De médico, marqueteiro e louco, todo mundo tem um pouco

12 de maio de 2018 às 10:35

Gislayne Muraro
De m&eacute;dico, marqueteiro e louco, todo mundo tem um pouco<br /> <br /> Costuma-se dizer que todo mundo (acha que) entende de futebol no Brasil: somos mais de 200 milh&otilde;es de t&eacute;cnicos da sele&ccedil;&atilde;o brasileira dando pitacos na escala&ccedil;&atilde;o o tempo todo. Mas isso n&atilde;o acontece s&oacute; com o Tite. N&oacute;s, marqueteiros e marqueteiras, tamb&eacute;m enfrentamos um pouco disso, ainda mais em um Pa&iacute;s como o Brasil, onde o gosto pela propaganda &eacute; bastante evidente na popula&ccedil;&atilde;o, e todo mundo comenta e opina sobre a&ccedil;&otilde;es de marketing.<br /> <br /> Recentemente, passei o feriado com minha fam&iacute;lia em um hotel que me atraiu por conta da excelente comunica&ccedil;&atilde;o publicit&aacute;ria. Tudo estava engrenado: site bem feito com fotos maravilhosas, campanha atraente, a&ccedil;&otilde;es de marketing digital e de remarketing. Tudo impec&aacute;vel. E, assim, fui convencida e atra&iacute;da a comprar e consumir o produto. No entanto, se me perguntarem se voltarei ao hotel, a resposta ser&aacute; um enf&aacute;tico N&Atilde;O! A boa comunica&ccedil;&atilde;o e posicionamento da marca conseguiram me atrair, mas isso n&atilde;o basta. Os diversos problemas de atendimento, instala&ccedil;&atilde;o, m&aacute; vontade e falta de prepara&ccedil;&atilde;o dos funcion&aacute;rios impedem de me tornar uma fiel consumidora.<br /> <br /> Essa experi&ecirc;ncia me remeteu a um ponto importante do livro &ldquo;Marketing e comunica&ccedil;&atilde;o na era p&oacute;s-digital&rdquo;, de Walter Longo, que fala que a diferen&ccedil;a entre a teoria e a pr&aacute;tica na gest&atilde;o de marketing &eacute; que, na teoria, tudo &eacute; l&oacute;gico e centralizado, e na pr&aacute;tica, o processo que envolve a preserva&ccedil;&atilde;o e cuidado com a imagem da marca acaba sendo executado por outros departamentos, e muitas vezes, sem o envolvimento do marketing. Apenas os esfor&ccedil;os e compet&ecirc;ncias na comunica&ccedil;&atilde;o n&atilde;o garantem fidelidade de um comprador. Cada vez mais os profissionais de marketing precisam ter um perfil de general e controlar com mais precis&atilde;o e assertividade as a&ccedil;&otilde;es da empresa, afinal, &ldquo;n&atilde;o tem coisa pior que propaganda boa para um produto ruim&rdquo;.<br /> <br /> &Eacute; claro que a voz de toda torcida (empresa) precisa ser ouvida: muitas vezes, quem v&ecirc; de fora consegue enxergar detalhes que passam despercebidos por quem est&aacute; envolvido no trabalho. Mas, ser um profissional de marketing n&atilde;o &eacute; para todo mundo. Dedica&ccedil;&atilde;o, esfor&ccedil;o e estudo fazem parte do processo para se tornar um. &Eacute; claro que todos podem influenciar positiva e negativamente a imagem de uma marca, mas cabe ao marqueteiro identificar a melhor forma de lidar com isso, criando estrat&eacute;gias e t&aacute;ticas que garantam o posicionamento desejado.<br /> <br /> N&atilde;o &eacute; f&aacute;cil, n&eacute;? Mas, se fosse f&aacute;cil, qualquer um faria. M&atilde;os &agrave; obra!<br /> &nbsp;<br /> <b><i><img src="/uploads/image/artigos_gislayne-muraro_diretora-advb-pr.jpg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br /> Gislayne Muraro</i></b> &eacute; publicit&aacute;ria com especializa&ccedil;&atilde;o em planejamento e gest&atilde;o de neg&oacute;cios e desenvolvimento gerencial. Diretora da Associa&ccedil;&atilde;o dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - Se&ccedil;&atilde;o Paran&aacute; (ADVB-PR), lidera h&aacute; 7 anos a &aacute;rea de marketing do Grupo Massa onde ocupa o posto de diretora de marketing.