Justiça Federal julga improcedente ACP contra Exame de Ordem

29 de janeiro de 2020 às 11:01

Vasco Vasconcelos
Com asco tomei conhecimento dia 27.01.2020, atrav&eacute;s do Blog Exame de Ordem que a Justi&ccedil;a Federal julgou improcedente a ACP do Minist&eacute;rio P&uacute;blio Fedral &ndash; MP contra a 2&ordf; fase do XXX Exame de Ordem.<br /> <br /> Ent&atilde;o o bacharel em direito &eacute; lesado na corre&ccedil;&atilde;o das provas da OAB/FGV, bate na porta do judici&aacute;rio e recebe um tapa na cara? A quem recorrer desse sistema injusto que est&aacute; tudo dominado?&nbsp; &nbsp;<br /> <br /> Se o cidad&atilde;o for lesado, o caminho correto &eacute; bater na porta da Justi&ccedil;a ou do Vaticano?<br /> <br /> A prop&oacute;sito incumbiria a parte lesada&nbsp; apenas, expor os fatos, e ao juiz, declarar o Direito, em respeito &agrave; tradi&ccedil;&atilde;o Romana a consagrada nos famosos brocardos jur&iacute;dicos: &ldquo;da mihi factum, dabo tibi ius&rdquo; (me d&aacute; os fatos, e eu te darei o direito), e no iura novit curia (o Tribunal conhece o direito). <br /> <br /> Assim o Judici&aacute;rio presta um desservi&ccedil;o ao pa&iacute;s ao negar um pleito do concursado&nbsp; lesado vergonhosamente pelas Bancas Examinadoras.<br /> <br /> Explicita o artigo 140 do C&oacute;digo de Processo Civil que o juiz n&atilde;o pode se eximir de julgar o conflito, ainda que n&atilde;o exista lei expressa prevendo aquela hip&oacute;tese verificada nos autos, alegando lacuna ou obscuridade do ordenamento jur&iacute;dico. <br /> <br /> Para tanto dever&aacute; valer-se da jurisprud&ecirc;ncia, da doutrina estrangeira, dos usos e costumes, mas n&atilde;o lhe &eacute; dado deixar de arbitrar o conflito. Dentre tais bancas est&aacute; a respons&aacute;vel pelo&nbsp; jabuti de ouro, o famigerado ca&ccedil;a-n&iacute;queis&nbsp; exame da&nbsp; OAB<br /> <br /> &ldquo;De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injusti&ccedil;a, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas m&atilde;os dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.&rdquo; Rui Barbosa.<br /> <br /> At&eacute; quando vai durar o trabalho an&aacute;logo a de escravos, a escravid&atilde;o moderna da OAB? <br /> <br /> OAB n&atilde;o tem interesse em melhorar o ensino jur&iacute;dico. S&oacute; tem olhos para os bolsos dos seus cativos. Taxa concurso para advogado da OAB/DF apenas R$ 75, taxa do pernicioso jabuti de ouro, o ca&ccedil;a-n&iacute;queis exame da OAB, pasme R$ 260, (um assalto ao bolso).<br /> <br /> Estima-se que nos &uacute;ltimos vinte e quatro anos, OAB abocanhou extorquindo com altas taxas de inscri&ccedil;&otilde;es e reprova&ccedil;&otilde;es em massa cerca de mais de R$ 1.0 BILH&Atilde;O DE REAIS. <br /> Todo mundo sabe como funciona o enlameado Congresso Nacional. Assim fica dif&iacute;cil extirpar esse c&acirc;ncer a m&aacute;quina de triturar sonhos e diplomas. <br /> <br /> Relativamente ao trabalho an&aacute;logo &agrave; condi&ccedil;&atilde;o de escravo. O Egr&eacute;gio STF ao julgar o INQU&Eacute;RITO 3.412 AL, dispondo sobre REDU&Ccedil;&Atilde;O A CONDI&Ccedil;&Atilde;O AN&Aacute;LOGA A DE ESCRAVO. ESCRAVID&Atilde;O MODERNA, explicitou com muita sapi&ecirc;ncia (&hellip;) &ldquo;Para configura&ccedil;&atilde;o do crime do art. 149 do C&oacute;digo Penal, n&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio que se prove a coa&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica da liberdade de ir e vir ou mesmo o cerceamento da liberdade de locomo&ccedil;&atilde;o, bastando a submiss&atilde;o da v&iacute;tima &ldquo;a trabalhos for&ccedil;ados ou a jornada exaustiva&rdquo; ou &ldquo;a condi&ccedil;&otilde;es degradantes de trabalho&rdquo;, (...) A &ldquo;escravid&atilde;o moderna&rdquo; &eacute; mais sutil do que a do s&eacute;culo XIX e o cerceamento da liberdade pode decorrer de diversos constrangimentos econ&ocirc;micos e n&atilde;o necessariamente f&iacute;sicos. Priva-se algu&eacute;m de sua liberdade e de sua dignidade tratando-o como coisa e n&atilde;o como pessoa humana, o que pode ser feito n&atilde;o s&oacute; mediante coa&ccedil;&atilde;o, mas tamb&eacute;m pela viola&ccedil;&atilde;o intensa e persistente de seus direitos b&aacute;sicos, inclusive do direito ao trabalho digno. A viola&ccedil;&atilde;o do direito ao trabalho digno impacta a capacidade da v&iacute;tima de realizar escolhas segundo a sua livre determina&ccedil;&atilde;o. Isso tamb&eacute;m significa &ldquo;reduzir algu&eacute;m a condi&ccedil;&atilde;o an&aacute;loga &agrave; de escravo&quot; <br /> <br /> Depois que OAB/FGV foram flagradas copiando vergonhosamente quest&otilde;es de outra banca examinadora para ferrar ainda mais seus cativos e encher os cofres da OAB, n&atilde;o h&aacute; mais raz&atilde;o que justifique essa excresc&ecirc;ncia?&nbsp; &nbsp;<br /> &nbsp;<br /> &nbsp;OAB e FGV al&eacute;m de usurparem vergonhosamente papel do Estado (MEC) ainda se negam a corrigir com seriedade as provas da segunda fase do X ca&ccedil;a-n&iacute;queis Exame da OAB. Uma excresc&ecirc;ncia t&atilde;o grande que de acordo com o Blog Boc&atilde;o News, levou o ex-presidente da OAB/BA, nobre advogado Dr. Saul Quadros Filho em seu Facebook, a fazer duras cr&iacute;ticas &agrave; empresa que organiza atualmente o exame da OAB. De acordo com Saul Quadros Filho, a FGV comete tantos erros na confec&ccedil;&atilde;o da prova que &eacute; preciso urgentemente cobrar da institui&ccedil;&atilde;o o m&iacute;nimo de compet&ecirc;ncia. (&hellip;) Portanto, o dever do Conselho Federal &eacute; cuidar da qualidade das provas ou ent&atilde;o aposentar o exame. (&hellip;) No atual momento o Conselho Federal tem que ser solid&aacute;rio e n&atilde;o o algoz dos que &ldquo;foram reprovados&rdquo; pela FGV quando, na verdade, se tem algu&eacute;m que merece ser reprovada &eacute;, induvidosamente, a pr&oacute;pria Funda&ccedil;&atilde;o Get&uacute;lio Vargas, endureceu Quadros.<br /> <br /> Isso &eacute; Brasil: Depois do desabafo do ex-Presidente do TJDFT, Desembargador, L&eacute;cio Resende que afirmou num entrevista ao Correio Braziliense: &quot;EXAME DA OAB &Eacute; UMA EXIG&Ecirc;NCIA DESCABIDA. RESTRINGE O DIREITO DO LIVRE EXERC&Iacute;CIO CUJO T&Iacute;TULO UNIVERSIT&Aacute;RIO HABILITA&quot;. <br /> <br /> Dias depois, pasme, OAB, para calar as nossas autoridades, usurpando papel da Uni&atilde;o, editou Provimentos isentando do famigerado ca&ccedil;a-n&iacute;queis, exame da OAB, os bachar&eacute;is em direito, oriundo da Magistratura, do Minist&eacute;rio P&uacute;blico e os bachar&eacute;is em direito oriundos de Portugal. E com essas tenebrosas transa&ccedil;&otilde;es, aberra&ccedil;&otilde;es e discrimina&ccedil;&otilde;es, essa EXCRESC&Ecirc;NCIA o ca&ccedil;a-n&iacute;quei$ da OAB &eacute; Constitucional? <br /> <br /> A Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos repudia qualquer tipo de discrimina&ccedil;&atilde;o por ferir de morte os direitos humanos. <br /> <br /> N&atilde;o &eacute; da al&ccedil;ada da OAB e de nenhum sindicato avaliar ningu&eacute;m, muito menos legislar sobre exerc&iacute;cio profissional.<br /> <br /> N&atilde;o cabe Provimento da OAB, versar sobre crit&eacute;rios e condi&ccedil;&otilde;es para exerc&iacute;cio de profiss&otilde;es, sob pena de viola&ccedil;&atilde;o do art. 22, XVI, da Constitui&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica. De acordo com este, compete &agrave; Uni&atilde;o legislar acerca de condi&ccedil;&otilde;es para o exerc&iacute;cio de profiss&otilde;es.<br /> <br /> Por invas&atilde;o de compet&ecirc;ncia privativa da Uni&atilde;o. Mas h&aacute; vinte e quatro anos OAB vem se aproveitando dos governos omissos, covardes e corruptos para impor sua m&aacute;quina de triturar sonhos e diplomas, gerando fome, desemprego, depress&atilde;o, s&iacute;ndrome do p&acirc;nico, s&iacute;ndrome de Estocolmo, doen&ccedil;as psicossociais e outras comorbidades diagn&oacute;sticas. Uma chaga social que envergonha o pa&iacute;s dos desempregados. Destarte urge o Presidente da Rep&uacute;blica Jair Bolsonaro impor limites aos mercen&aacute;rios. Sugeri dia 02.01.09 a edi&ccedil;&atilde;o de uma MP abolindo o trabalho an&aacute;logo a de escravos, o fim do ca&ccedil;a-n&iacute;quei$ OAB, bastaria editar uma Medida provis&oacute;ria dispondo sobre DIPLOMA DE ADVOGADO vedada a express&atilde;o bacharel em direito, tudo isso em respeito ao Princ&iacute;pio Constitucional da Igualdade, notadamente a Lei n&ordm; 13.270/16 que deteminou as universidades e as IES emitirem DIPLOMA DE M&Eacute;DICO, vedada a express&atilde;o bacharel em medicina . <br /> <br /> &Eacute; vergonhosa as posturas subservientes dos Ministros da Educa&ccedil;&atilde;o, Trabalho, do pr&oacute;prio Presidente da Rep&uacute;blica, da Justi&ccedil;a Federal e tamb&eacute;m do omisso Congresso Nacional, perante a OAB. Qual o segredo disso&nbsp; OAB sair vitoriosa&nbsp; em tudo? <br /> <br /> Isso &eacute; Brasil. Pa&iacute;s dos desempregados. S&atilde;o cerca de quase 14 milh&otilde;es de desempregados entre eles cerca de 400 mil cativos ou escravos contempor&acirc;neos da OAB, devidamente qualificados pelo omisso MEC, jogados ao banimento sem direito ao primado do trabalho. Os mercen&aacute;rios n&atilde;o sabem que a priva&ccedil;&atilde;o do emprego &eacute; um ataque frontal aos Direitos Humanos. Assistir os desassistidos e integrar na sociedade os exclu&iacute;dos. J&aacute; n&atilde;o escravos. Mas irm&atilde;os. Menos muros. Mais pontes. Papa Francisco.<br /> <br /> Criam-se dificuldades para colher facilidades. Nesses vinte e quatro anos de escravid&atilde;o contempor&acirc;nea, triturando sonhos, diplomas gerando desemprego de jovens e idosos, n&atilde;o melhorou a qualidade do ensino, at&eacute; porque n&atilde;o atacou as causas, penalizando o lado mais fraco, ao impor sua m&aacute;quina de arrecada&ccedil;&atilde;o, arquitetada estatisticamente n&atilde;o para medir conhecimentos e sim para reprova&ccedil;&atilde;o em massa. Quanto maior reprova&ccedil;&atilde;o maior ao faturamento da OAB e seus sat&eacute;lites.<br /> <br /> Onde est&aacute; responsabilidade social da OAB? Se para ser Ministro do Egr&eacute;gio Supremo Tribunal Federal &ndash; STF n&atilde;o precisa ser advogado? basta o cidad&atilde;o ter mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta cinco anos de idade, de not&aacute;vel saber jur&iacute;dico e reputa&ccedil;&atilde;o ilibada (art. 101 da constitui&ccedil;&atilde;o. Se para ocupar vagas nos Tribunais Superiores, OAB se utiliza de listas de apadrinhados? Via o chamado Quinto dos apadrinhados? Por qu&ecirc; para ser advogado o bacharel tem que passar por essa cruel humilha&ccedil;&atilde;o e terrorismo?<br /> <br /> A prop&oacute;sito os objetivos fundamentais da Rep&uacute;blica e os fundamentos do Estado Democr&aacute;tico de Direito apontam para o respeito &agrave; justi&ccedil;a social, o respeito ao direito ao trabalho, a dignidade da pessoa humana, a solidariedade social, o desenvolvimento, a erradica&ccedil;&atilde;o da pobreza e da marginaliza&ccedil;&atilde;o, a redu&ccedil;&atilde;o das desigualdades sociais e regionais e a promo&ccedil;&atilde;o do bem de todos, com a erradica&ccedil;&atilde;o da pobreza, conforme est&atilde;o insculpidos no artigo 3&ordm; da Carta Magna Brasileira.<br /> <br /> OAB mire-se no exemplo do CIEE, utiliza-se desse seu poder totalit&aacute;rio &agrave; pr&aacute;tica do bem ao inv&eacute;s de corroborar com a banalidade do mau. Enquanto o Centro de Integra&ccedil;&atilde;o Empresa Escola &ndash; CIEE com meio s&eacute;culo de atividade, se orgulha dos n&uacute;meros que coleciona, ou seja 13 milh&otilde;es de jovens encaminhados para o mercado de trabalho, dando-lhes cidadania, gerando emprego e renda, a retr&oacute;grada OAB, na contram&atilde;o da hist&oacute;ria, comemora o inverso, com seu exame ca&ccedil;a-n&iacute;queis, gerando fome, desemprego, causando incomensur&aacute;veis preju&iacute;zos ao pa&iacute;s com esse contingentes de milhares de bachar&eacute;is em direito (advogados), desempregados, e ainda acha que que est&aacute; contribuindo para o belo quadro social?<br /> <br /> Nos idos da minha inf&acirc;ncia na terra dos saudosos e inesquec&iacute;veis conterr&acirc;neos, Castro Alves e do colega jurista Rui Barbosa, somente filhos da elite poderia ser advogado. Por&eacute;m com o advento de os governos FHC, Lula e Dilma, aumentaram o n&uacute;mero dos cursos jur&iacute;dicos em nosso pa&iacute;s, girando em torno de 1200 faculdades de direito.<br /> <br /> Doravante descendentes de escravos, filhos de prostitutas, trabalhadores rurais, guardadores de carros, catadores de lixo, empregadas dom&eacute;sticas outras camadas mais pobres da popula&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m podem ser advogados. Mas os mercen&aacute;rios da OAB acham isso um absurdo, como pode o pa&iacute;s ter 1200 faculdades de direito? Ter mais bibliotecas jur&iacute;dicas do que penitenci&aacute;rias e cracol&acirc;ndias? E assim com medo da concorr&ecirc;ncia, uma maneira de impedir o acesso de descendentes de escravos, filhos de pessoas humildes nos quadros da OAB institu&iacute;ram pasme, o grande estorvo, o ca&ccedil;a-n&iacute;queis exame da OAB.<br /> <br /> Nobre procurador-geral da Rep&uacute;blica, est&aacute; insculpido em nossa Constitui&ccedil;&atilde;o Federal &ndash; CF art. 5&ordm;, inciso XIII, &ldquo;&Eacute; livre o exerc&iacute;cio de qualquer trabalho, of&iacute;cio ou profiss&atilde;o, atendidas as qualifica&ccedil;&otilde;es profissionais que a lei estabelecer. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases &ndash; LDB &ndash; Lei 9.394/96 art. 48 da LDB: os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, ter&atilde;o validade nacional como prova da forma&ccedil;&atilde;o recebida por seu titular. Isso vale para medicina engenharia, arquitetura, administra&ccedil;&atilde;o, (&hellip;), para demais profiss&otilde;es menos, pasme, para advocacia? Por qu&ecirc; um Provimento da OAB est&aacute; acima da Constitui&ccedil;&atilde;o e da LDB?<br /> <br /> A Constitui&ccedil;&atilde;o Federal prev&ecirc; expressamente a responsabilidade do Estado perante todos os cidad&atilde;os, garantindo-lhes direitos e deveres fundamentais, abrangendo tamb&eacute;m a popula&ccedil;&atilde;o que ingressa no sistema penitenci&aacute;rio. Se o preso tem o direito social ao trabalho (art. 6&ordm; da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal). Por fim se os advogados condenados nos maiores esc&acirc;ndalos de corrup&ccedil;&atilde;o de todos os tempos, o lava-jato e o petrol&atilde;o, (&hellip;) t&ecirc;m direito a reinser&ccedil;&atilde;o social, direito ao trabalho, porque os condenados ao desemprego pela leviat&atilde; OAB sem a ampla defesa e o devido processo legal, n&atilde;o t&ecirc;m direito ao primado do trabalho?<br /> <br /> Tenho meditado muito sobre o conceito de &ldquo;Banalidade do Mal&rdquo;, explicitado pela fil&oacute;sofa alem&atilde;, Hannah Arendt (1906-1975) no livro &ldquo;Eichmann em Jerusal&eacute;m. (&hellip;).&nbsp; De acordo com&nbsp; Arendt, o mal, quando atinge grupos sociais, &eacute; pol&iacute;tico e ocorre onde encontra espa&ccedil;o institucional. A banalidade do mal se instala no v&aacute;cuo do pensamento, trivializando a viol&ecirc;ncia&rdquo;.<br /> <br /> Estamos perdendo a capacidade de indignar-se diante das injusti&ccedil;as sociais que assolam o nosso pa&iacute;s dos desempregados. Creio que o Egr&eacute;gio Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal, institui&ccedil;&atilde;o permanente essencial &agrave; fun&ccedil;&atilde;o jurisdicional do Estado, o qual de acordo com o art. 127 da Constitui&ccedil;&atilde;o possui miss&atilde;o primordial de defender a ordem jur&iacute;dica, os direitos sociais e individuais indispon&iacute;veis, tendo a natural voca&ccedil;&atilde;o de defender todos os direitos que abrangem a no&ccedil;&atilde;o de cidadania, n&atilde;o pode se acovardar e/ou omitir e tem a obriga&ccedil;&atilde;o, sob o p&aacute;lio da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal entrar em cena para exigir o fim da &uacute;ltima ditadura, a escravid&atilde;o contempor&acirc;nea da&nbsp; OAB, ou seja o fim do famigerado pernicioso&nbsp; ca&ccedil;a-n&iacute;queis Exame da OAB, uma chaga social que envergonha o pa&iacute;s.<br /> <br /> Destarte o fim desse c&acirc;ncer (o ca&ccedil;a-n&iacute;queis exame da OAB), significa: mais emprego, (no pa&iacute;s dos desempregados), mais renda, mais cidadania, mais contribui&ccedil;&otilde;es para Previd&ecirc;ncia Social e acima de tudo maior respeito &agrave; Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos, um dos documentos b&aacute;sicos das Na&ccedil;&otilde;es Unidas e foi assinado em 1948.<br /> <br /> Nela est&atilde;o enumerados os direitos que todos os seres humanos possuem. Est&aacute; previsto Artigo XXIII - 1 -Toda pessoa tem o direito ao trabalho, &agrave; livre escolha de emprego, &agrave;s justas e favor&aacute;veis condi&ccedil;&otilde;es de trabalho e &agrave; prote&ccedil;&atilde;o contra o desemprego. Os documentos que o Brasil &eacute; um dos signat&aacute;rios, imp&otilde;em a obriga&ccedil;&atilde;o de tomar medidas para garantir o exerc&iacute;cio do trabalho como meio de prover a pr&oacute;pria vida e a exist&ecirc;ncia.<br /> <br /> Respeitem senhores a Constitui&ccedil;&atilde;o Federal. A prop&oacute;sito, a Carta Magna Brasileira foi bastante clara ao determinar em seu art. 170 que a ordem econ&ocirc;mica est&aacute; fundada no trabalho humano e na livre iniciativa e tem por finalidade assegurar a todos uma exist&ecirc;ncia digna, conforme os ditames da justi&ccedil;a social, observando, entre outros, o princ&iacute;pio da busca pelo pleno emprego. Ao declinar sobre a Ordem Social, (art. 193) a Constitui&ccedil;&atilde;o estabeleceu que a ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a justi&ccedil;a sociais.<br /> <br /> Os mercen&aacute;rios da OAB precisam substituir o verbo arrecadar pelo verbo humanizar. Precisa respeitar a Conven&ccedil;&atilde;o n&ordm; 168 da Organiza&ccedil;&atilde;o Internacional do Trabalho &ndash; OIT, relativa &agrave; Promo&ccedil;&atilde;o do Emprego e &agrave; Prote&ccedil;&atilde;o contra o Desemprego, assinada em Genebra,em 1&ordm; de junho de 1988.<br /> <br /> Diante do exposto e da crise de desemprego que assola o pa&iacute;s, torna-se imperioso e urgente que o Presidente da Rep&uacute;blica, Jair Bolsonaro, em respeito aos Movimentos Sociais, em respeito ao primado trabalho e ao Princ&iacute;pio da Igualdade, insculpidos na Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, bem como na Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos, editar urgente uma Medida Provis&oacute;ria, visando extirpar esse c&acirc;ncer, abolir do nosso ordenamento jur&iacute;dico a &uacute;ltima ditadura, a escravid&atilde;o contempor&acirc;nea da OAB, o famigerado pernicioso ca&ccedil;a-n&iacute;queis exame da OAB, uma chaga social que envergonha o pa&iacute;s dos desempregados, revogando o inciso IV e &sect; 1&ordm; do art. 8&ordm; da Lei n&ordm; 8.906, de 04 de julho de 1994, que disp&otilde;e sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os Direitos Humanos agradecem.<br /> <br /> Ensina-nos Martin Luther King Jr. ativista pelos direitos civis nos Estados Unidos a pessoa mais jovem a ser reconhecida pela Funda&ccedil;&atilde;o Nobel. Ele conquistou o pr&ecirc;mio Nobel da Paz em 1964, aos 35 anos, pelo seu trabalho por combater a discrimina&ccedil;&atilde;o racial por meios n&atilde;o-violentos:<br /> <br /> &ldquo;H&aacute; um desejo interno por liberdade na alma de cada humano. Os homens percebem que a liberdade &eacute; fundamental e que roubar a liberdade de um homem &eacute; tirar-lhe a ess&ecirc;ncia da humanidade&rdquo;. &ldquo;Na nossa sociedade, privar um homem de emprego ou de meios de vida, equivale, psicologicamente, a assassin&aacute;-lo.<br /> <br /> Por fim &ldquo;De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injusti&ccedil;a, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas m&atilde;os dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.&rdquo; Rui Barbosa.<br /> <br /> <img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/artigos_vasco-vasconcelos_escritor-jurista(1).jpg" alt="" width="60" height="80" align="left" /><br /> <br /> <br /> Por <i><b>Vasco Vasconcelos</b></i>, escritor, jurista e abolicionista contempor&acirc;neo