O combate à corrupção nas eleições
06 de outubro de 2018 às 10:17
Jefferson Kiyohara
Mais uma vez vivemos um momento importante no processo democrático do País, que são as eleições. O voto é um instrumento para o eleitor escolher os representantes políticos que defenderão os seus interesses e prioridades. Tipicamente, temas como geração de emprego e renda, educação, saúde, segurança, transportes, proteção de vulneráveis, meio ambiente, entre outros aparecem com destaque nas propostas dos candidatos. Há promessas de reformas, mudanças e melhorias. Mas de onde virá o dinheiro para concretizar estes planos?<br />
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Há o caminho de aumentar as receitas, por exemplo, através de novos impostos e aumento de alíquotas. Pode-se pensar em incentivos para determinados setores. Remanejar verba entre áreas. Porém, há uma importante opção para ser considerada pelo eleitor: o combate à corrupção.<br />
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A corrupção torna os gastos maiores, provoca uma competição desigual e desvia recursos que deveriam ser utilizados para o bem comum para atender interesses individuais. Combater a corrupção é um caminho para ter recursos para o que você, eleitor, considera importante. Seja emprego, saúde, segurança educação ou outra área.<br />
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Ambientes corruptos trazem incertezas, riscos de sanções no Brasil e no exterior e encarecem o investimento produtivo, afastando investimentos que poderiam gerar empregos, por exemplo. Não há como um país progredir de forma sustentável e com justiça social sem combater a corrupção. Por este motivo, é fundamental a população conhecer as propostas de seus candidatos e candidatas como forma de prevenir e combater a corrupção.<br />
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Assim como é valido o eleitor exigir de seu candidato, independentemente do partido, um posicionamento claro e transparente sobre o tema e, posteriormente, cobrar para que as ações sejam de fato tomadas. A população brasileira tem uma grande oportunidade de se posicionar nas urnas, caso assim deseje, contra a corrupção.<br />
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Vale lembrar que partidos, empresas, poderes ou qualquer outra instituição não são corruptos. A corrupção é praticada por pessoas, que podem fazer parte, ou não, de alguma organização. Por isto é tão importante conhecer a pessoa que se apresenta como candidato(a).<br />
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A internet tem aparecido como novo e decisório elemento e muito se fala do problema das fake news. Por outro lado, vale destacar que há diversas ferramentas na internet para ajudar o eleitor a confirmar a veracidade da notícia, a saber se o (a) candidato (a) tem ficha limpa, se as propostas são compatíveis com os interesses do eleitor, entre outras.<br />
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É importante fazer bom uso destas ferramentas. Nesta linha, tem a iniciativa "Unidos contra a corrupção" com três critérios que precisam ser destacados: vote num político com passado limpo, que tenha compromisso com a democracia e apoie as novas medidas contra a corrupção.<br />
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A atenção deve valer não só na escolha presidencial, mas nos voto para governador (a) nos 1º e 2º turnos, senador (a) e deputado (a). O voto é um instrumento de poder e dá a chance de você participar da escolha de um (a) representante para defender os seus interesses.<br />
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E que isto seja feito de forma transparente e íntegra. Por um Brasil mais limpo!<br />
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<b><i><img src="/uploads/image/artigos_jefferson-kiyohara_lider-pratica-de-risco-compliance-protiviti.jpeg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br />
Jefferson Kiyohara</i></b> é líder da prática de riscos & compliance da Protiviti, consultoria global especializada em Gestão de Riscos, Auditoria Interna, Compliance, Gestão da Ética, Prevenção à Fraude e Gestão da Segurança, única empresa de consultoria reconhecida como Empresa Pró-Ética por três anos consecutivos.