O uso do celular, até para telefonar

03 de dezembro de 2019 às 17:04

Tenente Dirceu Cardoso Gon&cce
Setenta e sete por cento dos brasileiros utilizam o smarphone para pagar contas, transferir dinheiro e outros servi&ccedil;os banc&aacute;rios. Essa &eacute; a segunda maior atividade no sistema, superada apenas pelas buscas em portais e bancos de informa&ccedil;&otilde;es. A pesquisa, divulgada pelo Google em evento realizado em S&atilde;o Paulo, diz que o terceiro maior servi&ccedil;o nos celulares &eacute; a leitura de jornais, revistas e sites de not&iacute;cias, por 70%, seguida da pesquisa de mobilidade (Google Mps e Wase) por 65%, vindo depois o acesso a servi&ccedil;os p&uacute;blicos (FGTS, INSS e documentos digitais), por 44% dos usu&aacute;rios. &Eacute; uma formid&aacute;vel mudan&ccedil;a de perfil em rela&ccedil;&atilde;o ao come&ccedil;o da d&eacute;cada de 90, quando os celulares chegaram ao Brasil apenas com a fun&ccedil;&atilde;o de fazer liga&ccedil;&otilde;es telef&ocirc;nicas sem estar ligados a um fio. Hoje o smathpone &eacute; ferramenta de trabalho, lazer, emerg&ecirc;ncia e serve, at&eacute; para telefonar.<br /> <br /> No long&iacute;nquo 1932, quando publicou o seu livro &ldquo;Admir&aacute;vel Mundo Novo&rdquo;, o escritor brit&acirc;nico Aldous Huxley - que se tornou best-seller e leitura obrigat&oacute;ria de gera&ccedil;&otilde;es, projetando sua hist&oacute;ria ao ano 2540, 632 DF (Depois de Ford, o pioneiro do autom&oacute;vel) - jamais poderia imaginar que um aparelhinho individual, surgido como telefone, poderia ir, paulatinamente, assumindo tantas atividades. O smartphone constitui hoje item indispens&aacute;vel &agrave; vida das pessoas, independente de sua condi&ccedil;&atilde;o cultural, financeira, religiosa, social ou profissional. Muitos servi&ccedil;os e interesses antes dispon&iacute;veis s&oacute; na forma presencial, est&atilde;o no telefone e alguns j&aacute; come&ccedil;am a ser exclusivos desse meio e da internet, o grande ambiente em que se insere a telefonia m&oacute;vel.<br /> <br /> Em lugar dos autom&oacute;veis que voavam nas est&oacute;rias de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica de d&eacute;cadas atr&aacute;s, temos hoje os carro aut&ocirc;nomo, que anda sem motorista. O mundo come&ccedil;a a ser invadido pelo carro el&eacute;trico que, pelo visto, poder&aacute; levar o petr&oacute;leo &agrave; inviabilidade. As dist&acirc;ncias antes vencidas em horas, dias, meses e at&eacute; anos pelo cavalo, barco, autom&oacute;vel ou avi&atilde;o, agora s&atilde;o cobertas pelo sinal eletr&ocirc;nico dos computadores e smartphones que nem precisam estar ligados fisicamente a qualquer ponto da rede para levar imagens, documentos e informa&ccedil;&otilde;es a qualquer parte do planeta, viajando na velocidade da luz.<br /> <br /> Como tudo que vem para facilitar a vida do homem tamb&eacute;m pode ser utilizado para subjug&aacute;-lo e contrariar seus interesses, o ambiente digital, onde se inserem os smartphones, tem de ser encarado como um mundo &agrave; parte e estar sujeito a normas e regulamentos. Isso para n&atilde;o virar territ&oacute;rio de ningu&eacute;m e, em vez de ajudar, trazer problemas &agrave; vida das pessoas. Embora de forma inesperada a Huxley e a outros futur&oacute;logos, o computador, a internet, o celular e, particularmente, o smartphone nos proporcionam o idealizado mundo novo e transformam a Terra na aldeia global que muitos, ao ouvirem sua cita&ccedil;&atilde;o, d&eacute;cadas atr&aacute;s, pensaram tratar-se, apenas, de frase de efeito. Seu uso respons&aacute;vel &eacute; de fundamental import&acirc;ncia... &nbsp;<br /> &nbsp;<br /> <b><i><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" width="60" hspace="3" height="81" align="left" alt="" /><br /> <br /> <br /> Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</i></b> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; <br />