Fique de olho quando a criança não gostar de alguém

02 de julho de 2021 às 11:56

Airam Chaves
<div style="text-align: center;"><img src="/uploads/image/img_crianca_psiquiatria-e-saude-mental-infancia-e-adolescencia.jpg" width="500" height="290" align="middle" alt="" /><br /> <span class="tpl_meio"> <span class="tpl_meio"><span class="tpl_meio"><i><span style="font-size: x-small;">Foto: Internet/Google/Divulga&ccedil;&atilde;o</span></i></span></span></span></div> <br /> &Eacute; muito importante que tanto o pai como a m&atilde;e busquem ouvir mais os filhos e entender o que as crian&ccedil;as querem dizer. Eu costumo sempre aconselhar a buscar acolher os sentimentos dos filhos. Para isso, um exemplo que sempre dou &eacute; falar o seguinte com a crian&ccedil;a: &ldquo;<i><b>eu percebo que voc&ecirc; anda um pouco triste, tem algo que eu possa te ajudar?</b></i>&rdquo;.<br /> &nbsp;<br /> Atitudes como essa fazem com que as crian&ccedil;as a se sintam acolhidas. Dessa forma, ficam mais confort&aacute;veis para falar o que est&atilde;o pensando ou sentindo. Quando o filho sente essa liberdade, cabe cada tradi&ccedil;&atilde;o familiar dialogar com a crian&ccedil;a.<br /> &nbsp;<br /> Por exemplo, atente-se quando o pequeno sinalizar n&atilde;o gostar de algu&eacute;m ou n&atilde;o confiar. Primeiro de tudo, &eacute; importante dar ouvido &agrave;s crian&ccedil;as. Embora os adultos acreditem que eles possam estar no mundo da fantasia, nem tudo &eacute; t&atilde;o imagin&aacute;rio assim. Ou&ccedil;am e priorizem a a&ccedil;&atilde;o da crian&ccedil;a. Perceba os comportamentos, a fala, a forma de lidar ou at&eacute; mesmo de olhar para essa pessoa no qual ela j&aacute; demostrou que n&atilde;o confia.<br /> &nbsp;<br /> Alguns poss&iacute;veis sinais de abuso s&atilde;o altera&ccedil;&otilde;es do comportamento (agressividade demasiada, sono excessivo, irritabilidade), presen&ccedil;a de interesse para assuntos relacionados a sexualidade, brincadeiras de cunho sexual, desenhos que tenham partes &iacute;ntimas ressaltadas. Outro sinal &eacute; o aparecimento de sintomas f&iacute;sicos, tais como dores de barriga e cabe&ccedil;a constantes, sem causa espec&iacute;fica. Al&eacute;m disso, pode existir um isolamento social repentino, distanciamento dos colegas, da fam&iacute;lia ou regress&atilde;o, tais como medo de dormir sozinho e at&eacute; mesmo voltar a chupar o dedo.<br /> &nbsp;<br /> Outro ponto que os pais devem estar atentos, mesmo em casos que n&atilde;o exista a possibilidade de um abuso, &eacute; quando a crian&ccedil;a v&ecirc; pela primeira vez a pessoa e se recusa a cumprimentar. Sempre existe a d&uacute;vida se devemos insistir ou respeitar a crian&ccedil;a. &Eacute; muito importante respeitar o limite dos filhos! Vale lembrar que a crian&ccedil;a tem comportamentos naturais, diferentes dos adultos que precisam &ldquo;<i><b>disfar&ccedil;ar</b></i>&rdquo; para falar com algu&eacute;m. A crian&ccedil;a sinaliza com mais transpar&ecirc;ncia que n&atilde;o est&aacute; &agrave; vontade de trocar afetividade ou contato com aquela pessoa.<br /> &nbsp;<br /> Ent&atilde;o, devemos, sim, respeitar, por&eacute;m, os pais precisam buscar entender, no momento mais oportuno, o motivo daquela recusa. Pode ser que ela simplesmente n&atilde;o foi com o perfil daquela pessoa. E tudo bem se isso acontecer.<br /> &nbsp;<br /> Caso tenha desconfian&ccedil;a que uma crian&ccedil;a esteja sofrendo abuso, aproxime-se dela e ofere&ccedil;a ajuda! Fale carinhosamente sobre sua compreens&atilde;o, mostrando esclarecimento e seguran&ccedil;a! Ou&ccedil;am as crian&ccedil;as e adolescentes, pois eles est&atilde;o frequentemente emitindo sinais para n&oacute;s! &Eacute; essencial que se procure a ajuda profissional. Assim, a forma de lidar com esse trauma ser&aacute; mais ben&eacute;fica. O telefone para denunciar casos ou suspeita de abuso infantil &eacute; o Disque 100.<br /> &nbsp;<br /> <img src="/uploads/image/artigos_airam-chaves-psicologa-psiquiatria-e-saude-mental-infancia-e-adolescencia.jpg" alt="" width="60" hspace="3" height="80" align="left" /><br /> <br /> Por <b><i>Airam Chaves, </i></b>psic&oacute;loga, formada em psicologia, p&oacute;s-graduada em psiquiatria e sa&uacute;de mental da inf&acirc;ncia e adolesc&ecirc;ncia. CRP: 05/62734