LIVRO, TODO DIA

26 de outubro de 2018 às 17:49

Luiz Carlos Amorim
O dia 29 de outubro &eacute; o Dia Nacional do Livro. Livro, este objeto m&aacute;gico que pode trazer no seu interior um mundo de conhecimento, de fantasia, de imagina&ccedil;&atilde;o. O guardi&atilde;o da hist&oacute;ria da humanidade, o registro de tudo o quanto o ser humano j&aacute; fez neste mund&atilde;o de Deus. O recept&aacute;culo de toda a intelig&ecirc;ncia e criatividade do homem, at&eacute; das teorias do que poder&aacute; vir a ser o futuro.<br /> <br /> &Eacute; bem verdade que ainda n&atilde;o &eacute; t&atilde;o popular quanto deveria, pelo menos no Brasil, pois ainda &eacute; caro para uma grande parcela do nosso povo, mas para quem gosta de ler h&aacute; alternativas como as bibliotecas municipais, escolares, de clubes e associa&ccedil;&otilde;es, os sebos, etc. Essas bibliotecas nem sempre ter&atilde;o os &uacute;ltimos lan&ccedil;amentos em seus acervos, mas sempre haver&aacute; algum bom t&iacute;tulo que n&atilde;o lemos. Assim como os sebos, que oferecem um sem n&uacute;mero de op&ccedil;&otilde;es a pre&ccedil;os razo&aacute;veis.<br /> <br /> Com o avan&ccedil;o da tecnologia digital, o e-book, ou livro eletr&ocirc;nico, e os leitores eletr&ocirc;nicos - e-readers - est&atilde;o se popularizando cada vez mais e j&aacute; h&aacute; uma pequena legi&atilde;o de seguidores. Vivemos, na verdade, uma revolu&ccedil;&atilde;o cultural. Eles, os leitores eletr&ocirc;nicos que se popularizaram pelo mundo, inclusive no Brasil, viraram o sonho de consumo de muita gente, inclusive daqueles que n&atilde;o t&ecirc;m condi&ccedil;&otilde;es de adquiri-los. Ainda que muitos daqueles que os adquirem acabem esquecendo da fun&ccedil;&atilde;o de leitores digitais dos aparelhos, tantas s&atilde;o as op&ccedil;&otilde;es que eles oferecem: jogos, filmes, internet, comunica&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s de programas de comunica&ccedil;&atilde;o, com imagem ao vivo, programas de relacionamento, etc.<br /> <br /> De qualquer maneira, o livro impresso, de papel, o tradicional livro como o conhecemos at&eacute; agora continuar&aacute; por muito tempo ainda. E por mais que ele mude, ainda continuar&aacute; a se chamar livro e o objetivo de perenizar e divulgar a cultura e o conhecimento ser&aacute; o mesmo. Certeza &eacute; que o livro de papel poder&aacute; conviver harmoniosamente com o livro eletr&ocirc;nico e vice-versa. <br /> <br /> Com a tecnologia da inform&aacute;tica a servi&ccedil;o da leitura, a tend&ecirc;ncia &eacute; que o h&aacute;bito de ler se intensifique, at&eacute; porque al&eacute;m do livro tradicional e do livro digital, temos ainda o &aacute;udiolivro, que possibilita que os deficientes visuais sejam, tamb&eacute;m, consumidores de literatura. <br /> <br /> Ent&atilde;o talvez devamos comemorar tanta tecnologia a servi&ccedil;o da leitura, mesmo considerando que o livro f&iacute;sico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem depend&ecirc;ncia de nenhuma fonte de energia, a n&atilde;o ser a nossa vis&atilde;o e a vontade de ler, n&atilde;o ser&aacute; extinto. Ao contr&aacute;rio, ele continuar&aacute; firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poder&atilde;o vir a existir.<br /> <br /> De maneira que rendo minha homenagem a esse objeto t&atilde;o importante para o progresso das civiliza&ccedil;&otilde;es em todo o mundo.<br /> <br /> Vida longa para o livro, como quer que seja concebido.<br /> <br /> <b><i><img src=" http://www.novoeste.com/uploads/image/artigos_luiz-carlos-amorim(1).jpg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br /> <br /> Luiz Carlos Amorim</i></b> &ndash; Escritor, editor e revisor &ndash; Fundador e presidente do Grupo Liter&aacute;rio A ILHA, com 38 anos de trajet&oacute;ria, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://lcamorim.blogspot.com.br