Abrandamento da quarentena exige cuidados

06 de junho de 2020 às 11:42

Tenente Dirceu Cardoso Gon&cce
Come&ccedil;ou, no dia 1&ordm;, segunda-feira, em grande n&uacute;mero de localidades, a flexibiliza&ccedil;&atilde;o da quarentena e suas medidas de isolamento social contra o coronav&iacute;rus. No entanto, h&aacute; no ar a grande controv&eacute;rsia entre os partid&aacute;rios da alta restri&ccedil;&atilde;o - que advertem sobre a possibilidade de aumentarem os casos e mortes pela Covid 19 - e os que defendem a volta &agrave; normalidade social e, por isso, minimizam a gravidade do momento. Ambos est&atilde;o errados.<br /> <br /> O correto &eacute; que a pandemia se faz presente e j&aacute; matou mais de 30 mil brasileiros. As autoridades de governo e seus auxiliares t&eacute;cnico-cient&iacute;ficos t&ecirc;m o dever de agir com toda responsabilidade para a defini&ccedil;&atilde;o do ponto de equil&iacute;brio entre os riscos da contamina&ccedil;&atilde;o e a mis&eacute;ria decorrente da suspens&atilde;o das atividades econ&ocirc;micas. N&atilde;o podem permitir uma nem outra vertente seja predominante. &Eacute; impatri&oacute;tico e at&eacute; desumano quando, em vez de a&ccedil;&otilde;es coordenadas, atribui-se peso pol&iacute;tico-eleitoral ao combate da pandemia. Por&eacute;m, enquanto os governantes n&atilde;o alcan&ccedil;am o consenso, n&oacute;s, cidad&atilde;os, temos de nos cuidar. J&aacute; que o v&iacute;rus circula por aqui, vamos fazer tudo para n&atilde;o absorv&ecirc;-lo. O uso de m&aacute;scara, o distanciamento entre as pessoas, a higiene das m&atilde;os e outros cuidados como n&atilde;o entrar em casa com a roupa e o cal&ccedil;ado usados na rua, s&atilde;o interesses individuais para evitar adoecer. Tamb&eacute;m &eacute; importante n&atilde;o participar de aglomera&ccedil;&otilde;es e evitar sair de casa e circular sem necessidade. Afinal, &eacute; a vida em risco.<br /> <br /> Os idosos e os portadores de doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas, definidas como comorbidades, que constituem a maior faixa dos mortos pela pandemia, requerem mais cuidados para evitar o desfecho tr&aacute;gico. Se n&atilde;o tiverem raz&otilde;es sociais ou humanit&aacute;rias, adotem todos os cuidados exclusivamente na defesa do bem maior, que &eacute; a sua vida e, tamb&eacute;m, a de terceiros.<br /> <br /> Ainda n&atilde;o sabemos por quanto tempo vamos continuar mascarados e privados de algumas coisas. Ainda n&atilde;o existe vacina aprovada para a Covid 19 e, em todos os pa&iacute;ses, os rem&eacute;dios usados no tratamento n&atilde;o s&atilde;o homologados, a exemplo da hidroxocloroquina, que tanta pol&ecirc;mica causa aqui no Brasil e nos Estados Unidos. Mesmo depois que a contamina&ccedil;&atilde;o atingir o pico e o n&uacute;mero de casos come&ccedil;ar a declinar, os cuidados ainda ser&atilde;o necess&aacute;rios e poder&atilde;o ser por per&iacute;odo prolongado, para evitar uma poss&iacute;vel segunda onda de contamina&ccedil;&atilde;o. Que a popula&ccedil;&atilde;o se cuide e os governos n&atilde;o se descuidem e, baixada a situa&ccedil;&atilde;o de emerg&ecirc;ncia, Uni&atilde;o, estados e munic&iacute;pios fa&ccedil;am os investimentos necess&aacute;rios em hospitais e servi&ccedil;os de Sa&uacute;de, para evitar que num pr&oacute;ximo evento dessa natureza, que fatalmente vir&aacute;, sejamos pegos novamente com d&eacute;ficit de recursos e muitos brasileiros venham a morrer por conta da imprevid&ecirc;ncia daqueles que elegeram...<br /> &nbsp;<br /> <img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" width="60" hspace="3" height="81" align="left" alt="" /><br /> <br /> Por <i><b>Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</b></i> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br