A encenação do desembarque tucano do governo de Temer não engana ninguém novembro 30, 2017
04 de dezembro de 2017 às 10:55
Genaldo de Melo
Michel Temer, presidente mais impopular da história e único a ser denunciado por corrupção e comprar descaradamente deputados para não ser condenado, não chegou ao posto que exerce sozinho. Ele contou com o apoio incondicional dos tucanos que não concordaram em perder tantas eleições seguidas nas urnas. Toda a impopularidade de Temer intoxicou também a todos os balões de ensaios colocados no xadrez político pelos membros do tucanato, assessorados exatamente pelo ex-presidente FHC. E não foram poucos até aqui (do próprio Aécio, ao João Dória, ao Alckmin, ao Serra, e até mesmo ao Luciano Huck, que também foi uma invenção de FHC)<br />
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Agora tucanos querem esquecer que Aécio perdeu tudo que tinha por corrupção, mais achando que o povo é besta, fala em combate à corrupção, e desesperadamente tentam sair do governo que criaram sem que isso fique colado à imagem e semelhança deles. FHC praticamente exige a descida do Planalto, bem como Alckmin faz a promessa de que como presidente do partido é isso que vai fazer. Mas Aloysio Nunes não sai porque é da cota pessoal de Temer, e também anda dizendo que não vai mais ser candidato à reeleição ao Senado.<br />
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Tratam as coisas políticas como se os brasileiros fossem um rebanho nietzschiano de bestas que vão esquecer quem são os verdadeiros culpados por colocar uma organização criminosa no poder, e que logo vão esquecer das coisas e voltar a votar no estranho personagem que administra o Palácio dos Bandeirantes em São Paulo para administrar o Palácio do Planalto a partir de janeiro de 2019. Além de ser cinismo além da conta, é também cegueira política em não querer enxergar o que dizem todas as pesquisas eleitorais feitas agora. Todos os nomes de balão de ensaio saindo muito bem, menos os nomes defendidos por FHC.<br />
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Mas é tudo nos conformes da orquestração que fazem juntos (tucanos e governo) pensando em ludibriar a história, achando que as forças políticas que foram saqueadas politicamente, e que tinham e têm o apoio inconteste do povo (as pesquisas comprovam) vão ficar quietas até o próximo outubro para eles tocarem a música e dançarem como fez o deputado Marun. <br />
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Nada do que fazem agora, e que parece que será melhor acordado no próximo final de semana no encontro de Temer e Alckmin, pode ser considerado matematicamente correto do ponto de vista político, porque no jogo ainda tem Lula, Manuela e outros mais dispostos a não deixar o desastre político continuar no país. Tiram dois ministros atrapalhados do governo (Imbassahy e Luislinda), mas não garantem vitória à presidência, e nem Temer ser embaixador, porque o voto é na urna!<br />
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Por <b><i>Genaldo de Melo</i></b><br />
Fonte: genaldo40.blogspot.com<br />