Vacina, pobreza, auxílios e políticos

11 de janeiro de 2021 às 11:35

Tenente Dirceu Cardoso Gon&
Ao mesmo tempo em que, nesta ter&ccedil;a-feira (12), o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de dever&aacute; definir com governadores a data de inicio e o calend&aacute;rio da vacina&ccedil;&atilde;o contra a Covid-19, a &aacute;rea econ&ocirc;mica do governo e o pr&oacute;prio presidente Jair Bolsonaro t&ecirc;m nas m&atilde;os as demandas para evitar que, com o fim do auxilio emergencial, 3,4 milh&otilde;es de brasileiros regridam &agrave; condi&ccedil;&atilde;o de extrema pobreza. Tamb&eacute;m est&atilde;o em pauta, no governo e no Congresso, projetos que prorrogam o auxilio em tr&ecirc;s ou seis meses ou ainda enquanto durar a calamidade p&uacute;blica, hoje prorrogada at&eacute; junho. Outras pautas se referem a um 14&ordm; sal&aacute;rio emergencial para aposentados e servidores p&uacute;blicos que tiveram o 13&ordm; antecipado no ano passado. O ministro Paulo Guedes j&aacute; prev&ecirc;, na continuidade da pandemia, a antecipa&ccedil;&atilde;o &ndash; talvez para fevereiro e mar&ccedil;o &ndash; do 13&ordm; de 2021 que, pelo calend&aacute;rio normal, ser&aacute; pago no segundo semestre.<br /> <br /> A tese defendida pela equipe econ&ocirc;mica, quando da antecipa&ccedil;&atilde;o do 13&ordm; de 2020 foi de que, al&eacute;m de prover uma folga aos benefici&aacute;rios, injetaria os recursos na Economia, num per&iacute;odo em que muitas atividades estavam paralisadas em raz&atilde;o das quarentenas e outras restri&ccedil;&otilde;es impostas em diferentes regi&otilde;es do pa&iacute;s pelos governadores empoderados para tanto atrav&eacute;s do Supremo Tribunal Federal. A antecipa&ccedil;&atilde;o ocorreu e os benefici&aacute;rios iniciaram o movimento por um 14&ordm; sal&aacute;rio emergencial, mediante a tese de que muitos, principalmente os aposentados, tiveram de socorrer filhos e netos que perderam emprego e renda, sobrando sem o tradicional abono de fim de ano. Tamb&eacute;m se argumenta que esse sal&aacute;rio s uplementar serviria igualmente para alavancar a Economia, como na antecipa&ccedil;&atilde;o executada no primeiro semestre e que poder&aacute; se repetir se o 13&ordm; de 2021 vier a ser antecipado.<br /> <br /> &Eacute; certo que vivemos o descompasso provocado pela pandemia e pela falta de entendimento entre as diferentes esferas de governo. O mal epid&ecirc;mico continua presente e exige medidas concretas tanto do poder p&uacute;blico quanto da popula&ccedil;&atilde;o. Mais uma vez torcemos para que, independente de suas diferen&ccedil;as e apetites pol&iacute;ticos e eleitorais, o presidente, ministros, governadores, prefeitos e outros operadores p&uacute;blicos n&atilde;o politizem a pandemia. Isso s&oacute; aumenta o problema e faz o povo sofrer. Quanto &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, que continue cuidando de si &ndash; usando m&aacute;scara, lavando as m&atilde;os com &aacute;lcool gel e sab&atilde;o, mantendo distanciamento e n&atilde;o se aglomerando &ndash; at&eacute; que a vacina fa&ccedil;a efeito e indique a poss ibilidade de flexibilizar h&aacute;bitos.<br /> <br /> &Eacute; fundamental que todos estejam conscientes de que o problema est&aacute; a&iacute;, t&atilde;o grave quanto antes. Hoje com a diferen&ccedil;a de se conhecer um pouco sobre o comportamento do v&iacute;rus e&nbsp; a exist&ecirc;ncia das vacinas. &Eacute; um momento especial, onde n&atilde;o se deve simplesmente repetir os procedimentos j&aacute; adotados nos meses passados e nem negligenciar em cuidados. Cada indiv&iacute;duo tem sua parcela de responsabilidade e quem n&atilde;o a cumprir, poder&aacute; prejudicar a si pr&oacute;prio e sua comunidade. &nbsp;<br /> <br /> <img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" alt="" width="60" height="81" align="left" /><br /> <br /> Por <i><b>Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</b></i> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br <br />