A urgência de viver o Amai-vos

14 de fevereiro de 2018 às 17:58

José de Paiva Netto
Na Boa Nova de Jesus, aprendemos com o Preceptor Celestial que &eacute; imprescind&iacute;vel &ldquo;<b><i>amar-nos uns aos outros como Ele nos tem amado</i></b>&rdquo; (Evangelho, segundo Jo&atilde;o, 13:34). E mais: passamos a definir qualquer situa&ccedil;&atilde;o, de modo que a necessidade do ensinamento do Senhor quanto &agrave; &ldquo;<b><i>Ess&ecirc;ncia de Deus para a Vida</i></b>&rdquo; &mdash; que &eacute; o Mandamento Novo, na defini&ccedil;&atilde;o do saudoso fundador da Legi&atilde;o da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979) &mdash; seja efetiva. Fica patente esse anseio que temos de ser felizes, raz&atilde;o por que nos devemos esfor&ccedil;ar com decis&atilde;o, de forma que haja uma Sociedade Solid&aacute;ria Altru&iacute;stica Ecum&ecirc;nica. Para que o Respeito, a Fraternidade, a Solidariedade, a Compaix&atilde;o, a Generosidade possam fazer realmente vigorar a Verdade e a Justi&ccedil;a. (...)<br /> <br /> <b>Ant&iacute;doto ao &oacute;dio</b><br /> <br /> O Amor, aliado &agrave; Justi&ccedil;a, &eacute; essencial. Porque o outro lado da moeda &eacute; isso de que todos est&atilde;o querendo livrar-se: o &oacute;dio, que promove a viol&ecirc;ncia que atrai mais viol&ecirc;ncia, o desencontro de sentimentos. Assim, &ldquo;<b><i>o xis do problema</i></b>&rdquo; n&atilde;o reside necessariamente nos regimes pol&iacute;ticos e sociais, mas na &iacute;ndole do ser humano, que os constitui, imp&otilde;e e vive. Costumo afirmar: n&atilde;o h&aacute; regime bom enquanto o homem for mau (desculpem o cac&oacute;fato).<br /> <br /> Como &eacute; que um ser, na carne ou no et&eacute;reo, que ainda n&atilde;o tem devidamente demonstrado seguras condi&ccedil;&otilde;es para desfrutar de um clima de civilidade, &eacute; capaz de estabelecer uma viv&ecirc;ncia de fato solid&aacute;ria? Como, se no seu cerne reincide em n&atilde;o querer ouvir esses assuntos b&aacute;sicos? Sem eles, n&atilde;o pode existir um lugar que seja sem que a ferocidade da guerra (o Cavalo Vermelho &mdash; Apocalipse, 6:4) permane&ccedil;a como o juiz perverso em todas as decis&otilde;es. Se a sua Alma n&atilde;o for bafejada pela emo&ccedil;&atilde;o pura de Amor e de Justi&ccedil;a (de maneira alguma confundam Justi&ccedil;a com vingan&ccedil;a), ele vai sofismar, engabelar, iludir.<br /> <br /> <b>Amea&ccedil;a ao status quo</b><br /> <br /> Ent&atilde;o, a urg&ecirc;ncia de vivermos o &ldquo;<b><i>Amai-vos como Eu vos amei</i></b>&rdquo;, de Jesus, &eacute; resultado do exemplo pessoal Dele: doou a Sua pr&oacute;pria vida, submeteu-se &agrave; crucifica&ccedil;&atilde;o, prova de que portava um recado novo que punha em xeque interesses danosos a certa parte da Humanidade. Portanto, o Mission&aacute;rio Celeste havia se transformado em uma amea&ccedil;a ao status quo vigente e, ipso facto, foi pregado &agrave; cruz do sacrif&iacute;cio. Por conseguinte, o Cristo deu a maior demonstra&ccedil;&atilde;o de Amor. Consequ&ecirc;ncia: Sua mensagem de Irmandade sem fronteiras espalhou-se pelo planeta, mesmo que, por vezes, tenha sido quase que negada, a modelo do que se viu no S&eacute;culo das Guerras Religiosas: o 16, e nas inqualific&aacute;veis Cruzadas. Por isso, reitero, Jesus &eacute; uma conquista di&aacute;ria, uma descoberta permanente para os que t&ecirc;m sede de Saber, de Fraternidade, de Liberdade, de Igualdade e de Paz. (...) E n&atilde;o me refiro ao Cordeiro quando aprisionado por restritas concep&ccedil;&otilde;es terrenas, sejam filos&oacute;ficas, religiosas, pol&iacute;ticas, cient&iacute;ficas, art&iacute;sticas etc. Ele &eacute; um Libertador, jamais um prisioneiro. Sobrepaira a tudo. A Sua identidade com Deus &eacute; tamanha que se tornou &mdash; para a sobreviv&ecirc;ncia da esp&eacute;cie humana &mdash; o Revelador da primacial causa da pen&uacute;ria de Alma que ainda sofremos, tendo em vista a falta de nos amarmos uns aos outros da mesma forma com que Ele nos amou e ama. A&iacute; vem a decis&atilde;o para a boa trajet&oacute;ria civilizante que o Sublime Educador nos aponta no vers&iacute;culo 35 do cap&iacute;tulo 13 do Evangelho, consoante Jo&atilde;o: &ldquo;<b><i>Somente assim: se vos amardes uns aos outros como Eu vos tenho amado, podereis ser reconhecidos como meus disc&iacute;pulos</i></b>&rdquo;. Eis a Pol&iacute;tica de Deus, a Pol&iacute;tica para o Esp&iacute;rito eterno do ser humano.<br /> <br /> <i><b><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/artigos_paiva-neto_lbv.jpg" align="left" width="60" hspace="3" height="80" alt="" /><br /> <br /> <br /> Jos&eacute; de Paiva Netto</b></i>, jornalista, radialista e escritor.<br /> paivanetto@lbv.org.br &mdash; www.boavontade.com