Expressão verídica de Justiça e de Amor
10 de novembro de 2020 às 19:21
José de Paiva Netto
Muitos ainda confundem Amor com passividade ou impunidade, quando o seu significado é exatamente o contrário. Ora, é inconcebível haver sociedade justa sem que ela receba a sacrossanta iluminação do Mandamento Novo do Divino Legislador, <i><b>Jesus</b></i>. Por simples dedução ou pela mais pura lógica, aquela que não se nega a reconhecer a existência de uma Sabedoria acima de todo o conhecimento terrestre, notamos que o Cristo Ecumênico, Estadista por excelência, preocupou-se em revelar Sua Instrução Máxima <i><b>em forma de Lei</b></i>, para estabelecer ordem: “<i><b>Amai-vos como Eu vos amei </b></i>(Evangelho, consoante <i><b>João</b></i>, 13:34). <br />
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Somos, então, colocados diante do maior de todos os Seus preceitos, a base da Constituição Legal do Cosmos. <br />
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Ele igualmente outorgou regulamento à Lei: “<i><b>Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos</b></i> (Evangelho, segundo João, 13:35, conforme a Bíblia de Jerusalém). <br />
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Logo, devemos imediatamente relacionar a acepção de Justiça à de Amor. No entanto, falo-lhes daquela inspirada nos ditames superiores, que não podem ser tomados pelas barbaridades exercidas em nome do Pai Celestial e do Direito, no decorrer dos milênios. <br />
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<b>Fraternidade, Disciplina e Justiça </b><br />
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Escrevi, em Sociologia do Universo, que devemos ser piedosos; contudo, comprovado o delito, cumpra-se a lei (lei justa, é claro), visto ser a impunidade sepulcro para as nações. <br />
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O intrépido<i><b> Montesquieu</b></i> (1689-1755) é quem observa: “<i><b>Uma coisa não é justa porque é lei, mas deve ser lei porque é justa</b></i>”. <br />
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Contra a injustiça devemos incansavelmente lutar com as armas do Mandamento Maior de Jesus (João, 13:34 e 35), posto que, como no ensinamento de <b>Confúcio</b> (551-479 a.C.), consignado por seus seguidores: “<i><b>O objetivo do castigo é dar um fim ao próprio castigo</b></i>”. <br />
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O Amor nunca pode ser encarado como algo frágil. Do contrário, <i><b>Gandhi</b></i> (1869-1948) não concluiria que: “<i><b>Se um único homem atingir a plenitude do Amor, neutralizará o ódio de milhões</b></i>”. <br />
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Tenhamos, pois, sempre em mente que <i><b>a Fraternidade é a Lei. A Ética, a sua disciplina. A Justiça, a aplicação</b></i>. Ninguém mais infeliz do que o indigente da Fé e da Caridade. <br />
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<b>O direito de defesa </b><br />
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Num improviso que proferi na cidade do Rio de Janeiro/RJ, declarei que <b>a Justiça Divina é equanimemente a expressão verídica do Amor</b>, que, por isso mesmo, tantas vezes, educa com severidade, não com maldade. <br />
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Aqui um esclarecimento se faz imprescindível: não nos esqueçamos daquela lição iniciática que o Irmão Zarur pôs como Sétimo Mandamento dos Homens e Mulheres da Boa Vontade de Deus: <br />
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— Perdoar é transferir o julgamento à Lei de Deus. <i><b>Mas o Pai não proíbe que Seus filhos se defendam dos maus</b></i>. <br />
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O amadurecimento nos irá revelando essa Augusta Face do Pai Celeste, <i><b>a qualidade pedagógica de Seu Amor e de Sua Justiça aliados</b></i>. <br />
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Por <i><b>José de Paiva Netto</b></i> ― Jornalista, radialista e escritor. <br />
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com <br />
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