Na pista da vida, 2021 pode ser a balada da esperança

11 de janeiro de 2021 às 11:38

Celina Moraes
O ano de 2020 se encerrou, mas viver&aacute; para sempre em nossas mem&oacute;rias por ter sido o ano do coronav&iacute;rus. Um v&iacute;rus que trouxe in&uacute;meras perdas e poucos ganhos. Mudou vidas drasticamente. Destruiu fam&iacute;lias, empregos e neg&oacute;cios. Eu vi a covid-19 atingir pessoas de diversas idades pr&oacute;ximas a mim ou conhecidas de algu&eacute;m. Houve quem teve sintomas leves e fortes; quem morreu em casa e quem sobreviveu &agrave; intuba&ccedil;&atilde;o na UTI. Vi um v&iacute;rus sem preconceito de idade, cor, cren&ccedil;a e classe social. A &uacute;nica certeza &eacute; de que n&atilde;o temos certeza de como o v&iacute;rus agir&aacute; em nosso organismo.<br /> &nbsp;<br /> A previs&atilde;o do tempo para 2021 &eacute; de c&eacute;u nublado. O sol pode demorar para aparecer, mas quando a estrela dourada desponta no c&eacute;u &eacute; uma chuva de alegria, nos levando a esquecer dos infind&aacute;veis terremotos e tsunamis e a lembrar da finitude da vida.<br /> &nbsp;<br /> Minha mensagem s&atilde;o reflex&otilde;es sobre alguns ganhos da pandemia. A conviv&ecirc;ncia de 24 horas di&aacute;rias aumentou o estresse nas fam&iacute;lias, mas quantos pais e m&atilde;es n&atilde;o tiveram uma oportunidade incr&iacute;vel de conhecer melhor os filhos? Houve separa&ccedil;&otilde;es, mas houve relacionamentos sendo reabastecidos pela chama do amor. Houve fal&ecirc;ncias, mas houve quem descobriu no empreendedorismo virtual um investimento rent&aacute;vel. Houve quem reclamava da falta de tempo para ler e substituiu os encontros sociais por saraus de leitura.<br /> &nbsp;<br /> Houve quem se descobriu empreendedor no desemprego. Empresas que vislumbravam a viabilidade de trabalho remoto o tornaram uma realidade em poucos meses. Algumas empresas viram a produtividade aumentar. Escolas que idealizavam aulas online, implementaram o projeto do dia para a noite. Profissionais de tecnologia viram a agenda transbordar pelas necessidades virtuais. Vamos receber 2021 cheios de um combust&iacute;vel essencial &agrave; vida: a esperan&ccedil;a.<br /> &nbsp;<br /> Se ao refletir sobre sua vida, voc&ecirc; se lembrar que guardou no ba&uacute; do tempo, um sonho, retire ele de l&aacute;, mas insista na persist&ecirc;ncia. Para mim, s&oacute; a perseveran&ccedil;a nunca bastou. Precisei de uma insist&ecirc;ncia tit&acirc;nica na persist&ecirc;ncia para atingir alguns objetivos. A pessoa que avaliou meu primeiro livro, me indicou o cesto de lixo. Sou lhe eternamente grata por ter me sugerido ler mais e aprimorar a escrita antes de me lan&ccedil;ar escritora.<br /> &nbsp;<br /> Nas dificuldades financeiras, adiei ou revi projetos pessoais, mas jamais os abandonei. Perdi in&uacute;meras batalhas ao lutar por meus sonhos, mas lutei bravamente. A vida &eacute; uma sucess&atilde;o de sucessos e fracassos. O escritor H. Jackson Brown escreveu que a oportunidade dan&ccedil;a com aqueles que j&aacute; est&atilde;o na pista de dan&ccedil;a. Vamos nos jogar na pista da vida em 2021 e dan&ccedil;ar a balada da esperan&ccedil;a.<br /> &nbsp;<br /> <img src="/uploads/image/img_celina-moraes_formada-em-letras-escritora-cronista.jpg" width="60" hspace="3" height="80" align="left" alt="" /><br /> Por <i><b>Celina Moraes</b></i>. Formada em Letras, &eacute; escritora e cronista. Autora dos romances &ldquo;Jamais subestime os pe&otilde;es&rdquo; e &ldquo;Lugar cheio de r&atilde;s&rdquo;, que foi vencedor do Pr&ecirc;mio &ldquo;L&uacute;cio Cardoso&rdquo; em 2010 pelo 3&ordm; lugar no concurso internacional de literatura promovido Uni&atilde;o Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ). Ainda teve o conto &ldquo;Rumo ao topo numa canoa quebrada&rdquo; selecionado para compor a antologia da UBE, &ldquo;Contos: Hist&oacute;ria de Amor e Dor&rdquo;.