O quarto paulista eleito presidente

29 de outubro de 2018 às 16:56

Tenente Dirceu Cardoso Gon&
Mais de cem anos depois de ter seu &uacute;ltimo presidente eleito e empossado, S&atilde;o Paulo volta a eleger o chefe do governo brasileiro. Jair Bolsonaro nasceu em Glic&eacute;rio &ndash; munic&iacute;pio de 4800 habitantes na regi&atilde;o de Ara&ccedil;atuba -, foi registrado em Campinas. Passou a inf&acirc;ncia com a fam&iacute;lia em Ribeira, Jundia&iacute;, Sete Barras e Eldorado e, aos 18 anos, ingressou na escola de cadetes do Ex&eacute;rcito, indo para o Rio de Janeiro, onde fez as carreiras militar e pol&iacute;tica. Ser&aacute; o quarto paulista de nascimento eleito a assumir a presid&ecirc;ncia. J&aacute; foram presidentes o ituano Prudente de Moraes (1894-98), o campineiro Campos Salles (1898-1902) e o guaratinguetaense Rodrigues Alves (1902-06), que voltou a se eleger em 1918, mas morreu antes da posse.<br /> <br /> Em 1930, J&uacute;lio Prestes, nascido em Itapetininga, foi eleito mas impedido de tomar posse pela Revolu&ccedil;&atilde;o liderada por Get&uacute;lio Vargas. Seu antecessor, Washington Luiz, era fluminense mas fez carreira pol&iacute;tica em S&atilde;o Paulo. Por essa raz&atilde;o, foi chamado &ldquo;paulista de Maca&eacute;&rdquo;, o munic&iacute;pio onde nasceu. Situa&ccedil;&atilde;o an&aacute;loga tiveram o matogrossense J&acirc;nio Quadros, o carioca Fernando Henrique Cardoso e o pernambucano Lula que, nascidos em outros estados, fizeram em S&atilde;o Paulo suas carreiras pol&iacute;tica e profissional. J&aacute; o deputado Ranieri Mazzili, ent&atilde;o presidente da C&acirc;mara, nascido em Caconde, na divisa de S&atilde;o Paulo e Minas, governou por alguns dias ap&oacute;s a ren&uacute;ncia de J&acirc;nio Quadros em 1961 e no afastamento de Jo&atilde;o Goulart em 1964. Michel Temer, nascido em Tiet&ecirc;, n&atilde;o foi eleito presidente, mas vice-presidente, s&oacute; chegando ao poder no impeachment de Dilma Rousseff.<br /> <br /> Jair Bolsonaro chega &agrave; presid&ecirc;ncia num momento cr&iacute;tico. Sua elei&ccedil;&atilde;o foi at&iacute;pica e demonstra a grande aspira&ccedil;&atilde;o do povo por mudan&ccedil;as e restaura&ccedil;&atilde;o de valores pol&iacute;ticos, sociais e morais. S&atilde;o Paulo, que o elegeu com 67,97% dos votos, tem grande expectativa sobre sua atua&ccedil;&atilde;o. Como maior centro econ&ocirc;mico do pa&iacute;s, padece com a fuga de capitais e a instabilidade econ&ocirc;mica que gera desemprego. Tem grandes problemas de seguran&ccedil;a p&uacute;blica que, com pol&iacute;ticas mais condizentes, poder&atilde;o ser atenuados. E espera que, mesmo tendo de contribuir com as regi&otilde;es menos desenvolvidas, o estado n&atilde;o continue com tamanho desequil&iacute;brio entre o que recolhe de impostos e o que recebe de volta para a presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os &agrave; popula&ccedil;&atilde;o.&nbsp; &nbsp;<br /> <br /> &nbsp;Louve-se o resultado da elei&ccedil;&atilde;o. Mesmo com todas as dificuldades impostas pelo momento conturbado, o povo teve a oportunidade de expressar a sua soberana vontade. Que essa vontade seja inteiramente feita...<br /> <b><i>&nbsp;<br /> </i></b><b><i><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" alt="" width="60" hspace="3" height="81" align="left" /><br /> <br /> <br /> Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</i></b> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br