As fintechs vieram para tomar o lugar dos bancos?

31 de março de 2018 às 10:48

Alexandre Góes
H&aacute; poucos anos, pagar contas e fazer transfer&ecirc;ncias diretamente pelo celular eram consideradas tarefas modern&iacute;ssimas. Na verdade, quando tudo isso come&ccedil;ou, mal imagin&aacute;vamos o quanto as atividades financeiras poderiam se tornar tecnol&oacute;gicas, r&aacute;pidas e, ao mesmo tempo, extremamente seguras.<br /> <br /> O cen&aacute;rio econ&ocirc;mico atual tem sido marcado por constantes transforma&ccedil;&otilde;es e evolu&ccedil;&otilde;es digitais - e essas mudan&ccedil;as surgem justamente para atender &agrave; necessidade cotidiana de praticidade. Com a agenda cada vez mais cheia, ningu&eacute;m mais tem tempo a perder, e infelizmente at&eacute; os servi&ccedil;os mais b&aacute;sicos de uma ag&ecirc;ncia banc&aacute;ria tornam-se ineficientes em algumas situa&ccedil;&otilde;es, por serem repletos de burocracia. <br /> <br /> A agilidade nos processos financeiros &eacute; uma necessidade que n&atilde;o se restringe &agrave; pessoa f&iacute;sica, mas tamb&eacute;m facilita (e muito) a vida das empresas. Em algumas situa&ccedil;&otilde;es, resolver uma quest&atilde;o financeira rapidamente pode ser a chave para a expans&atilde;o de um neg&oacute;cio ou at&eacute; a sua sobreviv&ecirc;ncia no mercado.<br /> <br /> Diante da car&ecirc;ncia de agilidade nas opera&ccedil;&otilde;es banc&aacute;rias, as fintechs t&ecirc;m ca&iacute;do no gosto dos consumidores. Essas empresas &ldquo;financeiras e tecnol&oacute;gicas&rdquo; s&atilde;o altamente eficientes por trabalharem com sistemas m&oacute;veis, digitais, on-line e pr&aacute;ticos, capazes de entregar resultados altamente satisfat&oacute;rios &ndash; combina&ccedil;&atilde;o que atrai cada vez mais clientes. Os n&uacute;meros comprovam o aumento dessa ades&atilde;o: segundo dados da FintechLab, entidade que monitora o setor, entre janeiro e novembro do ano passado, o n&uacute;mero de fintechs cresceu 36% s&oacute; no Brasil.<br /> <br /> Ao oferecerem produtos e servi&ccedil;os inovadores a consumidores e empreendedores, as fintechs trazem reflexos diretos e muito positivos ao mercado. Algumas delas, por exemplo, j&aacute; permitem que o empres&aacute;rio, a partir de um simples celular, antecipe os receb&iacute;veis e d&ecirc; f&ocirc;lego ao seu neg&oacute;cio. As novidades envolvem at&eacute; as opera&ccedil;&otilde;es &ldquo;B2B&rdquo;, e as fintechs chegam a oferecer aos empres&aacute;rios a possibilidade de parcelarem suas vendas atrav&eacute;s de boleto e com recebimento do valor &agrave; vista.<br /> <br /> E mais: algumas fintechs j&aacute; atuam no ramo de subadquir&ecirc;ncia, com maquininhas de cart&atilde;o pr&oacute;prias, e tamb&eacute;m garantem que as empresas realizem opera&ccedil;&otilde;es como DOC e TED por meio de uma conta de pagamento digital.<br /> <br /> Todas essas opera&ccedil;&otilde;es s&atilde;o realizadas ap&oacute;s uma r&aacute;pida an&aacute;lise do perfil da empresa que busca por cr&eacute;dito, sem nenhuma burocracia. Hoje, as fintechs t&ecirc;m cumprido cada vez mais fun&ccedil;&otilde;es que, h&aacute; pouco tempo, eram exclusivamente desempenhadas pelos bancos. Para quem precisa realizar transa&ccedil;&otilde;es financeiras, o desejo &eacute; que essa tend&ecirc;ncia permane&ccedil;a e continue a trazer inova&ccedil;&otilde;es por muitos anos. <br /> <br /> <b><i>Alexandre G&oacute;es</i></b> &eacute; diretor de Meios de Pagamentos da TrustHub, fintech especializada na antecipa&ccedil;&atilde;o de receb&iacute;veis a PMEs.