Racismo - cancro social

21 de março de 2018 às 15:07

José de Paiva Netto
Em 20 de mar&ccedil;o, no hemisf&eacute;rio sul, onde o Brasil est&aacute; localizado, tem in&iacute;cio o outono. A esta&ccedil;&atilde;o lembra os tempos de maturidade, esp&iacute;rito do qual devemos nos revestir para lidar com os desafios di&aacute;rios. Um deles &mdash; sem d&uacute;vida uma tarefa para todos os brasileiros, sejam brancos, negros ou mesti&ccedil;os &mdash; &eacute; o combate ao racismo em todas as suas torpezas.<br /> <br /> N&atilde;o &eacute; de hoje que levanto minha voz contra esse cancro da sociedade, inclusive porque, como a maioria dos brasileiros, tenho sangue negro. Desde a d&eacute;cada de 1980, a imprensa do Brasil e do exterior vem publicando v&aacute;rios de meus artigos, em que exalto o valor da ra&ccedil;a negra, a exemplo de &ldquo;Apartheid l&aacute; e Apartheids c&aacute;&rdquo;, &ldquo;Racismo &eacute; obscenidade&rdquo;, &ldquo;A miscigena&ccedil;&atilde;o do mundo &eacute; inevit&aacute;vel&rdquo; e tantos outros.<br /> <br /> &Eacute; muito sugestivo, portanto, que, em 21 de mar&ccedil;o, alvorecer do outono no pa&iacute;s, celebremos o Dia Internacional para a Elimina&ccedil;&atilde;o da Discrimina&ccedil;&atilde;o Racial. A data, institu&iacute;da pela Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) em 1969, homenageia os 69 sul-africanos assassinados em 1960, durante um confronto com a pol&iacute;cia. Eles protestavam contra a &ldquo;Lei do passe&rdquo;, que impedia o direito de ir e vir da popula&ccedil;&atilde;o negra. &ldquo;Massacre de Sharpeville&rdquo;, assim ficou conhecido esse lament&aacute;vel epis&oacute;dio em Joanesburgo, na &Aacute;frica do Sul, que colocou mais uma mancha de sangue na hist&oacute;ria da Humanidade.<br /> <br /> Enquanto houver uma criatura cruelmente discriminada, o curr&iacute;culo humano estar&aacute; maculado. Perseveremos, pois, no trabalho de congra&ccedil;ar, pelo Ecumenismo dos Cora&ccedil;&otilde;es, as etnias existentes no mundo.<br /> <b><br /> Leitura e Interpreta&ccedil;&atilde;o</b><br /> <br /> Da&iacute; primarmos por levar educa&ccedil;&atilde;o de qualidade &agrave;s crian&ccedil;as e aos jovens das escolas da LBV e de seus programas socioeducativos. Alimentados de valores espirituais, humanos, &eacute;ticos e de cidadania, eles ser&atilde;o os multiplicadores de pr&aacute;ticas construtoras da Paz e do progresso sustent&aacute;vel para as comunidades do planeta.<br /> <br /> O Programa Permanente de Incentivo &agrave; Leitura e Interpreta&ccedil;&atilde;o da Informa&ccedil;&atilde;o, que aplicamos na rede de ensino da LBV, tem igualmente esse prop&oacute;sito. O Resumo da Semana, de circula&ccedil;&atilde;o interna, do Conjunto Educacional Boa Vontade, em S&atilde;o Paulo/SP, destaca que &ldquo;a leitura e a escrita s&atilde;o imprescind&iacute;veis para a inclus&atilde;o do indiv&iacute;duo na sociedade letrada, cabendo &agrave; escola o papel de sistematizar esses saberes&rdquo;. A iniciativa, aliada a todas as disciplinas da matriz curricular, atende alunos desde o Ber&ccedil;&aacute;rio ao Ensino M&eacute;dio.<br /> <br /> Temos ainda a not&iacute;cia de que o resultado positivo dessas a&ccedil;&otilde;es &eacute; comprovado no desempenho de nossos educandos em exames que exigem profici&ecirc;ncia em leitura e interpreta&ccedil;&atilde;o de texto.<br /> <br /> <b><i><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/artigos_paiva-neto_lbv.jpg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br /> <br /> Jos&eacute; de Paiva Netto</i></b>, jornalista, radialista e escritor.<br /> paivanetto@lbv.org.br &mdash; www.boavontade.com