Solidariedade: um caminho para a Paz

13 de fevereiro de 2019 às 18:05

José de Paiva Netto
A Paz desarmada jamais resultar&aacute; apenas dos acordos pol&iacute;ticos, todavia, igualmente, de uma profunda sublima&ccedil;&atilde;o do esp&iacute;rito religioso. Como grandes feitos muitas vezes t&ecirc;m suas ra&iacute;zes em iniciativas simples, mas pr&aacute;ticas e verdadeiras, de gente que, com toda a coragem, partiu da teoria para a a&ccedil;&atilde;o, com a for&ccedil;a da autoridade de seus atos universalmente reconhecidos, valhamo-nos deste ensinamento de Abra&atilde;o Lincoln (1809-1865): &ldquo;Quando pratico o Bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religi&atilde;o&rdquo;. Ora, ningu&eacute;m nunca poder&aacute; chamar o velho Abe de incr&eacute;u...<br /> <br /> Dinheiro e fama podem tornar-se um pesado fardo para o ser humano. Dificilmente trazem felicidade. A n&atilde;o ser &agrave; medida que correspondam a benef&iacute;cios promovidos em favor do coletivo. Eis um caminho para a Paz entre aqueles que tudo t&ecirc;m e os que necessitam de aux&iacute;lio: Solidariedade.<br /> <br /> Quando voc&ecirc; compreende o sentido da ren&uacute;ncia, aprende a amar. &Eacute; nesse momento que a felicidade genuinamente se apossa do seu cora&ccedil;&atilde;o. Li&ccedil;&atilde;o do Bhagavad-Gita: &ldquo;Conhece a Paz quem esqueceu o desejo&rdquo;.<br /> &nbsp;<br /> <b>Pensamento firmado na Paz</b><br /> <br /> Transforma&ccedil;&otilde;es perenes com frequ&ecirc;ncia surgem nos instantes de grande agita&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica. Os tenazes crescem em tempos de refrega. Se o fizerem com o pensamento firmado na Paz, o efeito de seus esfor&ccedil;os marcar&aacute; sua passagem pela Terra com o sinete da Luz. O ilustre m&eacute;dico brasileiro Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900) ensinava que, &ldquo;se aspiramos transmitir a Paz, se queremos elevar o cora&ccedil;&atilde;o da criatura, n&atilde;o podemos prescindir, em nossas vidas, de uma profunda e radical mudan&ccedil;a na busca do fortalecimento da F&eacute; e do entendimento dela&rdquo;.<br /> &nbsp;<br /> <b>O efeito da Justi&ccedil;a ser&aacute; a Paz</b><br /> <br /> Os povos geralmente conseguem sobreviver &agrave;s maiores confus&otilde;es que lhes atravessam o caminho. &Eacute; muito boa essa teimosia, esse bom senso de tanta gente que fundamenta as suas a&ccedil;&otilde;es na Coragem, como tamb&eacute;m no Amor, no Bem, na Solidariedade, na Fraternidade e na Raz&atilde;o esclarecida pelo racioc&iacute;nio iluminado por Deus. No entanto, nunca no fanatismo.<br /> <br /> Tamanho denodo &eacute; que tem feito a Humanidade subsistir a tanta loucura. A seguinte li&ccedil;&atilde;o de Isa&iacute;as, no seu livro do Antigo Testamento da B&iacute;blia Sagrada (32:17), referenda essa realidade quando afirma: &ldquo;O fruto da Justi&ccedil;a ser&aacute; Paz, e a opera&ccedil;&atilde;o da Justi&ccedil;a, repouso e seguran&ccedil;a para sempre&rdquo;.<br /> &nbsp;<br /> <b><i><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/artigos_paiva-neto_lbv.jpg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br /> <br /> <br /> Jos&eacute; de Paiva Netto</i></b>, jornalista, radialista e escritor.<br /> paivanetto@lbv.org.br &mdash; www.boavontade.com<br />