Câncer: doença deve ser enfrentada com fé e amor

05 de julho de 2018 às 09:36

Monica Higashi
Desde seus prim&oacute;rdios, o ser humano sempre conviveu com os mais diversos tipos de doen&ccedil;as que alarmavam a popula&ccedil;&atilde;o. A lepra, ontem; o c&acirc;ncer, hoje. Pesquisa do Instituto Datafolha aponta que o diagn&oacute;stico que 76% dos brasileiros mais temem receber ainda &eacute; o de c&acirc;ncer. J&aacute; o Instituto Nacional do C&acirc;ncer (Inca) revela que surgem 600 mil novos casos da doen&ccedil;a todos os anos no Brasil e que, em cada 10 casos, tr&ecirc;s est&atilde;o relacionados ao estilo de vida que as pessoas levam. H&aacute;bitos como tabagismo, consumo excessivo de &aacute;lcool, sedentarismo, obesidade e exposi&ccedil;&atilde;o exagerada ao sol aumentam as chances de incid&ecirc;ncia da doen&ccedil;a.<br /> <br /> Apesar de os n&uacute;meros ainda assustarem, vale lembrar que a Medicina Diagn&oacute;stica nos d&aacute; meios de detectar um c&acirc;ncer em est&aacute;gio bastante inicial e plenamente pass&iacute;vel de tratamento &ndash; aumentando as chances de cura. De acordo com o pesquisador Jo&atilde;o Viola, do Inca, uma vez que a pessoa teve c&acirc;ncer &eacute; sempre importante manter a vigil&acirc;ncia. Ainda assim, ele prev&ecirc; que, em 15 ou 20 anos, o c&acirc;ncer vai ter o mesmo ritmo que a Aids. Ou seja, o paciente fica em tratamento-controle por muito tempo, como se estivesse tratando de uma doen&ccedil;a cr&ocirc;nica. <br /> <br /> H&aacute; quem afirme haver causas subjetivas para o c&acirc;ncer, como ac&uacute;mulo de m&aacute;goa e rancor. Nem sempre, como ocorre com as doen&ccedil;as do corpo, a medicina pode cuidar das doen&ccedil;as da alma. Na Roma Antiga, quando perguntaram ao poeta Juvenal o que as pessoas deveriam desejar na vida, ele respondeu: mens sana in corpore sano (mente s&atilde; em corpo s&atilde;o). Essa frase &eacute; repetida in&uacute;meras vezes em todas as partes do mundo at&eacute; hoje. Isto porque, sem d&uacute;vida, boa parte de nossa sa&uacute;de f&iacute;sica depende do equil&iacute;brio espiritual e da sanidade mental.<br /> <br /> Esse equil&iacute;brio pode ser buscado por in&uacute;meros caminhos. Em seu livro O Milagre da Medita&ccedil;&atilde;o (lan&ccedil;ado em 2017 pela IRH Press do Brasil), o autor e mestre japon&ecirc;s Ryuho Okawa aponta a medita&ccedil;&atilde;o como um &ldquo;recurso que as grandes almas devem usar para aumentar seu poder, duplicando-o, multiplicando-o por tr&ecirc;s, ou mesmo cinco, dez, cem vezes&rdquo;. Para ele, a primeira condi&ccedil;&atilde;o para se meditar de modo correto &eacute; &ldquo;acreditar na exist&ecirc;ncia do divino&rdquo;.<br /> <br /> Outra condi&ccedil;&atilde;o para n&atilde;o ter nosso equil&iacute;brio emocional amea&ccedil;ado &eacute; sorrir, viver com um cora&ccedil;&atilde;o puro e com amor buscar a felicidade do maior n&uacute;mero poss&iacute;vel de pessoas. Em A Verdade sobre o Mundo Espiritual, que acaba de ser lan&ccedil;ado no Brasil, Okawa diz que &ldquo;o ideal como ser humano &eacute; levar uma vida franca, aberta, simples e inocente&rdquo;. Ele alerta que devemos viver como se tiv&eacute;ssemos um cora&ccedil;&atilde;o de vidro, sem vergonha de mostrar o que somos e o que estamos pensando.<br /> <br /> &Eacute; poss&iacute;vel que entre as causas n&atilde;o f&iacute;sicas de muitas doen&ccedil;as, incluindo c&acirc;ncer, esteja a aus&ecirc;ncia de condi&ccedil;&otilde;es para a constru&ccedil;&atilde;o de uma mente s&atilde;, devido ao abandono do correto caminho ou em consequ&ecirc;ncia do isolamento e da solid&atilde;o. Todos enfrentam em alguma fase da vida situa&ccedil;&otilde;es familiares dif&iacute;ceis, reveses nos estudos, insucessos no ambiente de trabalho, desilus&otilde;es amorosas. <br /> <br /> Mas somos mais sujeitos ao des&acirc;nimo e a pensamentos negativos quando nosso cora&ccedil;&atilde;o est&aacute; envolto em nuvens escuras provocadas por desvios de rota, quando deixamos que v&iacute;cios ocupem o lugar das virtudes e venenos como gan&acirc;ncia, ambi&ccedil;&otilde;es, raiva, inveja e trai&ccedil;&otilde;es nos afastem da Verdade e da consci&ecirc;ncia de que devemos ser felizes e fazer a felicidade dos outros neste mundo para construir nossa felicidade no Mundo Celestial.<br /> <br /> O pleno controle de nosso barco nos dar&aacute; condi&ccedil;&otilde;es de superar tempestades, de manter serenidade e esperan&ccedil;a mesmo diante de graves doen&ccedil;as. Ser&aacute; a boa conviv&ecirc;ncia com familiares e amigos e a constru&ccedil;&atilde;o de uma vida saud&aacute;vel e correta que nos dar&atilde;o for&ccedil;a interior para encarar problemas psicossociais como a perda de uma pessoa querida ou de um emprego sem somatizar, sem transformar isso em doen&ccedil;a.<br /> <br /> Com essa postura, &eacute; como se tiv&eacute;ssemos descoberto e tomado uma vacina contra v&aacute;rios problemas e doen&ccedil;as. Sendo assim, evite a solid&atilde;o e procure usar seu tempo livre e seus conhecimentos para ajudar a quem precisa. Conviva com pessoas positivas, alegres, pessoas que conseguem ser felizes trabalhando para fazer os outros felizes.&nbsp; Converse, conte seu dia aos outros. N&atilde;o deixe o des&acirc;nimo tomar conta de voc&ecirc; e encare cada doen&ccedil;a, por mais dolorosa que seja, como algo transformador. <br /> <br /> <b><i>Monica Higashi</i></b> &eacute; consultora de novos neg&oacute;cios da editora IRH Press do Brasil, que publica em portugu&ecirc;s as obras de Ryuho Okawa. Um dos autores mais prestigiados no Jap&atilde;o, Okawa tem mais de 2.300 livros publicados, ultrapassando 100 milh&otilde;es de c&oacute;pias vendidas, em 29 idiomas.&nbsp; (www.okawalivros.com.br)