NOSSA LITERATURA PELO MUNDO
10 de julho de 2019 às 16:04
Luiz Carlos Amorim
Fazer parte da IWA – International Writers & Artists Association, que agrega escritores de vários países, faz com que conheçamos estilos e cosmovisões diferentes na literatura de outros pontos do mundo, com costumes e tradições bem diferentes da nossa.<br />
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Faz muito tempo que a Dra. Teresinka Pereira, brasileira radicada nos Estados Unidos há várias décadas, convidou-me a fazer parte da IWA. Ela é uma professora que atua em universidades americanas e, além de professora, é escritora. Ela já publicou livro meu por lá em português e um outro, em co-edição com as Edições A ILHA, em inglês. <br />
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Ser um membro dessa associação internacional de escritores possibilita, como já disse no início, o intercâmbio com escritores e editores de diversos países. Publicamos textos deles aqui no Brasil, vertidos para o português, e eles publicam coisas nossas lá em seus países, vertidos para a sua língua. É assim que tenho poemas, crônicas e contos publicados na India, na Grécia, nos Estados Unidos, na Rússia, em Cuba, na França e em vários outros países.<br />
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Foi ao sabor dessa troca que recebi, recentemente, o livro “<i>Vela no Horizonte</i>”, do poeta austríaco Kurt F. Svatek. O livro, é claro, é em português, publicado aqui no Brasil. E constato, mais uma vez, que a poesia é uma língua universal, porque embora as estações sejam em épocas diferentes, o clima não seja o mesmo que o nosso, os hábitos e costumes sejam outros, a emoção, o sentimento que transborda em cada verso é o mesmo em qualquer lugar, a alma é igual a de qualquer mortal, o céu que todos vemos é exatamente o mesmo.<br />
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Então, não interessa muito a origem do poeta. Interessa, sim, o conteúdo do seu poema. Isso é o que vai mostrar a alma, o coração do poeta. E “<i>Vela no Horizonte</i>” evidencia toda a sensibilidade e lirismo do seu autor. Como no poema “<i>Sesta</i>”: “<i>A erva alta / brinca com o vento sussurado / e os paraquedas brancos / do dente-de-leão / elevam-se em direção ao céu / como uma pequena nuvem / cheia de sonhos.</i>” Ou como em “<i>Distintivo</i>”: “<i>Não existem almas pretas / nem brancas; / não existem almas vermelhas / nem morenas ou amarelas pálidas // Existem simplesmente / apenas almas de seres humanos / cheias de sentimentos. / E para sentir não é preciso ter cor.</i>” Ou ainda, como em “<i>Desilusão</i>”: “<i>Olho uma segunda vez / pela janela: / é um floco de neve tardio / e nenhuma borboleta.</i>” Ou como em vários outros dos poemas que compõe o livro. <br />
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Por <b><i>Luiz Carlos Amorim</i></b> – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completou 39 anos em 2019. Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. <a href="http://lcamorim.blogspot.com.br/" target="_blank"><span style="color: rgb(0, 0, 255);"><u><i>http://lcamorim.blogspot.com.br</i></u></span></a> – <a href="http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br/" target="_blank"><span style="color: rgb(0, 0, 255);"><u><i>http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br</i></u></span></a><br />