Fake news: compartilhar notícias falsas pode comprometer seu emprego
06 de maio de 2018 às 10:53
Fernanda Andrade
Uma das maiores preocupações do mundo digital, atualmente, são as fake news. No ambiente de trabalho, elas eram conhecidas como a “rádio-peão”. São informações falsas proliferadas sem a preocupação com sua origem ou veracidade. Para combatê-las, nada melhor que o senso crítico e a educação virtual.<br />
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Devido ao grande avanço da tecnologia e internet, tornou-se comum receber fake news em mensagens no WhatsApp e nos feeds de notícias do Facebook, Twitter e demais redes sociais. Elas podem ser usadas para aplicar golpes, espalhar vírus e dúvidas infundadas, influenciar opiniões e até manipular o cenário político. Só para ter uma ideia do tamanho do problema, o compartilhamento de fake news deve começar a ser punido com multas e até a prisão em alguns países. No Brasil, por hora, seu maior impacto talvez seja na vida profissional de quem espalha essas informações falsas.<br />
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As fake news que você repassa podem ser veneno para sua carreira. Não se deve acreditar em tudo que se lê, pois ao espalhar essas notícias falsas sua imagem se atrela a elas. Isso compromete emprego, chances de recolocação, e até mesmo a imagem profissional a longo prazo.<br />
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Antes de clicar em “compartilhar” ou “publicar” algo, é bom pensar nas consequências. Tudo que é dito online, sobretudo se estivermos em uma rede social profissional, pode e será usado contra ou a seu favor. Uma boa dica é sempre checar a fonte, verificar se ela veio de um veículo que garanta credibilidade. <br />
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É importante se tomar muito cuidado ao compartilhar notícias com base apenas em um título chamativo, ou uma opinião pouco embasada, sem ao menos ler a informação completa, e buscar saber se aquilo condiz com a realidade. Não encaminhe áudios sem fontes, não compartilhe correntes sem checar a veracidade dos fatos e preste muita atenção no endereço da notícia. Evite sites conhecidos por serem sensacionalistas e preste atenção na formatação e na ortografia da matéria, dentre outros cuidados básicos. <br />
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Outro ponto de atenção são as informações ligadas à política. Se possível, não compartilhe informações desse tipo, sobretudo em redes profissionais. Elas são sempre controversas, mexem com pontos de vista de muitas pessoas, e às vezes até quando são informações verdadeiras, corre-se o risco de ofender alguém, inclusive seu empregador.<br />
Nunca fomente discussões desse cunho. Por vezes, você pode nem dizer algo ofensivo, mas as discussões que podem se seguir na linha da postagem podem ganhar peso negativo, e você não tem controle sobre isso. Deixar sua imagem atrelada ao que os outros estão dizendo é um risco que se corre à toa.<br />
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Outro ponto importante é jamais falar mal da empresa onde trabalha ou já trabalhou. Grandes empresas têm funcionários especializados em analisar qualquer menção à empresa em redes sociais. Ou seja, você será observado.<br />
No final de contas, se você publica algo falso ou ofensivo, mesmo que posteriormente apague, isso será visto por um número considerável de pessoas. O cuidado deve ser prévio e algumas dicas são bem vindas: não leia só o título, verifique o autor, verifique se conhece o site e se o mesmo é confiável, observe se o texto contém erros ortográficos, veja a data de publicação, verifique outras fontes e tome cuidado com o sensacionalismo.<br />
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Os profissionais devem compreender que quando estão nas redes sociais, devem tomar o máximo de cuidado para não criar uma imagem negativa. Entrar em espaços de conteúdo duvidoso, compartilhar notícias falsas e até participar de debates políticos de baixo nível são posturas que devem ser abandonadas.<br />
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O profissional deve ser reconhecido pelas atitudes positivas e não por polêmicas e postagens duvidosas. Quanto maior for a exposição de uma pessoa nas redes sociais, mais vulnerável ela fica. Critério em relação à exposição é imprescindível. Quem gosta e precisa se expor, que o faça com qualidade, orientação e bom senso. É preciso olhar de modo crítico para as informações compartilhadas e analisar se o conteúdo é coerente com o seu discurso profissional, se é favorável a novos negócios. Sua imagem na web vale mais que 1000 likes.<br />
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Fernanda Andrade</i></b> é Gerente de Hunting e Outplacement da NVH – Human Intelligence.