O respeito aos policiais

30 de abril de 2018 às 16:09

Tenente Dirceu Cardoso Gon&
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - que nos &uacute;ltimos meses aparece se esfor&ccedil;ando para evitar a guerra nuclear na pen&iacute;nsula coreana, um dos pontos mais tensos do planeta - tem opini&otilde;es muito claras sobre a pol&iacute;cia e seu trabalho. Durante a campanha eleitoral e depois dela, produziu declara&ccedil;&otilde;es em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pol&iacute;cia americana, que parece inspiradas na problem&aacute;tica das pol&iacute;cias de todos os pa&iacute;ses, inclusive do Brasil. &ldquo;N&atilde;o temos sido gratos &agrave; pol&iacute;cia; ela faz um trabalho incr&iacute;vel e n&oacute;s devemos dar-lhe mais autoridade e respeito&rdquo; &ndash; disse, emendando que &ldquo;sem as grandes for&ccedil;as policiais que temos, n&atilde;o ter&iacute;amos a vida que temos&rdquo;. Chegou at&eacute; a propor pena de morte a quem assassinar um policial, procedimento que, infelizmente, tornou-se corriqueiro em nosso pa&iacute;s, que n&atilde;o admite a pena capital imposta pelo Estado.<br /> <br /> As declara&ccedil;&otilde;es de Trump, hoje dispon&iacute;veis na internet, trazem em seu bojo a import&acirc;ncia do trabalho policial nas comunidades, inclusive nas dos pa&iacute;ses desenvolvidos. Sem as for&ccedil;as atuando em nome do Estado e sob normas e regulamentos, o que se tem &eacute; a desordem que se aproxima do caos, onde cada indiv&iacute;duo ou grupo age ao sabor dos seus interesses e n&atilde;o respeita o bem-estar e o direito coletivo. A Pol&iacute;cia Militar de S&atilde;o Paulo e suas cong&ecirc;neres das demais unidades da federa&ccedil;&atilde;o agem dentro do ordenamento jur&iacute;dico e frequentemente s&atilde;o atacadas pelos bandidos a quem t&ecirc;m como miss&atilde;o conter e, principalmente, pelos defensores destes, que os vitimizam e fazem campanhas permanentes pela desestabiliza&ccedil;&atilde;o da m&aacute;quina policial.<br /> <br /> Sinceras ou at&eacute; exageradas, ou ainda, t&iacute;picas de campanha, as palavras do presidente americano trazem a verdade que, para o bem geral, ningu&eacute;m deve ignorar. As for&ccedil;as policiais precisam de normas, seguran&ccedil;a jur&iacute;dica e liberdade para aplic&aacute;-las. Sem isso, quem padece &eacute; a comunidade. A triste prova disso &eacute; a dura realidade hoje enfrentada pelo convulsionado Rio de Janeiro sob interven&ccedil;&atilde;o federal e o elevado n&uacute;mero de mortos registrado nos estados onde a pol&iacute;cia foi &agrave; greve. Goste ou n&atilde;o da pol&iacute;cia, ela &eacute; a &uacute;nica e presente garantia de vida e dos direitos nos momentos de perigo. Mas, lamentavelmente, apesar de todo o seu trabalho, h&aacute; anos &eacute; vitima da demagogia, do carreirismo pol&iacute;tico e da irresponsabilidade de grupos que a acusam de excessos e atrocidades inexistentes e, ao mesmo tempo, ignoram os agentes do crime que al&eacute;m de confrontar a pol&iacute;cia fazem o povo sofrer.<br /> <br /> Em qualquer lugar do mundo, a pol&iacute;cia &eacute; o bra&ccedil;o armado do Estado. Sua miss&atilde;o &eacute; clara e seus limites tamb&eacute;m. A pr&oacute;pria institui&ccedil;&atilde;o tem suas corregedorias para identificar e solucionar excessos. A cantilena da viol&ecirc;ncia policial, muito empregada no Brasil atual, &eacute; indevida. Ela n&atilde;o prejudica somente a pol&iacute;cia, mas principalmente o cidad&atilde;o de bem, destinat&aacute;rio direto dos servi&ccedil;os policiais.<br /> <br /> <b><i><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" alt="" width="60" hspace="3" height="81" align="left" /><br /> <br /> Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves </i></b>- dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br