A volta do trabalho presencial: especialista indica as principais dificuldades
04 de setembro de 2021 às 12:10
Debora Garcia
<div>Desde março de 2020, quando a pandemia de covid-19 se alastrou pelo Brasil, muitos profissionais têm trabalhado de forma remota. A adoção do home office por diversas empresas do País foi uma tentativa de diminuir as taxas de transmissão do novo coronavírus. </div>
<div> </div>
<div>Segundo a fisiologista e mentora <span style="color: rgb(0, 0, 255);"><u><i><a href="https://www.instagram.com/adeboragarcia/" target="_blank">Debora Garcia</a></i></u></span>, essa mudança trouxe impactos significativos na rotina e na saúde física e mental de muitos profissionais. </div>
<div> </div>
<div>“O trabalho remoto apresenta vantagens e desvantagens para os colaboradores de uma empresa. O home office, por exemplo, concede mais liberdade, autonomia e privacidade aos funcionários. Contudo, por outro lado, pode tornar complexo o limite entre a vida pessoal e a vida profissional”, explica Garcia. </div>
<div> </div>
<div>Apesar de o home office já ser considerado uma tendência, o avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil tem movimentado as empresas no que se refere à retomada do trabalho presencial. </div>
<div> </div>
<div>De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria KPMG, mais de 66% das empresas desejam retomar as atividades profissionais presenciais ainda em 2021. Os 34% restantes planejam voltar aos escritórios e demais ambientes no próximo ano. </div>
<div> </div>
<div>Diante desse cenário, Debora Garcia aponta que a volta ao trabalho presencial pode ser um processo complexo para alguns profissionais. </div>
<div> </div>
<div>“Um estudo da Korn Ferry mostrou que mais de 77% dos entrevistados acham estranho e difícil voltar à rotina presencial. Isso, com certeza, traz um impacto significativo na saúde mental do profissional e, também em sua qualidade de vida”, explica. </div>
<div> </div>
<div>Por que retornar ao trabalho presencial pode ser complexo? </div>
<div> </div>
<div>O retorno ao trabalho presencial nem sempre é uma escolha do colaborador. Em muitos casos, essa é a única alternativa e, caso se recuse a voltar, o profissional pode ser até demitido por justa causa. </div>
<div> </div>
<div>“A volta ao escritório e a outros ambientes de trabalho pode desencadear problemas sérios nos profissionais. Emoções como estresse, angústia e ansiedade podem aparecer por uma diversidade de motivos, que estão, com certeza, relacionados ao trabalho presencial”, ressalta Garcia. </div>
<div> </div>
<div>Conforme a fisiologista explica, os sentimentos citados acima podem ser desencadeados por muitas razões. </div>
<div> </div>
<div>“Se readaptar a estar distante de seus familiares, ter longas horas perdidas no trânsito e outros fatores contribuem para os sentimentos de estresse e angústia. A exposição a um ambiente exterior ao lar precisa ser considerada como uma complexidade para o funcionário nesse momento. Por estar adaptado ao trabalho remoto, o colaborador pode se sentir nervoso e estressado ao precisar lidar com situações e com problemas que não vivenciava em sua casa”, conta. </div>
<div> </div>
<div>Além disso, Garcia destaca que é necessário considerar os efeitos da pandemia na saúde mental dos profissionais. </div>
<div> </div>
<div>“Muitas pessoas perderam entes queridos para a covid-19. Isso faz com que traumas sejam desenvolvidos. Ao sair de sua casa para trabalhar, o funcionário pode se sentir exposto ao vírus e, com isso, se sentir cada vez mais estressado, inseguro e ansioso e até mesmo paranoico”, ressalta a mentora. </div>
<div> </div>
<div>O que fazer para se preparar para o retorno às atividades profissionais presenciais? </div>
<div> </div>
<div>Para que o funcionário volte a trabalhar de forma presencial da melhor forma possível, é essencial que a empresa preste o suporte necessário ao colaborador. “Nesse cenário conturbado, a empresa precisa se mostrar preocupada com a saúde mental de seus funcionários, uma vez que a falta dela pode comprometer a produtividade do profissional e, com isso, os resultados dos negócios”, pondera Garcia. </div>
<div> </div>
<div>Além disso, a fisiologista ressalta que o funcionário também pode se preparar para o retorno às atividades presenciais. </div>
<div> </div>
<div>“Se reorganizar no contexto familiar e encontrar novas dinâmicas tanto na rotina quanto nos hábitos de todos os familiares pode ajudar a viver esse retorno de forma mais saudável. A inteligência emocional se torna ainda mais necessária em uma situação como essa, uma vez que o colaborador vai precisar reconhecer e administrar suas emoções. A boa notícia é que a inteligência emocional pode ser desenvolvida e, para isso, basta começar a praticar”, finaliza a especialista. </div>
<div> </div>
<img src="/uploads/image/artigos_debora-garcia_fisiologista-palestrante-professora-meditacao-escritora-mentora.jpg" width="60" height="80" hspace="3" align="left" alt="" />
<div><br />
<br />
Por <i><b>Debora Garcia</b></i> é fisiologista, palestrante, professora de meditação, escritora e mentora. Atua no mercado corporativo e para autogestão pessoal. Formada em Educação Física pela Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), atua na área da educação corporal há mais de 14 anos.</div>
<div> </div>