A nobre destinação de um cristal
07 de junho de 2018 às 08:19
José de Paiva Netto
Primeiro de junho de 1989 marca a colocação do cristal sagrado no pináculo do Templo da Boa Vontade, uma das Sete Maravilhas de Brasília/DF, Brasil, poucos meses antes da inauguração, em 21 de outubro. A ideia de uma pedra no ápice do monumento constava desde os planos iniciais. Traria a luz do sol para o interior da Pirâmide de Sete Faces, elevando o ambiente e permitindo, como tantos afirmam, a cromoterapia. Os dias passavam velozes e nada de aparecer o mineral na proporção correspondente ao lugar a ele destinado.<br />
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Desígnio divino</b><br />
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Como resolver esse impasse? O desígnio divino tinha a solução para a difícil empreitada. Em 16 de março daquele ano, ao voltar de Brasília, onde estive acompanhando as obras do Templo da Paz, como também é conhecido o TBV, assisti a uma reportagem de um telejornal.<br />
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Foi assim: encontrava-me no meu gabinete de trabalho em São Paulo. Era alta noite. Ligo o aparelho na antiga TV Manchete. O noticiário já estava pela metade. O que aconteceu? Vi o minério rapidamente e o pessoal dizendo que era o maior cristal puro no mundo. No mesmo instante, telefonei para o estimado Haroldo Rocha, responsável, na época, pela LBV na capital da República, e disse-lhe: ─ “Haroldo, acabei de ver isso na TV Manchete. Vá buscar essa pedra, por favor. Se não a trouxer (aí dei uma boa gargalhada), não precisa nem voltar. Retorne, mas a traga, porque é o que procuramos”. Na manhã seguinte, matérias a respeito do assunto pululavam na mídia.<br />
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Haroldo, então, se dirigiu a Cristalina/GO, Brasil. Passou o dia inteiro lá. Havia muitos estrangeiros no local. Todos querendo o grande quartzo. Pacientemente, esperou sua vez. Chegando o fim da tarde, pôde falar ao garimpeiro Chico Jorge da necessidade de levar aquela pedra, que seria posta em um lugar especial. Descreveu-lhe o Templo da Boa Vontade em construção. Foi quando, ao se aproximar deles, a esposa do minerador interveio: “Chico, você vai passar essa pedra para o Templo, porque eu sou ouvinte da LBV e gosto muito dela”. Em resumo foi assim. Haroldo retornou, trazendo a pedra que se encontra hoje gloriosamente cravada no pináculo do TBV. O que mais impressiona nessa história é que, naquela mesma semana, a mulher do garimpeiro, dona Maria de Lourdes, lembrou-se de um sonho no qual o marido achava uma pedra que teria uma nobre destinação. Desde que foi colocado no ápice da pirâmide da LBV, esse belo cristal irradia a luz do Amor de Deus, fortalecendo, ainda mais, a vocação mística da capital brasileira.<br />
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Ao casal Chico Jorge e Maria de Lourdes, a gratidão dos milhões de peregrinos que, ao entrarem na nave do Templo das Almas Benditas, dos Espíritos Luminosos, são beneficiados pela saudável energia espargida do cristal do Templo da Boa Vontade.<br />
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<b>Carta especial</b><br />
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Em correspondência a mim dirigida, o leitor G. S. P., hoje cumprindo pena num presídio, conta que, por intermédio de sua mãe, chegou-lhe às mãos uma das obras de minha autoria: “Quero dizer que há muito tempo tenho acompanhado o trabalho da LBV, o qual tem toda a simpatia de minha parte, e que particularmente acho que é o mais importante que temos no país, principalmente na área social. (...) No início deste mês, a minha mãe me mandou um sedex, pois me encontro encarcerado, e entre os materiais de que necessito mandou-me também o seu livro Em Pauta — Coletânea de artigos publicados. Esses artigos muito me impressionaram, uma leitura que tocou o meu coração. Que Deus o abençoe grandemente! Um forte abraço”.<br />
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Sinto-me gratificado em saber que esses meus modestos escritos lhe estejam reconfortando a Alma.<br />
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<i><b>José de Paiva Netto</b></i>, jornalista, radialista e escritor.<br />
paivanetto@lbv.org.br - www.boavontade.com