Sorria, seu futuro está sendo roubado

02 de agosto de 2018 às 10:27

Celso Luiz Tracco
Come&ccedil;ou a temporada das conven&ccedil;&otilde;es partid&aacute;rias para definir as chapas e coliga&ccedil;&otilde;es para as pr&oacute;ximas elei&ccedil;&otilde;es de outubro. Em outras palavras, est&aacute; aberto o balc&atilde;o de neg&oacute;cios entre os partidos e os candidatos aos cargos eletivos. Uma verdadeira negociata onde tudo &eacute; financiado pelo dinheiro de impostos, menos o que realmente interessa ao dono do dinheiro, o povo. Em troca de alguns segundos de programa eleitoral gratuito, o candidato promete: cargos em estatais, em minist&eacute;rios, na futura mesa diretora e em comiss&otilde;es do senado e da c&acirc;mara federal, aumentos de sal&aacute;rio para servidores, doa&ccedil;&otilde;es de fundos para a campanha de seus &quot;aliados&quot; etc. etc. A &quot;criatividade para nos roubar &eacute; inesgot&aacute;vel&quot;. Debate de ideias para tirar o Brasil da crise, reduzir d&eacute;ficit p&uacute;blico, reduzir desemprego, nem pensar, eles nem sabem onde est&aacute; o &quot;Brasil real&quot;. Eles s&oacute; sabem onde est&aacute; Bras&iacute;lia e seu pote de ouro. Ganhar seu quinh&atilde;o no botim &eacute; o que importa. Os piratas do s&eacute;culo XVII seriam meros &quot;trombadinhas&quot; perto de nossos &quot;representantes&quot; legitimamente eleitos.<br /> <br /> Mas, qual &eacute; a responsabilidade da popula&ccedil;&atilde;o? Total, uma vez que temos a cultura de n&atilde;o discutir pol&iacute;tica, de achar que nada muda, que pol&iacute;tica &eacute; para quem n&atilde;o presta. Sim, enquanto as pessoas de bem n&atilde;o fizerem pol&iacute;tica, os aproveitadores e inescrupulosos se locupletar&atilde;o.<br /> <br /> Sei que nossas armas, isoladamente, t&ecirc;m baixo poder de fogo, mas, se nos unirmos em algumas causas comuns, creio que podemos incomodar esses verdadeiros fara&oacute;s mumificados que se julgam divindades inatac&aacute;veis.<br /> <br /> <div style="margin-left: 40px;"><b><i>1</i></b><i> &ndash; Se o hor&aacute;rio &quot;gratuito&quot; na TV e no R&aacute;dio &eacute; t&atilde;o importante, ent&atilde;o n&atilde;o vamos dar audi&ecirc;ncia. Iniciemos uma campanha via redes sociais propondo n&atilde;o assistir ou ouvir qualquer programa pol&iacute;tico, obrigat&oacute;rio ou n&atilde;o.<br /> <br /> <b>2</b> - N&atilde;o votar em nenhum pol&iacute;tico que j&aacute; tenha ocupado algum cargo p&uacute;blico, de qualquer partido. A renova&ccedil;&atilde;o deve ser ampla, geral e irrestrita.<br /> <br /> <b>3 </b>&ndash; N&atilde;o votar nos grandes partidos j&aacute; muito conhecidos e mais comprometidos com esse sistema que gera cont&iacute;nuos esc&acirc;ndalos. Quanto maior o partido, maior a quantidade de membros envolvidos com a roubalheira. Na divis&atilde;o do roubo, todos est&atilde;o irmanados, n&atilde;o importa a cor da bandeira.</i></div> <br /> Para o Brasil mudar, vai depender de pessoas preocupadas com o bem comum. A popula&ccedil;&atilde;o precisa ser protagonista de seu destino, assumindo suas responsabilidades. Uma delas &eacute; o voto. Pela a&ccedil;&atilde;o popular, podemos impedir que os maus pol&iacute;ticos se reelejam. As redes sociais t&ecirc;m um grande poder e s&atilde;o de todos, use-as para divulgar suas boas ideias sobre pol&iacute;tica. Ajude a formar um novo Brasil. <br /> <br /> <img src="/uploads/image/artigos_celso-luiz-tracco_economista.JPG" alt="" width="60" hspace="3" height="80" align="left" /><b><i><br /> <br /> Celso Luiz Tracco</i></b> &eacute; economista e autor do livro &Agrave;s Margens do Ipiranga - a esperan&ccedil;a em sobreviver numa sociedade desigual.