Para quem escrevemos?
09 de janeiro de 2020 às 10:29
Giovana F. Leite
Toda pessoa que tem interesse ou trabalha no processo criativo da escrita, possivelmente já se pegou perguntando: para quem estou escrevendo? Qual é a finalidade? Será útil para algo? São perguntas cruciais e norteadoras para a construção de qualquer trabalho escrito, principalmente no meio acadêmico. <br />
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Considerando que Barreiras já possui um forte polo universitário, tanto de ensino público quanto privado, a quantidade de produções textuais que não são como as demais dentro das normas acadêmicas, de maneira geral, apresenta-se menor que a produção escrita cientifica, não que isso represente algo negativo, mas é algo para se pensar.<br />
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São vários fatores que podem corroborar para que isto ocorra, mas parte disso pode ser compreendido devido a produção acadêmica, voltada para a construção de artigos, projetos de pesquisa, monografias, solicitar uma linguagem mais formal, que é práxis do fazer ciência, voltadas regularmente a menção de pesquisadores/as autores/as que são referências dentro daquilo que está sendo estudado. Ou seja, quando a escrita é um pouco mais desprendida, o processo criativo de escrita parece ficar limitado. <br />
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Desde o primeiro contato em uma aula acadêmica, que a dita opinião do cientista não deve se basear em favoritismos e principalmente em um senso comum vago, sem observação empírica, verificar a comprovação de algo é essencial, ainda mais nos tempos atuais de tantas divergências quanto a veracidade do que está sendo dito. Por isso, é evidente que exista certa resistência de, por exemplo, artigos de opiniões de universitários/as saírem com menos frequência do que artigos acadêmicos, pois mesmo a opinião, independente, precisa ser segura. <br />
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Mas, no tocante a produção, tal situação apresenta-se como desafiadora e que pode trazer resultados significativos se enfrentada. Expor uma opinião pode ser algo dubitável e problemático se não bem embasada. Do contrário, pode auxiliar a construir novos paradigmas e ampliar novos horizontes. Vale ressaltar que, ao manifestar esta, é primordial que não fira nenhum dos preceitos da declaração universal direitos humanos, pois uma opinião pertinente não se utiliza de ferramentas agressivas para convencer o outro, e sim, é convidativa para uma nova perspectiva, um novo olhar.<br />
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Então, cabe a nós (de forma geral) e principalmente acadêmicos/as compartilhar mais conhecimentos em outros meios, visando outros grupos, senão, para quem escrevemos? Qual o objetivo senão de tentar alcançar os mais diversos públicos? A opinião pode colaborar nem que seja de forma mínima para uma reflexão, e nisto, afirmar: uma leitura é completa quando alcança o outro, e esse outro consegue compreender e aprender com o que está sendo dito. <br />
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Por <b><i>Giovana F. Leite</i></b>, psicológa<br />