Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

03 de maio de 2019 às 17:03

Samuel André de Oliveir
As comemora&ccedil;&otilde;es do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio) a n&oacute;s brasileiros soam em tons e cores mais acentuados, pois neste momento come&ccedil;amos ouvir e ver algumas decis&otilde;es no campo judici&aacute;rio que afetaram a circula&ccedil;&atilde;o da not&iacute;cia, fato este que por demais afronta a ess&ecirc;ncia do que &eacute; um direito da sociedade.<br /> <br /> Acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o, o descortinar das verdades ou mentiras, &eacute; sim direito fundamental da sociedade e, tudo que se op&otilde;e a essa liberdade que se concretiza por meio da imprensa, age em disson&acirc;ncia &agrave;s conquistas sociais. Ressalta a import&acirc;ncia dos lastros &eacute;ticos e das pautas criteriosas a se conduzir na imprensa nacional.<br /> <br /> N&atilde;o h&aacute; espa&ccedil;o mais para aviltar a consist&ecirc;ncia da sociedade que, por meio dos seus organismos, se traduz em constru&ccedil;&atilde;o plena da democracia. Ora, mais do que o proclamar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, aprovado pela Assembleia Geral da ONU, em 1993, hoje h&aacute; necessidade de preservarmos esse direito que, em melhor detalhe, &eacute; pertencente &agrave; ess&ecirc;ncia da vida.<br /> <br /> Observe-se em exemplos transnacionais o comportamento do &ldquo;poder&rdquo; afrontando a liberdade de imprensa que por seu of&iacute;cio esclarece e informa. Sim, os interesses pessoais ou at&eacute; mesmo corporativistas se exp&otilde;em em fragilidades quando o jornalismo atuante escreve em pautas suas importantes pondera&ccedil;&otilde;es.<br /> <br /> A imprensa comp&otilde;e uma ferramenta importante para a sociedade subsistir, pois o fundamento n&atilde;o se esgota somente na democracia, mas sim na exist&ecirc;ncia harmoniosa da sociedade. Porque a informa&ccedil;&atilde;o &eacute; derivativa da natureza humana e sem isso regressar&iacute;amos ao tempo das cavernas.<br /> <br /> Nessa linha o Estado brasileiro deve zelar pela preserva&ccedil;&atilde;o da liberdade de expor not&iacute;cias por meio da imprensa, ajustando-a em todos os n&iacute;veis dos poderes constitu&iacute;dos. A n&oacute;s brasileiros o alerta est&aacute; sendo soado. N&atilde;o podemos mais regredir no tempo e viver nos lastros atados aos nossos tornozelos por falta de acesso &agrave;s informa&ccedil;&otilde;es, seja por ordem de quem for.<br /> <br /> Assertivo &eacute; que hoje h&aacute; um processo de refino nos atos de imprensa a reluzir o grau de credibilidade das informa&ccedil;&otilde;es e &eacute; exponencial que isso n&atilde;o exime os erros. Contudo, o que experimentamos dias atr&aacute;s no ato decis&oacute;rio do STF (investiga&ccedil;&atilde;o do pr&oacute;prio &oacute;rg&atilde;o retira revista digital &ldquo;Cruso&eacute;&rdquo; e o site &ldquo;O Antagonista&rdquo; do ar, suprimindo os notici&aacute;rios), nos leva a refletir a ordem m&aacute;xima mundial: liberdade de imprensa se op&otilde;e &agrave; censura. <br /> <br /> O deslize foi reconhecido e o fato corrigido face ao posicionamento da sociedade, consolidado pelos protagonistas da not&iacute;cia &ndash; a imprensa. Portanto, aqui se acentua mais uma vez a felicidade de todos n&oacute;s ao comemorarmos esta data t&atilde;o importante.<br /> <br /> A comunica&ccedil;&atilde;o, a informa&ccedil;&atilde;o, o detalhamento de fatos, os indicadores comportamentais no mundo, todo esse conhecimento faz parte da nossa natureza. Logo, &ldquo;a imprensa&rdquo; tem papel fundamental que se inaugura na democracia, mas vai muito al&eacute;m, gera melhoria continua da sociedade. <br /> <br /> Assim, cabe a n&oacute;s desejar &ldquo;o&rdquo; parab&eacute;ns! Siga a imprensa em frente em seu papel fundamental de promover as not&iacute;cias e trazer vida.<br /> <br /> <img src="/uploads/image/artigos_samuel-andre-de-oliveira-neto_especialista-em-direito-constitucional.jpg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br /> <br /> <b><i>Samuel Andr&eacute; de Oliveira Neto </i></b>&eacute; especialista em Direito Constitucional, professor no curso de Direito da Funda&ccedil;&atilde;o Santo Andr&eacute;, mestre, consultor jur&iacute;dico e mercadol&oacute;gico.