No mês da mulher, confira dicas para a saúde feminina
08 de março de 2019 às 10:43
Dra. Camila Barbosa da Silva
Em março, é celebrado anualmente o mês da mulher. Se já não bastassem todos as dificuldades que envolvem o universo feminino, elas ainda têm que se preocupar com doenças que têm maior incidência exatamente entre seu gênero – ou, às vezes, que as afetam exclusivamente. Com tantos perigos à espera, é bom saber as características, causas e tratamentos para cada um dos males do cromossomo X. <br />
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Mulheres, muitas vezes, têm que abraçar mais de uma função na sociedade. Os avanços sociais nas últimas décadas alavancaram os números femininos em indústrias e escritórios ao redor do Brasil, o que é deveras positivo. Porém, ainda é extremamente comum que mães tenham que se desdobrar entre sua vida profissional e a vida dentro de casa, tomando as rédeas da vida domiciliar e liderando ações como levar os filhos na escola, fazer as compras no supermercado e se preocupar com as responsabilidades e necessidades das crianças. Assim, fica difícil achar um tempo para cuidar de seu próprio corpo, o que pode levar a sérios problemas de saúde. Confira abaixo alguns dos males que mais afetam o universo feminino:<br />
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<div style="margin-left: 40px;"><b>1 – Câncer de mama:</b> o primeiro item da lista não poderia ser outro. O mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, ele representa 25% dos novos casos de câncer todos os anos. Em 2017, por exemplo, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou que foram diagnosticados mais de 57 mil casos apenas no Brasil. A boa notícia é que, quando encontrado nas fases iniciais, a possibilidade de cura é significativamente maior. Assim, realizar exames preventivos, como o autoexame, a ultrassonografia de mamas e a mamografia, é fator fundamental para o rastreio e tratamento dessa moléstia. Ao encontrar qualquer anomalia ou nódulo em seus seios, alterações na pele e nas axilas e secreções estranhas no mamilo, procure um médico imediatamente.</div>
<div style="margin-left: 40px;"><i><br />
<b>2 – Câncer de colo de útero:</b> pesquisas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mostram que há 15 novos casos que surgem a cada 100 mil brasileiras anualmente. O câncer de colo de útero tem como suas principais causas o início precoce da atividade sexual, a higiene íntima inadequada e o Papilomavírus Humano, conhecido como HPV. Sintomas incluem o sangramento vaginal após uma relação e, em estados mais avançados, hemorragias, dores na lombar e no abdômen e até perda de peso. Há uma boa notícia, porém: a famosa vacina HPV, destinada a jovens, principalmente antes de iniciar suas atividades sexuais, ajuda a prevenir a doença e reduzir em demasia o risco dela. Ainda assim, recomenda-se estar sempre em dia com seus exames clínicos anuais e com o Papanicolau.<br />
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<b>3 – Esclerose múltipla:</b> essa doença crônica, inflamatória e degenerativa perturba o sistema nervoso central e afeta até quatro vezes mais mulheres que homens. Alguns dos sintomas são: fadiga, visão turba, alteração do equilíbrio, dificuldade em urinar e perda de sensibilidade nos órgãos sexuais. As causas do transtorno não são conhecidas e, por isso, é de extrema importância que a paciente busque um médico ao sentir qualquer um dos sintomas mencionados acima. <br />
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<b>4 – Osteoporose:</b> esta doença metabólica e sistêmica acomete os ossos e afeta principalmente pessoas já na terceira idade. Ela ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo o suficiente, o que deixa o esqueleto mais frágil. As mulheres, por perderem densidade óssea mais rapidamente após a menopausa, tem um risco aumentado de lesões com a doença. Para se prevenir, é recomendado 1.200mg de cálcio por dia, que podem ser ingeridos com o consumo de leite e outros laticínios, como o queijo. <br />
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<b>5 – Depressão:</b> apesar de este ser um transtorno que não diferencia entre raça, idade, gênero ou sexualidade, a depressão é mais comum entre mulheres mais velhas, em razão das mudanças que ocorrem durante a menopausa. Ela pode ser combatida com remédios, se necessário, mas o fundamental mesmo é buscar assistência psicológica ao menor sinal da doença. Alguns dos sintomas são: perda de apetite, fadiga extrema, irritabilidade, falta de motivação e diminuição da capacidade de sentir alegria. </i></div>
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Independentemente do gênero, é importante lembrar de sempre visitar seu médico regularmente, alimentar-se de forma saudável e praticar exercícios físicos e atividades prazerosas. Que no mês das mulheres, brindemos a delicadeza do nosso ser, com saúde e alegria! Parabéns à todas nós!<br />
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Dra. Camila Barbosa da Silva</i></b> é coordenadora médica da Unidade de Clínica Médica e Plantonista do Pronto Socorro Adulto do HSANP, centro hospitalar da Zona Norte de São Paulo (SP).