Porandubas Políticas - II

16 de janeiro de 2020 às 08:28

Gaudêncio Torquato
Buc&eacute;falo<br /> <br /> Maetinga, no centro-sul da Bahia, a 609 quil&ocirc;metros de Salvador, tinha, em 2000, segundo o IBGE, 13.686 habitantes. J&aacute; o censo de 2010 apurou 7.038 moradores, redu&ccedil;&atilde;o de 48,58%. O caso abriu imensa pol&ecirc;mica entre os vereadores. Man&eacute; de Zacarias dissera que os pesquisadores do IBGE erraram na contagem.<br /> <br /> Chic&atilde;o gostava de pronunciar palavras dif&iacute;ceis para deixar o interlocutor em maus len&ccedil;&oacute;is. E pede um aparte.<br /> <br /> Chic&atilde;o pede a palavra:<br /> <br /> <div style="margin-left: 40px;">- Vossa excel&ecirc;ncia me d&aacute; um aparte?<br /> <br /> - Pois n&atilde;o, mas seja rapidinho. N&atilde;o venha enrolar.</div> <br /> Chic&atilde;o:<br /> <br /> <div style="margin-left: 40px;">- Ningu&eacute;m pode negar a sabedoria irreproch&aacute;vel do pesquisador do IBGE. Vossa Excel&ecirc;ncia &eacute; um buc&eacute;falo.</div> <br /> Pego de surpresa, Man&eacute; retrucou:<br /> <br /> <div style="margin-left: 40px;">&ndash; Queria saber de Vossa Excel&ecirc;ncia que diabo significa isso? Se o termo for adulativo, muito obrigado a Vossa Excel&ecirc;ncia, meus cumprimentos &agrave; sua m&atilde;e e aos irm&atilde;os; agora, se for atacativo, v&aacute; para a p.... seu fdp......</div> <div><br /> O barulho tomou conta do plen&aacute;rio. Interrompendo a sess&atilde;o, o presidente mandou buscar um dicion&aacute;rio.</div> <br /> L&aacute; estava: &quot;Buc&eacute;falo - indiv&iacute;duo ignorante, rude, pouco inteligente, malcriado, agressivo, est&uacute;pido&quot;.<br /> <br /> Era atacativo.<br /> <br /> Os dois se atracaram no plen&aacute;rio. Quase saiu tiro. A palavra buc&eacute;falo foi eliminada do dicion&aacute;rio de Maetinga.<br /> <br /> <b>O ano eleitoral</b><br /> <br /> Comecemos com a observa&ccedil;&atilde;o de que o pa&iacute;s caminhar&aacute; este ano na trilha eleitoral, com desfecho no pleito que ter&aacute; o 1&ordm; turno em 4 de outubro e o 2&ordm; turno em 25 de outubro. Ser&aacute;, portanto, um ano de intensa sensibilidade. Significa que:<br /> <br /> <div style="margin-left: 40px;"><b>- a esfera pol&iacute;tica</b> ser&aacute; instada a votar no Congresso de maneira alinhada com as demandas do povo;<br /> <br /> <b>- o presidente ter&aacute; mais cuidado</b> em sua perora&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria, na porta do Pal&aacute;cio da Alvorada, evitando express&otilde;es que possam desagradar n&uacute;cleos eleitorais;<br /> <br /> <b>- reformas de alta complexidade</b>, como a reforma administrativa, que, no fundo, ser&aacute; a reforma do Estado brasileiro, n&atilde;o passar&atilde;o facilmente pelo crivo parlamentar. A reforma tribut&aacute;ria, de alto impacto, estar&aacute; tamb&eacute;m na linha de fogo;<br /> <br /> <b>- as elei&ccedil;&otilde;es municipais</b>, ante o clima de polariza&ccedil;&atilde;o que impregna o pa&iacute;s, tender&atilde;o a ser federalizadas, ou seja, o tom nacional baixar&aacute; sobre os territ&oacute;rios municipais.</div> <br /> <b>A reforma administrativa</b><br /> <br /> Querem ver qu&atilde;o complexa ser&aacute; a reforma administrativa? Vejamos. H&aacute;, na &oacute;rbita da administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, cerca de 11,4 milh&otilde;es de pessoas com v&iacute;nculo formal. Desse contingente, 57,3% est&atilde;o nas prefeituras, 32,3% na administra&ccedil;&atilde;o dos Estados e 10,4% na &aacute;rea federal. Urge implantar crit&eacute;rios que redundem em maior igualdade entre fun&ccedil;&otilde;es e sal&aacute;rios. A disparidade &eacute; enorme. Urge concentrar setores, com processos racionais, evitando dispers&atilde;o e improdutividade.<br /> <br /> <b>Estado pesado</b><br /> <br /> Veja-se, por exemplo, o tamanho da m&aacute;quina. S&oacute; na &aacute;rea da Sa&uacute;de h&aacute; 1.358 organismos com poderes na execu&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica setorial. S&oacute; no sistema de Transportes, 1.024 inst&acirc;ncias; no territ&oacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o, 1.036 inst&acirc;ncias, enquanto na Seguran&ccedil;a P&uacute;blica esse n&uacute;mero vai para 2.375 segmentos operacionais. Voc&ecirc;s, leitores, j&aacute; pensaram nas press&otilde;es de servidores das tr&ecirc;s esferas administrativas para evitar o dedo racional em seus dom&iacute;nios? Um servidor p&uacute;blico ganha, em m&eacute;dia, 36% a mais do que um assalariado do setor privado. Os parlamentares aguentar&atilde;o o rolo compressor dos servidores p&uacute;blicos? S&oacute; vendo para crer. Mas o ministro Paulo Guedes &eacute; muito otimista. Prometeu que em fevereiro mandar&aacute; ao Congresso as propostas de reforma administrativa e reforma partid&aacute;ria.<br /> <br /> <b>2&ordm; ano de Bolsonaro</b><br /> <br /> O presidente Jair Bolsonaro d&aacute; constantes sinais de que tentar&aacute; a reelei&ccedil;&atilde;o em 2022. Pois bem, o pleito municipal, com a escolha de 5.570 prefeitos e cerca de 57 mil vereadores, &eacute; a base do edif&iacute;cio pol&iacute;tico. O jogo do domin&oacute;, portanto, come&ccedil;a com o time de vereadores, que custam ao Estado cerca de R$ 10 bilh&otilde;es anuais. O vereador empurra o prefeito, que empurra os deputados estaduais, federais e senadores, que empurram o governador e cada um destes tamb&eacute;m d&aacute; seu empurr&atilde;o para a elei&ccedil;&atilde;o do presidente da Rep&uacute;blica e seu vice. Assim, o capit&atilde;o ter&aacute; de se esfor&ccedil;ar muito para puxar o apoio de governadores, senadores, deputados e prefeitos. Quanto maior sua fonte, mais &aacute;gua eleitoral entrar&aacute; nas urnas.<br /> <br /> <b>A quest&atilde;o</b><br /> <br /> O maior empreendimento e legado que Bolsonaro deixaria ao pa&iacute;s seria uma reforma administrativa. Mas o vereador, o prefeito, os deputados, os senadores e os governadores, mesmo sob o convencimento de que essa reforma se faz absolutamente necess&aacute;ria, certamente estar&atilde;o com os ouvidos acesos para a press&atilde;o dos servidores. Que at&eacute; poder&aacute; ganhar um contraponto com o clamor social a favor das reformas. A quest&atilde;o &eacute; que em ano eleitoral &eacute; muito dif&iacute;cil contornar as press&otilde;es contr&aacute;rias.<br /> <br /> <b>Mais dificuldades</b><br /> <br /> Outras dificuldades dever&atilde;o surgir: o partido que o presidente quer criar para chamar de seu, o Alian&ccedil;a pelo Brasil, ser&aacute; criado at&eacute; maio? Muito dif&iacute;cil. A economia crescer&aacute; em ritmo mais acelerado de forma a chegar em outubro em &oacute;timas condi&ccedil;&otilde;es e, deste modo, produzir aplausos para o presidente? Os parlamentares estar&atilde;o satisfeitos com o atendimento de suas demandas e, nesse caso, dispostos a sacramentar a agenda do Executivo?<br /> <br /> <b>O ano do executivo</b><br /> <br /> 2020 ser&aacute; um ano decisivo para o governo. At&eacute; este momento, a impress&atilde;o que se tem &eacute; que o governo tateia na escurid&atilde;o. Est&aacute; &agrave; procura de um rumo. Navega com o piloto autom&aacute;tico. Mas &eacute; oportuno esclarecer que um sentimento de moralidade permeia a administra&ccedil;&atilde;o federal. E que a equipe econ&ocirc;mica, muito bem avaliada pelo mercado, trabalha para colocar a locomotiva nos eixos. Se o Executivo, por meio de alguns perfis, incluindo o do pr&oacute;prio presidente, tivesse evitado metade da pol&ecirc;mica criada por express&otilde;es e estocadas dadas em advers&aacute;rios e antipatizantes, a polariza&ccedil;&atilde;o seria menor. Sob um clima de harmonia, o pa&iacute;s estaria melhor posicionado para avan&ccedil;ar.<br /> <br /> <b>O ano do legislativo</b><br /> <br /> Na esfera do Legislativo, 2020, como j&aacute; sinalizamos nas notas anteriores, dever&aacute; ser um ano de cobran&ccedil;as. As demandas parlamentares n&atilde;o foram plenamente atendidas ou n&atilde;o foram implementadas no devido tempo. E essa situa&ccedil;&atilde;o deixa o Parlamento mais recuado, desconfiado, atento ao jogo de cena. A pauta do Executivo junto ao Legislativo fica ainda na depend&ecirc;ncia dos pr&oacute;ximos presidentes das casas congressuais. Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre at&eacute; poderiam encarar mais um pleito se houver mudan&ccedil;as no regimento da C&acirc;mara e do Senado. Rodrigo faz obje&ccedil;&otilde;es, mas a decis&atilde;o fica sob o clima &ndash; positivo ou negativo -, dentro de pouco mais de duas semanas.<br /> <br /> <b>O ano do Judici&aacute;rio</b><br /> <br /> 2020 ser&aacute; um ano de mudan&ccedil;as no Judici&aacute;rio. Na Suprema Corte, o ministro Luiz Fux entrar&aacute; no lugar de Dias Toffoli e, em novembro, o ministro Celso de Mello se aposentar&aacute;. Toffoli est&aacute; bem desgastado com cr&iacute;ticas que ainda o vinculam ao seu passado na advocacia. Tem sido alvo de bombardeio, ele e o ministro Gilmar Mendes, nas redes sociais. Fux, por sua vez, tem dado no STF um voto contr&aacute;rio ao voto de Toffoli. Nos termos da entrevista dada pelo ministro Gilmar Mendes ao Poder 360, comandado pelo jornalista Fernando Rodrigues, neste ano o STF se dedicar&aacute; a temas ligados &agrave; economia, direito tribut&aacute;rio e direito processual penal. No ar, expande-se a pol&ecirc;mica sobre a constitucionalidade do juiz de garantias, a par da cr&iacute;tica de que n&atilde;o h&aacute; recursos para bancar essa figura. Mesmo em S&atilde;o Paulo, tomado como exemplo de sucesso, a situa&ccedil;&atilde;o do juiz de garantias, por falta de or&ccedil;amento, &eacute; prec&aacute;ria.<br /> <br /> <b>A frente partid&aacute;ria</b><br /> <br /> No arquip&eacute;lago partid&aacute;rio, a contenda se voltar&aacute; este ano para o pleito municipal, sob a hip&oacute;tese de que cada ente se esfor&ccedil;ar&aacute; para fazer uma grande bancada de prefeitos e vereadores. A solidez de um partido come&ccedil;a com as estacas fincadas no territ&oacute;rio municipal. Fazer apenas uma forte bancada federal nem sempre gera resultados no m&eacute;dio e longo prazo. Veja-se a bancada de 54 parlamentares eleitos pelo PSL, ex-partido de Bolsonaro. Hoje, o PSL est&aacute; rachado. O PT quer aumentar a sua cota de prefeitos. E, para tanto, tentar&aacute; se aproximar dos evang&eacute;licos. O MDB, por muitos anos, tem a maior bancada de prefeitos e vereadores, lutar&aacute; para continuar forte nas bases. Ter&aacute; dificuldades. O DEM tamb&eacute;m objetiva crescer na base municipal.<br /> <br /> <b>Uni&atilde;o de partidos</b><br /> <br /> O pleito deste ano poder&aacute; abrir campo para uma fus&atilde;o de partidos. O clima de polariza&ccedil;&atilde;o, que puxar&aacute; as correntes bolsonaristas e oposicionistas (PT, PSOL, PDT, PC do B), ser&aacute; fator de alavancagem entre siglas que estar&atilde;o nessas duas bandas. Mas &eacute; poss&iacute;vel que outras tentem se agregar, ap&oacute;s os resultados do pleito, visando, sobretudo, um bom desempenho em 2022. O DEM, por exemplo, &eacute; a noiva com quem o PSDB gostaria de casar. Para onde ir&atilde;o siglas como PP, PRB, Solidariedade, Cidadania, Podemos e outras? Todas essas perguntas permanecer&atilde;o no ar at&eacute; se saber quem ser&atilde;o os protagonistas presidenciais de 2022.<br /> <br /> <b>Tem&aacute;ticas de 2020</b><br /> <br /> Quais s&atilde;o os eixos do discurso neste ano eleitoral?<br /> <br /> <b>Alinhemos alguns:</b><br /> <br /> <div style="margin-left: 40px;"><b>- Demandas da micropol&iacute;tica municipal</b> (sa&uacute;de, educa&ccedil;&atilde;o, transportes/infraestrutura urbana, alimenta&ccedil;&atilde;o, habita&ccedil;&atilde;o, bolsas/subs&iacute;dios, etc). Cuidado com a mesmice, a de recitar solu&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ricas para as demandas da popula&ccedil;&atilde;o. Urge trabalhar com pontos concretos.<br /> <br /> <b>- Grandes cidades e metr&oacute;poles</b> - A par das demandas da micropol&iacute;tica, meio ambiente, limpeza urbana/lixo, seguran&ccedil;a, emprego, lazer, cultura, esportes.</div> <br /> <b>Fatores de credibilidade</b><br /> <br /> A an&aacute;lise sobre as raz&otilde;es que jogam pol&iacute;ticos no po&ccedil;o da descren&ccedil;a &eacute; a chave para reencontrar o tempo perdido. As situa&ccedil;&otilde;es descritas podem aumentar a credibilidade dos pol&iacute;ticos:<br /> <br /> <div style="margin-left: 40px;"><b>Promessas </b>- N&atilde;o se deve prometer o que n&atilde;o se poder&aacute; cumprir.<br /> <br /> <b>Identidade</b> - Um pol&iacute;tico deve ter identidade, personalidade, eixo. Uma coluna vertebral torta gera desconfian&ccedil;a. Coluna vertebral reta incorpora as costelas da lealdade, da coer&ecirc;ncia, da sinceridade, da honestidade pessoal e do senso do dever.<br /> <br /> <b>Representa&ccedil;&atilde;o</b> - Representar o povo significa escolher as melhores alternativas para seu bem-estar. Pol&iacute;tico s&eacute;rio se preocupa com rumos permanentes.<br /> <br /> <b>Organiza&ccedil;&atilde;o e controle</b> - O cidad&atilde;o quer ver para onde v&atilde;o os recursos dos or&ccedil;amentos.<br /> <br /> <b>Autoridad</b>e - As pessoas querem ordem, disciplina, o atendimento a seus direitos fundamentais. Essa demanda converge para o perfil da autoridade, presente na figura do pai protetor da fam&iacute;lia.<br /> <br /> <b>Experi&ecirc;ncia</b> - Para se contrapor ao improviso, ao imprevis&iacute;vel e ao inusitado, exige-se experi&ecirc;ncia, estilo bem sucedido.<br /> <br /> <b>Inova&ccedil;&atilde;o</b> - H&aacute; grande espa&ccedil;o para novatos, principalmente perfis com posturas n&atilde;o comprometidas com a velha pol&iacute;tica. Perfis novos, com discursos claros e objetivos.<br /> <br /> <b>Equil&iacute;brio</b> - Pessoas destemperadas, que amea&ccedil;am virar a mesa, amedrontam.<br /> <br /> <b>Despojamento</b> - Valor desse ciclo de grandes car&ecirc;ncias.<br /> <br /> <b>Objetividade, clareza</b> - Nada de embroma&ccedil;&atilde;o, enrola&ccedil;&atilde;o, promessas mirabolantes.<br /> Jovialidade - O eleitorado quer ser atra&iacute;do pela jovialidade, disposi&ccedil;&atilde;o para enfrentar os desafios.<br /> <br /> <b>Coragem</b> - Os desafios est&atilde;o a exigir posturas corajosas, fortes, determinadas, capazes de vencer as intemp&eacute;ries.<br /> <br /> <b>Brilho</b> - O carisma &eacute; um dom escasso. Mas quem tem brilho carism&aacute;tico aumentar&aacute; o cacife.<br /> <br /> <b>Sapi&ecirc;ncia</b> - Sapi&ecirc;ncia n&atilde;o significa vivacidade. Sabedoria &eacute; mistura de aprendizagem, compromisso, equil&iacute;brio, administra&ccedil;&atilde;o de conflitos, busca de conhecimentos, capacidade de conviv&ecirc;ncia e decis&atilde;o racional.<br /> <br /> <b>Junto ao povo</b> - Estar junto ao povo para apurar suas demandas mais urgentes. O povo sabe quem est&aacute; ao seu lado.<br /> <br /> <b>Discurso</b> - O discurso que vinga &eacute; um conjunto de propostas concretas, vi&aacute;veis, simples e de metas temporais.<br /> <br /> <b>Simplicidade e mod&eacute;stia</b> - Um homem p&uacute;blico n&atilde;o precisa se vestir com a roupagem divina. Simplicidade &eacute; o ato de pensar, dizer e agir com naturalidade. Sem artimanhas e maquiagens. O marketing da atualidade se inspira na verdade.</div> <br /> Por <i><b>Gaud&ecirc;ncio Torquato</b></i><br /> &nbsp;<br /> <b><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/livros_porandubas-politicas.jpg" alt="" width="60" hspace="3" height="80" align="left" /></b><br /> Livro <i><b>Porandubas Pol&iacute;ticas</b></i><br /> <br /> A partir das colunas recheadas de humor para uma obra consagrada com a experi&ecirc;ncia do jornalista Gaud&ecirc;ncio Torquato.<br /> <br /> Em forma editorial, o livro &quot;<i><b>Porandubas Pol&iacute;ticas</b></i>&quot; apresenta saborosas narrativas folcl&oacute;ricas do mundo pol&iacute;tico acrescidas de valiosas dicas de marketing eleitoral.<br /> <br /> Cada exemplar da obra custa apenas R$ 60,00. Adquira o seu, <a href="http://livrariamigalhas.com.br/porandubas-politicas-gaudencio-torquato.html" target="_blank"><span style="color: rgb(0, 0, 255);"><u><i>clique aqui</i></u></span></a>.<br />