O (necessário) pacto anti-Covid-19

23 de março de 2021 às 10:47

Tenente Dirceu Cardoso Gon&cce
A cada dia torna-se mais premente a necessidade da uni&atilde;o nacional. No ponto mais agudo da Covid-19, encontramos prefeitos mais ousados atuando com maior severidade que os governadores ao impor quarentena &agrave;s respectivas popula&ccedil;&otilde;es, e outros - como os da regi&atilde;o metropolitana de S&atilde;o Paulo - pedindo ao governador a implanta&ccedil;&atilde;o de lockdown em toda a &aacute;rea. Empres&aacute;rios lutam pelo direito ao trabalho, operadores do Direito invocam o artigo 5&deg; da Constitui&ccedil;&atilde;o e o regime democr&aacute;tico vigente, e a Justi&ccedil;a emite ordens, tanto para fechar quanto para abrir os neg&oacute;cios. A superlota&ccedil;&atilde;o dos hospitais e as mortes avolumam-se, ao mesmo tempo em que a economia claudica, provocando o encerramento de empresas, desemprego, fome e at&eacute; suic&iacute;dios.<br /> <br /> O momento - de alt&iacute;ssima fragilidade sanit&aacute;ria, econ&ocirc;mica e, principalmente social - exige o empenho de todos em busca do reequil&iacute;brio. &Eacute; prejudicial ao conjunto da sociedade continuar convivendo sob o embate entre as diferentes correntes de pensamento quanto ao flagelo epid&ecirc;mico. A verdade absoluta &eacute; que o virus est&aacute; presente e cada dia mais letal, j&aacute; matou quase 300 mil brasileiros e est&aacute; levando a &oacute;bito mais de 2,6 mil a cada 24 horas. N&atilde;o podemos continuar perdendo tempo com diverg&ecirc;ncias que possam desviar a aten&ccedil;&atilde;o do objetivo principal que &eacute; o atendimento aos adoecidos e a vacina&ccedil;&atilde;o dos demais, j&aacute; que a vacina, apesar do pouco tempo passado de sua elabora&ccedil;&atilde;o, &eacute; a &uacute;nica solu&ccedil;&atilde;o cie ntificamente aceita. A prop&oacute;sito, chegou a minha vez, e hoje tomei a primeira dose da vacina.<br /> <br /> No ano passado sob a pandemia, ocorreram problemas que n&atilde;o podem se repetir, principalmente os desvios de recursos, seja para outros fins mesmo que l&iacute;citos ou, principalmente para a nefasta corrup&ccedil;&atilde;o. J&aacute; estamos partindo para o quarto ministro da Sa&uacute;de e o governo federal, al&eacute;m de experi&ecirc;ncia, tamb&eacute;m &eacute; o detentor da principal fonte de recursos para enfrentar o coronavirus e suas consequ&ecirc;ncias. Os governadores tamb&eacute;m j&aacute; tiveram a oportunidade de experimentar e t&ecirc;m hoje a obriga&ccedil;&atilde;o de abandonar tudo o que deu errado e buscar os meios mais eficientes de solu&ccedil;&atilde;o. S&oacute; os prefeitos ainda t&ecirc;m a desculpa do noviciado, mas como antes da posse (corrida em janeiro), na condi&ccedil;&atilde;o de cidad&atilde;o, viram tudo acontecer, t amb&eacute;m devem se apressar.<br /> <br /> A grande tarefa desse momento &eacute; usar todo o conhecimento adquirido para conter o avan&ccedil;o da infesta&ccedil;&atilde;o, socorrer os j&aacute; infectados e levar a Covid-19 &agrave; extin&ccedil;&atilde;o entre n&oacute;s. &Eacute; uma obra de uni&atilde;o e salva&ccedil;&atilde;o nacional. Al&eacute;m do pessoal da Sa&uacute;de e dos governos &ndash; federal, estaduais e municipais &ndash; tamb&eacute;m deve ser envolvida a sociedade atrav&eacute;s de suas for&ccedil;as vivas e at&eacute; dos cidad&atilde;os individualmente. Ningu&eacute;m pode ficar fora dessa batalha, pois isso abre o risco de pereniza&ccedil;&atilde;o do virus. Os governos t&ecirc;m o dever de providenciar os recursos materiais e especializados, o empresariado, quando puder, contribuir nas quarentenas e na conscientiza&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o quando aos c uidados sanit&aacute;rios pessoais (o t&atilde;o divulgado e pouco aceito usar m&aacute;scara, n&atilde;o aglomerar e lavar as m&atilde;os seguidamente) para evitar a prolifera&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Os empres&aacute;rios, que j&aacute; v&ecirc;m penando por n&atilde;o poderem produzir, t&ecirc;m de ser socorridos de forma que seus neg&oacute;cios n&atilde;o pere&ccedil;am. Isso &eacute; tarefa da &aacute;rea econ&ocirc;mica dos governos atrav&eacute;s do cr&eacute;dito especial, desonera&ccedil;&atilde;o fiscal e outras medidas que permitam a manuten&ccedil;&atilde;o dos neg&oacute;cios durante o per&iacute;odo em que for necess&aacute;ria a interrup&ccedil;&atilde;o para o corte da linha viral. Precisamos de um grande pacto nacional. Sem ele, continuaremos enxugando gelo e perdendo preciosas vidas em cuja forma&ccedil;&atilde;o para o mercado e a vida nacional o pa&iacute;s e as fam&iacute;lias investiram por anos a fio e hoje v&ecirc;em se esvair sem ter cumprido o ciclo. Unam-se todos, pelo Brasil e por cada um de n&oacute;s, os brasileiros!...&amp;nb sp;<br /> <br /> <img src="http://www.novoeste.com/uploads/image/img_artigos_tenentedirceu.jpg" width="60" hspace="3" height="81" align="left" alt="" /> <br /> <br /> <br /> Por <b><i>Tenente Dirceu Cardoso Gon&ccedil;alves</i></b> - dirigente da ASPOMIL (Associa&ccedil;&atilde;o de Assist. Social dos Policiais Militares de S&atilde;o Paulo) - aspomilpm@terra.com.br&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; <br />