As incertezas causadas pela Covid 19

27 de agosto de 2020 às 17:13

Tenente Dirceu Cardoso Gon&cce
Parece que a pandemia da Covid 19 veio para n&atilde;o deixar pedra sobre pedra. Ao lado da boa not&iacute;cia vinda do Imperial College da Inglaterra, que aponta estarmos no primeiro momento de concreta baixa da infesta&ccedil;&atilde;o no Brasil, temos o alerta da pesquisa da universidade de Harvard, que aponta as crian&ccedil;as como portadoras de alta carga viral e maior disseminadoras do que os adultos. Esse estudo dos pesquisadores norte-americanos deve levar o prefeito de S&atilde;o Paulo, Bruno Covas (PSDB), a desistir da reabertura das escolas em outubro, conforme prev&ecirc; o Plano S&atilde;o Paulo, administrado pelo governo do Estado. A possibilidade de n&atilde;o retorno das aulas presenciais neste ano leva as escolas particulares ao colapso e as lideran&ccedil;as do setor prometem recorrer &agrave; Justi&ccedil;a para garantir o seu direito de trabalhar e, dessa forma, cumprir a finalidade para a qual s&atilde;o licenciadas.<br /> <br /> &Eacute; um momento dif&iacute;cil. Sabe-se que embora haja a alternativa das aulas &agrave; dist&acirc;ncia, muitas escolas &ndash; tanto particulares quanto p&uacute;blicas &ndash; n&atilde;o estavam preparadas para essa modernidade. Muitos dos alunos, especialmente os de fam&iacute;lias mais pobres, n&atilde;o t&ecirc;m acesso &agrave; internet para receber as aulas nos estabelecimentos cujos professores conseguiram produzi-las. Ainda somam-se ao quadro catastr&oacute;fico as quest&otilde;es sociais da crian&ccedil;a que hoje tem de ficar em casa e impede os pa&iacute;s de trabalhar, e daquelas que tinham na merenda escolar a sua principal refei&ccedil;&atilde;o do dia. &Eacute; importante que os respons&aacute;veis pelo controle da pandemia ofere&ccedil;am par&acirc;metros seguros para evitar que a volta dos alunos cause o reaquecimento da transmiss&atilde;o do v&iacute;rus. Quem reunir o alunado e provocar o aumento dos casos da doen&ccedil;a, mesmo que n&atilde;o venha a ser responsabilizado, certamente restar&aacute; com profunda crise de consci&ecirc;ncia.<br /> <br /> Vivemos um momento tenso. Todos t&ecirc;m de colaborar. N&atilde;o h&aacute; mais lugar para o radicalismo do &ldquo;fecha tudo&rdquo; e nem para o &ldquo;libera geral&rdquo;. As autoridade e principalmente os especialistas em Sa&uacute;de t&ecirc;m de agir com bom senso. Mesmo tendo de trabalhar e continuar com sua vida, a popula&ccedil;&atilde;o precisa cumprir regras. Se h&aacute; o aconselhamento&nbsp; para usar m&aacute;scara, evitar aglomera&ccedil;&otilde;es, manter dist&acirc;ncia segura e outras medidas profil&aacute;ticas, elas t&ecirc;m de ser respeitadas. At&eacute; porque, se os quadros de contamina&ccedil;&atilde;o&nbsp; voltarem a subir, ser&aacute; preciso endurecer as restri&ccedil;&otilde;es. &nbsp;<br /> <br /> A Covid 19 muito nos impactou. Abreviou a vida de mais de 100 mil brasileiros, muitos dos quais portadores de males que os levariam a &oacute;bito, mas n&atilde;o t&atilde;o rapidamente. Interrompeu neg&oacute;cios e desempregou milhares de pessoas. Serviu at&eacute; para alguns pol&iacute;ticos mostrarem o pior de suas faces negativas. Temos de adotar todos os cuidados para evitar que, numa nova onda, tudo se repita e o sofrimento continue ou seja ainda maior...<br /> &nbsp;<br /> <img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" width="60" hspace="3" height="81" align="left" alt="" /><br /> <br /> Por <b><i>Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</i></b> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br