Os pequenos e médios negócios não podem morrer

07 de julho de 2020 às 11:56

Genaldo de Melo
Os resultados negativos da crise sanit&aacute;ria em fun&ccedil;&atilde;o da pandemia do novo coronav&iacute;rus (Covid-19) dever&atilde;o ser devastadores para a grande maioria dos pequenos e m&eacute;dios neg&oacute;cios da sociedade brasileira. Dialogando com a realidade concreta fica bem claro que estes sofrer&atilde;o muitos mais dissabores para o restabelecimento do que as grandes economias de escala.<br /> <br /> O tempo est&aacute; passando, e sabemos que a pandemia dever&aacute; acabar e algumas solu&ccedil;&otilde;es dever&atilde;o ser tomadas pelos empreendedores, e principalmente pelo Estado, que mesmo sendo governado por for&ccedil;as pol&iacute;ticas que defendem abertamente sua diminui&ccedil;&atilde;o no campo da economia, continua sob o jugo de ser o guardi&atilde;o dos interesses de toda a sociedade, e coordenador das regras que definem as a&ccedil;&otilde;es na economia.<br /> <br /> &Eacute; fato que s&atilde;o os pequenos e m&eacute;dios neg&oacute;cios desse pa&iacute;s que fazem a roda da economia nos grandes rinc&otilde;es funcionar, bem como geram os empregos assalariados da grande maioria da popula&ccedil;&atilde;o brasileira. Ent&atilde;o n&atilde;o tem nenhuma l&oacute;gica em defender que os recursos arrecadados pelo Estado da popula&ccedil;&atilde;o fiquem apenas em fun&ccedil;&atilde;o de uma pequena minoria que n&atilde;o sustenta no todo a sociedade brasileira.<br /> <br /> Assim como os grandes neg&oacute;cios que sempre fizeram uso dos instrumentos de financiamento estatal, depois da pandemia quem mais vai precisar do Estado s&atilde;o aqueles que mais est&atilde;o presentes na vida de cada brasileiro em cada canto que se imaginar no pa&iacute;s. Os agentes estatais que formulam as pol&iacute;ticas de desenvolvimento ter&atilde;o mais do que nunca a responsabilidade pelo soerguimento de toda a cadeia que roda a economia brasileira, e principalmente nesse momento, os pequenos e m&eacute;dios neg&oacute;cios.<br /> <br /> A premissa principal dessa tese &eacute; que se o Estado arrecadador e provedor dos interesses dos mais diversos grupos de interesses n&atilde;o assim o fizer n&atilde;o vai haver condi&ccedil;&otilde;es de funcionamento do pr&oacute;prio Estado, n&atilde;o vai haver empregos suficientes para todos aqueles que hoje est&atilde;o ficando sem empregos, n&atilde;o vai haver dinheiro suficiente em circula&ccedil;&atilde;o para inclusive manter o status das grandes economias de escala, j&aacute; que grande parcela da popula&ccedil;&atilde;o ter&aacute; dificuldades de ter acesso aos bens de consumo necess&aacute;rios. Quem pensar demais poder&aacute; morrer de idiotice!<br /> <br /> <img src="/uploads/image/artigos_genaldo-de-melo_analista-politico.jpg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br /> <br /> <br /> Por <i><b>Genaldo de Melo</b></i>