Imprensa e Dignidade da Mulher

19 de setembro de 2018 às 11:42

João Baptista Herkenhof
No m&ecirc;s de setembro ocorrem duas datas comemorativas de grande significado &ndash; o Dia da Imprensa (dez de setembro) e&nbsp; o Dia Latinoamericano da Imagem da Mulher nos Meios de Comunica&ccedil;&atilde;o (catorze de setembro).<br /> <br /> O Dia da Imprensa &eacute; dia apropriado para se exaltar os profissionais da imprensa e para afirmar que a liberdade de imprensa &eacute; condi&ccedil;&atilde;o sine qua non para que um pa&iacute;s possa ser considerado democr&aacute;tico.<br /> <br /> Comecemos pela homenagem &agrave;queles que exercem o of&iacute;cio de jornalista, seja nos jornais e revistas, seja no r&aacute;dio ou na telvevis&atilde;o.<br /> <br /> Que labuta insana! A not&iacute;cia pode chegar de surpresa durante a noite. A not&iacute;cia n&atilde;o pergunta ao jornalista de ele est&aacute; disposto ou indisposto. &Eacute; certo que existe plant&atilde;o nos ve&iacute;culos de comunica&ccedil;&atilde;o. Mas mesmo havendo plant&atilde;o, determinado tema est&aacute; por conta de um jornalista e ele se apaixona, de tal modo, por aquele assunto, que n&atilde;o cede ao colega o fato fulminante que acabou de ocorrer.<br /> <br /> Resumindo &ndash; s&oacute; numa primeira abordagem, jornalista tem hor&aacute;rio. Num exame aprofundado da realidade, hor&aacute;rio de trabalho de jornalista &eacute; muito relativo.<br /> <br /> Pensemos nos perigos que os correm os homens e mulheres da imprensa.<br /> <br /> Na mais recente ditadura brasileira, a vida desses profissionais estava sempre sob&nbsp; o tac&atilde;o da inseguran&ccedil;a. Dezenas de jornalistas foram torturados ou mortos nesse per&iacute;odo tr&aacute;gico da vida brasileira.<br /> <br /> Nas fases de vida democr&aacute;tica, a opini&atilde;o p&uacute;blica n&atilde;o aceita viol&ecirc;ncias contra os que produzem not&iacute;cia e opni&atilde;o na imprensa escrita, radiof&ocirc;nica ou televisada. A repress&atilde;o torna-se dif&iacute;cil.<br /> <br /> Mas, mesmo assim, n&atilde;o faltam titulares de cargos p&uacute;blcos que se consideram intoc&aacute;veis. Qualquer cr&iacute;tica &eacute;&nbsp; consierada desrespetosa ao homem do poder.<br /> <br /> Na pequena cidade do interior, o chefe politico era o coronel. Isto n&atilde;p &eacute; coisa do passado. Ainda temos coron&eacute;is no Brasil contempor&acirc;neo. Consideram-se acima do Bem e do Mal.<br /> <br /> Agora vamos falar da imgem da mulher nos meios de comunica&ccedil;&atilde;o. A causa feminista tem avan&ccedil;ado muito em nosso pa&iacute;s. A id&eacute;ia de mulher objeto, mulher a servi&ccedil;o do homem, tem um rep&uacute;dio cada vez mais intenso, n&atilde;o somente das mulheres, mas da opini&atilde;o p&uacute;blica como um todo, abrangendo os dois sexos. Assim, repercute muito mal hoje uma conduta antimulher, em qualquer ve&iacute;culo e na sociedade de um modo geral.<br /> <br /> A mulher conquistou respeito atrav&eacute;s da luta.<br /> <br /> Homens inteligentes, que n&atilde;o ficaram aprisionados na Idade M&eacute;dia, entenderam que homens e mulheres s&atilde;o abolutamente iguais e apoiaram a bandeira feminista.<br /> <br /> A igualdade de mulheres e homens n&atilde;o foi apenas uma vit&oacute;ria feminista. Foi uma vit&oacute;ria da Civiliza&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> <i><b>Jo&atilde;o Baptista Herkenhoff</b></i><br /> Juiz de Direito aposentado (ES) e escritor<br /> Email &ndash; jbpherkenhoff@gmail.com<br /> Site: <a href="http://www.palestrantededireito.com.br" target="_blank"><span style="color: rgb(0, 0, 255);"><i><u>www.palestrantededireito.com.br</u></i></span></a>