As eleições dos figurões manchados

16 de dezembro de 2017 às 09:59

Tenente Dirceu Cardoso Gon&cce
Com os dois candidatos da elei&ccedil;&atilde;o passada em desgra&ccedil;a &ndash; Dilma impichada e A&eacute;cio denunciado e investigado &ndash; a elei&ccedil;&atilde;o presidencial que acontecer&aacute; dentro de dez meses sofre a falta de pesos pesados para a sua disputa. Na falta destes, surgem absurdos como o apresentador Luciano Hulk (bom para a TV mas sem experi&ecirc;ncia pol&iacute;tica) e agora especula-se o nome presidente da C&acirc;mara, Rodrigo Maia, uma figura secund&aacute;ria at&eacute; as elei&ccedil;&otilde;es passadas, em cuja cabe&ccedil;a caiu sua situa&ccedil;&atilde;o atual decorrente da desgra&ccedil;a dos titulares. O governador Geraldo Alckmin, que j&aacute; foi candidato a presidente e perdeu em 2006, trava grande luta para concorrer novamente pelo PSDB. A pr&eacute;-confirma&ccedil;&atilde;o da impossibilidade de Lula candidatar-se dever&aacute; levar o PT a tirar novo poste da cartola e incentivar&aacute; as diferentes correntes a lan&ccedil;arem nomes aventureiros na tentativa de acabar acertando o alvo.<br /> <br /> Se para presidente n&atilde;o h&aacute; peso-pesado, menos ainda para o os governos estaduais, Senado e C&acirc;mara dos Deputados, considerando-se que a maioria das estrelas dessas constela&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas se encontram manchadas pelos crimes apurados na Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato. Ent&atilde;o, surgem diferentes homens e mulheres de r&aacute;dio e televis&atilde;o, jogadores de futebol e outros esportistas tentando converter sua popularidade em votos, para se tornarem pol&iacute;ticos. Isso nos d&aacute; a certeza de que teremos uma elei&ccedil;&atilde;o pelo menos diferente. O eleitor n&atilde;o pode se esquecer que nem sempre o artista ou o esportista se d&aacute; bem com a pol&iacute;tica. O exemplo mais recente &eacute; o do palha&ccedil;o Tiririca, campe&atilde;o de votos paulistas nas duas ultimas elei&ccedil;&otilde;es, que acaba de se declarar decepcionado e promete n&atilde;o concorrer &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Um clima t&atilde;o at&iacute;pico exige ainda mais cautela dos eleitores para depois n&atilde;o se arrependerem do voto dado. Ele precisa estar consciente de que, pouco ou muito, todos os eleitos ter&atilde;o algum tipo de influ&ecirc;ncia no encaminhamento do pa&iacute;s durante os pr&oacute;ximos quatro anos. &Eacute; de seu interesse saber quem s&atilde;o os candidatos a todos os postos em sua regi&atilde;o, conhecer o que cada um prop&otilde;e como pauta de trabalho e s&oacute; depois disso decidir quem escolher. Isso, com certeza, n&atilde;o resolver&aacute; todos os problemas do pa&iacute;s, mas servir&aacute; para dar uma peneirada e eleger menos gente ruim.<br /> <br /> Costuma-se dizer que &eacute; preciso cair para depois se levanta em melhores condi&ccedil;&otilde;es e caminhar. Os acontecimentos pol&iacute;ticos recentes demonstram a queda de muitos de nossos representantes em postos eletivos. Com eles o pr&oacute;prio pa&iacute;s caiu numa grande recess&atilde;o e o povo em dificuldades. Votar conscientemente poder&aacute; levantar e encaminhar aos postos pol&iacute;ticos melhores do que os que hoje l&aacute; se encontram e, finalmnte, recolocar o pa&iacute;s na dire&ccedil;&atilde;o do desenvolvimento e do bem-estar da popula&ccedil;&atilde;o. Se a elei&ccedil;&atilde;o n&atilde;o servir para isso, n&atilde;o ter&aacute; raz&atilde;o de continuar existindo...<br /> &nbsp;<br /> <img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" align="left" width="60" hspace="3" height="81" alt="" /><br /> <br /> <br /> <b><i>Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</i></b> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; <br />