A experiência do primeiro amor na adolescência

18 de junho de 2018 às 14:31

Elaine Ribeiro
A adolesc&ecirc;ncia: &eacute; um per&iacute;odo de transi&ccedil;&atilde;o para a fase adulta, com uma s&eacute;rie de desdobramentos e fatos t&iacute;picos e particulares desta &eacute;poca da vida. S&atilde;o mudan&ccedil;as biol&oacute;gicas, psicol&oacute;gicas e sociais, um turbilh&atilde;o de coisas acontecendo ao mesmo tempo. &Eacute; assim que essa constru&ccedil;&atilde;o da identidade e vai se estruturando e se expressando na vida do adolescente.<br /> <br /> Certamente, voc&ecirc; j&aacute; viveu ou conhece algu&eacute;m que tenha feito essa experi&ecirc;ncia do primeiro amor nessa fase da vida. Ah, o primeiro amor! Aquele que vem e abala as estruturas do adolescente. H&aacute; aquele que fique ouvindo m&uacute;sica rom&acirc;ntica e cheia de hist&oacute;rias; que escreva declara&ccedil;&otilde;es por horas a fio; e fa&ccedil;a de tudo para ver o outro feliz. <br /> <br /> Os sentimentos desse primeiro amor se mostram de formas diferentes: por vezes, um amor idealizado e plat&ocirc;nico pelo professor ou professora; por uma pessoa mais velha; uma pessoa para a qual nunca se declare e seja um amor silencioso.<br /> <br /> Mas, muitas vezes, o mesmo amor que pode trazer motiva&ccedil;&atilde;o e despertar o jovem para a pr&aacute;tica de esportes, gerar um melhor desempenho escolar, mais positividade, pode tamb&eacute;m trazer confus&otilde;es extremas, sentimentos de posse e ci&uacute;me, falhas na autoestima e at&eacute; mesmo situa&ccedil;&otilde;es de risco a esse jovem.<br /> <br /> A presen&ccedil;a dos pais se faz muito importante, pois ser&aacute; o suporte para identificar poss&iacute;veis problemas e, especialmente, o suporte para que esse jovem fale sobre o que sente e vive. Isolamento social, agressividade, afastamento dos pais, perda de interesse pelas atividades que fazia, mentiras, s&atilde;o alguns sinais de aten&ccedil;&atilde;o. <br /> <br /> Ao mesmo tempo, uma rela&ccedil;&atilde;o na adolesc&ecirc;ncia pode ser fonte de descoberta, de parceria, de muito aprendizado para ambas partes. Por isso, as escolhas s&atilde;o importantes. Mais do que estar com algu&eacute;m para n&atilde;o ficar sozinho, o importante &eacute; estar de verdade numa rela&ccedil;&atilde;o que vai al&eacute;m de estar junto, mas que&nbsp; seja feliz e complementar. N&atilde;o aquela hist&oacute;ria das metades que se completam, mas de duas partes inteiras (mesmo sendo jovens em forma&ccedil;&atilde;o) que juntos se compreendem, sejam parceiros, amigos e tenham uma rela&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel.<br /> <br /> As percep&ccedil;&otilde;es do jovem quanto aos modelos de relacionamento vistos dentro da fam&iacute;lia tamb&eacute;m se tornam uma refer&ecirc;ncia quando o assunto &eacute; assumir um compromisso com outra pessoa. Desta forma, suas refer&ecirc;ncias em rela&ccedil;&atilde;o a afeto e estima podem melhorar ou prejudicar o seu relacionamento.<br /> <br /> Pais! N&atilde;o tenham d&uacute;vidas de como &eacute; importante a abertura e disponibilidade para conversar sobre esse assunto com seu filho, sua filha, pois &eacute; nesse espa&ccedil;o de seguran&ccedil;a, amor e receptividade que ele ou ela conseguir&aacute; depositar suas ang&uacute;stias e desconfortos, suas alegrias e descobertas, nessa jornada t&atilde;o bela que &eacute; a vida.<br /> <br /> <b><i><img src="/uploads/image/artigos_elaine-ribeiro_psicologa-clinica-e-organizacional.jpg" hspace="3" align="left" alt="" /><br /> <br /> Elaine Ribeiro</i></b> &eacute; psic&oacute;loga cl&iacute;nica e organizacional da Funda&ccedil;&atilde;o Jo&atilde;o Paulo II / Can&ccedil;&atilde;o Nova.<br /> Instagram: elaineribeiro_psicologa <br />