A pandemia e a salvação nacional

06 de abril de 2020 às 11:28

Tenente Dirceu Cardoso Gon&
A pandemia do coronav&iacute;rus &eacute; mais um flagelo da humanidade. Faz-se presente em 186 pa&iacute;ses, onde j&aacute; contaminou 830 mil e matou mais de 41 mil pessoas. No Brasil, temos quase 6 mil contaminados, 202 mortos e muita incerteza de como o mal se comportar&aacute; nas pr&oacute;ximas semanas e meses. &Eacute; esse grande ponto de interroga&ccedil;&atilde;o que leva ao toque de recolher vigente h&aacute; dias e &agrave; possibilidade de que os danos e sofrimentos causados pelo recesso possam ser maiores do que os do pr&oacute;prio v&iacute;rus. Impatri&oacute;tico &eacute; o comportamento das autoridades que, em vez de se unirem em busca da melhor solu&ccedil;&atilde;o, partem para o confronto e, miseravelmente, para a prioriza&ccedil;&atilde;o de suas diferen&ccedil;as pol&iacute;ticas, ideol&oacute;gicas e at&eacute; dos interesses eleitoreiros. Divididas, as for&ccedil;as da sociedade detentoras do poder, tendem a ser menos eficientes no cumprimento de seus deveres e o mal a se avolumar, em preju&iacute;zo de toda a popula&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Presidente, governadores, prefeitos, ministros, secret&aacute;rios e todos os detentores de alguma parcela de poder, seja ele p&uacute;blico ou privado, t&ecirc;m de chegar a um acordo de salva&ccedil;&atilde;o nacional. Vencida a pandemia, que voltem &agrave;s respectivas posi&ccedil;&otilde;es. Mas, enquanto tivermos a incerteza de que&nbsp; n&oacute;s pr&oacute;prios ou nossos familiares e amigos poderemos em breve estar mortos pela Covid-19, temos &eacute; de buscar prioritariamente salvar a pr&oacute;pria vida pois, sem ela, nada mais existir&aacute;. Precisamos de algu&eacute;m com representatividade que seja capaz de construir o grande acordo e levar todos a remarem para um mesmo lado com a certeza de que, divididos, todos perder&atilde;o.<br /> <br /> &Eacute; preciso dizer ao povo, massa de manobra, que n&atilde;o &eacute; hora de fazer concentra&ccedil;&otilde;es ou manifesta&ccedil;&otilde;es, at&eacute; porque elas est&atilde;o proibidas em fun&ccedil;&atilde;o da possibilidade de contamina&ccedil;&atilde;o. E que os panela&ccedil;os, independente se contra ou a favor do presidente, tamb&eacute;m s&atilde;o extempor&acirc;neos nesse momento em que temos um inimigo comum, silencioso e letal a combater. Guardem suas energias para momentos mais apropriados em que o ambiente esteja mais salubre para se reunirem e manifestar seu descontentamento, satisfa&ccedil;&atilde;o ou qualquer outro sentimento de que estejam possu&iacute;dos. Agora n&atilde;o &eacute; hora!<br /> <br /> Panela&ccedil;o nessa hora &eacute; pura rebeldia sem causa, por mais causas e raz&otilde;es que seus praticantes possam invocar. Ele nada produzir&aacute;, mas servir&aacute; para no todo enfraquecer a Rep&uacute;blica e suas institui&ccedil;&otilde;es, e tornar mais dif&iacute;cil ainda a solu&ccedil;&atilde;o dos problemas. No momento, o melhor a fazer &eacute; torcer e se poss&iacute;vel trabalhar para que os governantes se entendam e acertem na estrat&eacute;gia e na medida do combate &agrave; tormenta, que tememos estar apenas no come&ccedil;o. Pensem nisso...<br /> <i><b><br /> </b></i><img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" width="60" hspace="3" height="81" align="left" alt="" /><br /> <br /> Por <i><b>Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</b></i> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo)&nbsp; - aspomilpm@terra.com.br&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; <br />