O bom uso do tempo
31 de dezembro de 2020 às 12:50
José de Paiva Netto
O ambiente fraterno e acolhedor que se estabelece no fim do ano, reunindo as famílias, os amigos, as comunidades, enfim, os corações, leva todos a projetar sempre um novo ano melhor. É preciso, porém, que mantenhamos a veemência inicial, trabalhando, incansavelmente, sem perder nenhum ensejo de atuação em prol do desenvolvimento espiritual, humano e social de nosso país, a partir de nós mesmos. Assim, o novo ano que se avizinha trará maiores oportunidades de sucesso. <br />
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Nos meus bate-papos com os jovens da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo e no livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós (2014), alerto-os para o fato de que o tempo vai passar de qualquer jeito. Por isso, façamos bom uso dele na vivência diária do Amor Solidário, que nos coloca sob o amparo de Deus Todo-Poderoso, fonte da verdadeira solução para os desafios particulares e coletivos, se houver decisivamente em nós a indispensável humildade para senti-Lo e compreendê-Lo, sem radicalismos. <br />
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Sempre haverá saída para os problemas, por piores que sejam, desde que o ser humano realmente respeite o ser humano. Ele não vai apenas pensar com o cérebro, usará também o coração. À vista disso, é imprescindível educarmos nossos sentimentos no Bem, pois, quando a criatura tem seu interior poluído, tudo à sua volta é contaminado. <br />
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<b>Mente, coração, generosidade </b><br />
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Falar em mente e coração dá-se pela necessidade de evidenciarmos um simbolismo essencial à clareza do que lhes apresento, de modo que estejam nitidamente expressas duas das condições mais importantes da Alma: pensar e sentir, ou, na ordem moral mais perfeita, sentir e pensar. Eu poderia expor que, sendo a mente o contato principal do Espírito com o corpo, nela estaria o centro do pensar e do sentir (amar). Contudo, procuro uma forma mais simples de me comunicar com vocês, porque aqui estão pessoas de mais idade e temos crianças também. <br />
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Ora, o grande objetivo da Autoridade do Poder de Jesus, na Política de Deus, é que todos se façam melhores. Sob a ótica da Legislação além da legislação — portanto, a que tem origem em Deus e em Suas Leis Eternas —, somos levados a indagar: se não houver igualmente esse sentido de Solidariedade, de Generosidade, de Altruísmo, de Confiança, de Disciplina e de Justiça, na efetiva transformação de um indivíduo, para que ele se torne ético, quem cumprirá as leis terrenas? <br />
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Em meu livro Reflexões e Pensamentos — Dialética da Boa Vontade (1987), registrei: <br />
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Quantas leis sejam feitas, tantas maneiras o ser humano encontrará de fraudá-las, enquanto não entender que temos solidários compromissos uns para com os outros, sem os quais não pode existir genuína vida em sociedade. Isso é exercer a cidadania, que começa no Espírito. É fortalecer as comunidades. Não há departamentos estanques no mundo, principalmente agora, na era da rapidez das comunicações e da constante ameaça nuclear, entre outras, talvez piores. <br />
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Não basta desenvolver o intelecto, como muitos pensam relativamente à Educação. Por isso, criei a Pedagogia do Afeto, para iluminar os corações dos pequeninos, porquanto uma civilização exige que haja um refinamento dos costumes. De que maneira realizá-lo, senão cultivando o que de bom existe no íntimo de cada criatura? É preciso desarmar os corações desde a infância, consoante explico em É Urgente Reeducar! (2000). Nele digo que a estabilidade do mundo começa no coração da criança. <br />
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Tal ponto de vista — o da necessidade de desarmar os corações humanos desde os pequeninos — não nos impede de prepará-los para sobreviver aos piores desafios da vida. <br />
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Torna-se mais que básico que nos empenhemos no estudo das Leis Divinas. Como?! Investigando as Sagradas Escrituras e purificando nosso interior com a Bondade e a Justiça de Deus. <br />
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Pensem nisso. Governar é educar o sentimento para o Bem. <br />
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Alziro Zarur (1914-1979), saudoso fundador da Legião da Boa Vontade, ressaltava que: “Governar é ensinar cada um a governar a si mesmo”. <br />
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Por <i><b>José de Paiva Netto</b></i> ― Jornalista, radialista e escritor. <br />
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