Educação ambiental deve estar atrelada à rotina escolar e familiar

03 de janeiro de 2020 às 12:39

Francisco Oliveira
A educa&ccedil;&atilde;o pautada em bons princ&iacute;pios como empatia e gentileza vai muito al&eacute;m da conviv&ecirc;ncia com o ser humano. Esses mesmos valores devem ser ensinados em rela&ccedil;&atilde;o aos cuidados e preserva&ccedil;&atilde;o do meio ambiente, seja na fam&iacute;lia ou escola. O processo de degrada&ccedil;&atilde;o e trag&eacute;dias ambientais causadas pelo homem s&atilde;o problem&aacute;ticas que necessitam de a&ccedil;&otilde;es urgentemente, n&atilde;o somente para amenizar estragos que perpetuar&atilde;o por d&eacute;cadas, mas para evitar que desastres futuros ocorram. Entender e aplicar solu&ccedil;&otilde;es que atenuem os impactos negativos no meio ambiente &eacute; responsabilidade de todos: popula&ccedil;&atilde;o e poder p&uacute;blico. <br /> <br /> Ap&oacute;s a implanta&ccedil;&atilde;o da Lei 9795, que instituiu a Pol&iacute;tica Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o Ambiental, determinando que esse seja um componente essencial e permanente da educa&ccedil;&atilde;o, 65% das escolas do ensino fundamental do pa&iacute;s inserem a tem&aacute;tica ambiental em suas disciplinas de 1&ordf; a 4&ordf; s&eacute;rie, sendo que 27% desenvolvem projetos espec&iacute;ficos sobre o assunto, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An&iacute;sio Teixeira (INEP). <br /> <br /> Mas, &eacute; poss&iacute;vel perceber que os n&uacute;meros ainda s&atilde;o preocupantes quando a pesquisa do Ibope revela que 94% dos brasileiros se declaram preocupados com o meio ambiente. Por&eacute;m, 76% n&atilde;o fazem a separa&ccedil;&atilde;o do lixo domiciliar por tipo de material e quase um ter&ccedil;o (28%) n&atilde;o sabe identificar por cores as lixeiras para coleta seletiva. &Eacute; n&iacute;tido que existe uma diferen&ccedil;a clara entre o discurso e a pr&aacute;tica. Falar que se importa &eacute; uma coisa, mas de fato mudar comportamento &eacute; outra. <br /> <br /> A efetividade das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas sociais, principalmente na &aacute;rea da educa&ccedil;&atilde;o, sempre ser&aacute; necess&aacute;ria para a forma&ccedil;&atilde;o do indiv&iacute;duo. Mas, ainda que seja importante introduzi-la no ambiente pedag&oacute;gico para que o impacto na vida das crian&ccedil;as seja efetivamente positivo e produtivo, &eacute; preciso dar continuidade aos ensinamentos dentro do lar, falando sobre a import&acirc;ncia e necessidade de economizar &aacute;gua, mostrando que o lixo tem lugar espec&iacute;fico para ser jogado e que deve ser segregado de acordo com seu material, al&eacute;m de conversar sobre o consumo consciente. Precisamos formar uma popula&ccedil;&atilde;o consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito. Precisamos de adultos e crian&ccedil;as que reflitam sobre o que fazem para amenizar os danos causados &agrave; nossa morada coletiva. Para mudar o mundo &eacute; preciso mudar o ser humano. <br /> <br /> <i><b><img src="/uploads/image/artigos_francisco-oliveira_engenheiro-civil-fundador-fral-consultoria.jpg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br /> <br /> Francisco Oliveira </b></i>&eacute; engenheiro civil e mestre em Mec&acirc;nica dos Solos, Funda&ccedil;&otilde;es, Geotecnia e fundador da FRAL Consultoria.