LIXO CULTURAL E CANETA AZUL NELES
02 de novembro de 2019 às 11:49
Genaldo de Melo
Para a maioria da população brasileira gosto musical não é uma questão de opção pessoal, é resultado de um processo bem articulado de osmose, direcionado ao consumo da música como produto rentável e com prazo de validade definido. A mídia tradicional sempre teve o papel de divulgar a nossa cultura, especialmente a música de boa qualidade, mas se rendeu ao lixo cultural e ao lucro rápido.<br />
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Nos últimos anos o mercado musical brasileiro passou por uma transformação ridícula em função apenas da rentabilidade de produtores do chamado lixo cultural. Não é musica no sentido mais cultural da palavra que o mercado vem oferecendo ao povo brasileiro, mas ritmos repetitivos em capelas que não dizem absolutamente nada.<br />
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São musicas com ritmos que não mudam, com verdadeiras bobagens, incitação à violência, rebaixamento da mulher brasileira, além de verdadeiros assassinatos da língua portuguesa. E impressionante também como com vozes irritantes, que são verdadeiros shows de horrores, abusam indefinidamente da mensagem que deveria ser bíblica.<br />
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Três tipos que não posso chamar de estilos musicais ocupam os espaços que deveriam ser educativos, que são os programas de entretenimento na TV, os programas de rádios e os espaços de lazer, principalmente direcionado à adolescentes e aos jovens. Um tal de “arrocha” doentio, um tal de pagode que dói o juízo e um tal de gospel, que mais parece um show de bizarrice moderna.<br />
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Como o povo não tem muita opção além dessas TV’s abertas e programas de rádios colonizados, o empresário que nunca soube o que é cultura, simplesmente inventa qualquer resto de lixo cultural e compra esses espaços que são comerciais, que vendem para quem tem mais dinheiro, e ridiculamente diz que é cultura. Caneta azul neles!<br />
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Por <b><i>Genaldo Melo</i></b><br />
genaldomelo1@gmail.com