A Lava Jato, as eleições e o futuro

13 de outubro de 2018 às 10:44

Tenente Dirceu Cardoso Gon&cce
A Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato - que vem sacudindo o pa&iacute;s desde as primeiras descobertas do regime de assalto aos cofres estatais e pagamento de propinas para, entre outras coisas, sustentar campanhas eleitorais e manter maiorias parlamentares - torna-se, cada dia mais, um instrumento mundial. N&atilde;o s&oacute; pelo alcance de criminosos brasileiros e ativos destes no exterior, mas tamb&eacute;m pelo despertar das autoridades de outros pa&iacute;ses para apurarem ocorr&ecirc;ncias da mesma natureza em seus territ&oacute;rios. Atualmente j&aacute; se verifica a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, os filhos do ex-presidente peruano Alberto Fujimori investigados e denunciados, al&eacute;m de ex-dirigentes de outros pa&iacute;ses, todos no caminho do ex-presidente Lula, encarcerado em Curitiba. Do lado das empresas participantes dos esquemas e corruptoras, h&aacute; grande reforma de procedimentos que certamente proteger&aacute; o dinheiro p&uacute;blico.<br /> <br /> Em solo nacional, j&aacute; foram presos o ex-presidente, governadores, parlamentares, ministros, empres&aacute;rios, executivos e operadores. As dela&ccedil;&otilde;es premiadas os levam a, em troca da redu&ccedil;&atilde;o de pena, revelar os esquemas e os demais participantes. Com o avan&ccedil;ar das apura&ccedil;&otilde;es, outras not&oacute;rias figuras das esferas federal, estadual e at&eacute; municipal dever&atilde;o ser chamadas a responder pelos seus crimes. Com isso, apesar do inc&ocirc;modo de momento, o pa&iacute;s avan&ccedil;a rumo &agrave; normalidade.<br /> <br /> Em paralelo &agrave;s apura&ccedil;&otilde;es dos crimes contra o er&aacute;rio, &eacute; preciso desaparelhar o Estado. Reduzir ao m&iacute;nimo indispens&aacute;vel o n&uacute;mero de cargos de livre nomea&ccedil;&atilde;o que hoje incham o pa&iacute;s de norte a sul nas tr&ecirc;s esferas de poder. Uni&atilde;o, estado e munic&iacute;pios n&atilde;o podem continuar pagando sal&aacute;rios (muitas vezes altos) a cabos eleitorais, apadrinhados, parentes e amantes de pol&iacute;ticos e de gente influente. T&ecirc;m de demitir todos e valorizar o servidor p&uacute;blico que, concursado, tem as credenciais para a presta&ccedil;&atilde;o do servi&ccedil;o e sua via vinculada &agrave; reparti&ccedil;&atilde;o onde serve. Sua carreira deve ser respeitada e valorizada, e a meritocracia praticada.<br /> <br /> Sem ter de pagar propina e de sustentar uma legi&atilde;o de improdutivos apensos ao servi&ccedil;o p&uacute;blico, o governo restar&aacute; com mais recurso em caixa para atender suas necessidades e prestar melhores servi&ccedil;os &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. Essa &eacute; a luz que j&aacute; podemos ver no fim do t&uacute;nel, decorrente dos trabalhos da Lava Jato que, sem d&uacute;vida, est&atilde;o influenciando no resultado das elei&ccedil;&otilde;es. &Eacute; a renova&ccedil;&atilde;o da esperan&ccedil;a por melhores dias.<br /> &nbsp;<br /> <b><i><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" width="60" hspace="3" height="81" align="left" alt="" /><br /> <br /> <br /> Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</i></b> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br <br />