc;ngela, em homenagem aos feitos do marido; a pris&atilde;o pat&eacute;tica da l&iacute;der do grupo golpista Nas Ruas, caluniando deputados em nome do juiz paranaense; a histeria de Deltan Dallagnol, agora tentando sabotar as elei&ccedil;&otilde;es de 2018 com os amigos procuradores.<br /> <br /> O depoimento do ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Dur&aacute;n &agrave; CPMI da JBS foi a p&aacute; de cal.<br /> <br /> Dur&aacute;n, como se sabe, n&atilde;o fez acordo de dela&ccedil;&atilde;o premiada. Atrav&eacute;s de teleconfer&ecirc;ncia, mostrou c&oacute;pias periciadas de conversas com Carlos Zucolotto, padrinho de casamento de Moro, no que parece uma tentativa de extors&atilde;o.<br /> <br /> Zucolotto negociaria em nome de um tal &ldquo;DD&rdquo;, iniciais naturalmente associadas a Deltan Dallagnol &mdash; ou, como est&aacute; circulando na internet, Duiz Din&aacute;cio.<br /> <br /> Tacla Dur&aacute;n ainda citou a dela&ccedil;&atilde;o &ldquo;&agrave; la carte&rdquo; que lhe teria sido oferecida por Marcelo Miller. Ainda que virtualmente ignorada pela imprensa, sua participa&ccedil;&atilde;o na CPI inundou as redes sociais.<br /> <br /> A s&eacute;rie de reportagens do DCM com o GGN mostrou que a Lava Jato tornou-se uma ind&uacute;stria que est&aacute; deixando muita gente rica &mdash; advogados, gente do Minist&eacute;rio P&uacute;blico, delatores &ndash;, enquanto o pa&iacute;s empobrece.<br /> <br /> Que tipo de combate aos corruptos &eacute; esse?<br /> <br /> A gan&acirc;ncia da tal &ldquo;panela de Curitiba&rdquo;, de que fala Dur&aacute;n, engoliu os motivos pretensamente &ldquo;nobres&rdquo; da opera&ccedil;&atilde;o que pretendia redimir o Brasil de 500 anos de corrup&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Com tantos peixes gra&uacute;dos na rede, ela foi instrumentalizada para ajudar a derrubar Dilma Rousseff e perseguir Lula obsessivamente.<br /> <br /> Ao final, a desmoraliza&ccedil;&atilde;o. A m&iacute;dia deu uma for&ccedil;a inestim&aacute;vel nesse sentido com os vazamentos sem crit&eacute;rio e a canoniza&ccedil;&atilde;o de picaretas como o Japon&ecirc;s da Federal. Foi o abra&ccedil;o do afogado.<br /> <br /> Criaram-se popstars jur&iacute;dico-policiais como Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima, Sergio Moro, Rodrigo Janot e tantos outros fios desencapados, sequestradores das vontades de um STF fraco.<br /> <br /> Nenhum pa&iacute;s aguenta viver sob uma instabilidade institucional dessa monta. O Brasil foi alvo de uma condu&ccedil;&atilde;o coercitiva da Lava Jato. Quatro anos depois, como diziam os Teletubbies, &eacute; hora de dar tchau. <br /> <br /> <i><b><img src="/uploads/image/artigos_kiko-nogueira_jornalista-de-musico.jpg" align="left" width="60" hspace="3" height="80" alt="" /><br /> <br /> Kiko Nogueira</b></i>. Diretor do Di&aacute;rio do Centro do Mundo. Jornalista e m&uacute;sico. Foi fundador e diretor de reda&ccedil;&atilde;o da Revista Alfa; editor da Veja S&atilde;o Paulo; diretor de reda&ccedil;&atilde;o da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.<br /> Fonte? http://www.diariodocentrodomundo.com.br/