Sinceramente, eu gostaria de saber dos autores que publicam no site, embora já saiba que isto será sonoramente ignorado: qual é o local em que podem publicar sem censura, sem questionamentos e sem qualquer condição? Que rede social, que site, lhes dá apoio, espaço, incentivo para publicar seus pensamentos? Duvido que alguém me dê uma resposta lógica.
Ademais, pergunto mais: alguém aqui recebe pelo que publica em redes sociais? Interessante, porque redes sociais não criam nada, não produzem nada e lucram, e muito, com o que vocês publicam. E todos batem palmas, contentes com os lucros pagos sob a forma de likes, de pessoas que sequer leram o que escrevem. Mas, é claro, todos gostam de likes, de coraçõezinhos no Facebook... É... Entendo...
A vaidade é a maior qualidade e o maior defeito humano, e Zuckerberg e seus asseclas entenderam muito bem esse conceito sociológico ao criar essas redes e ficarem milionários com elas. Mas, é lógico que todos têm suas carreiras, suas preocupações familiares e suas contas a pagar, então, por que cargas d'água iriam se importar com a porcaria de um lugar que lhes dá espaço e liberdade sem questionar, não é? "Ah... O Barata é um sujeito excêntrico e torra dinheiro com sites..." Ou: "É um maluco que anda pelas ruas de pés no chão feito o tal Diógenes... É drogado, cheira maconha e fuma cocaína". Ah, não imaginam quantas definições já escutei sobre mim mesmo, que quase acredito.
Mas, como alguém que não lembro disse uma vez: se querem saber coisas horríveis a meu respeito, perguntem a mim. Não vão acreditar em quantas coisas horríveis sei sobre mim mesmo... E conto, sem pudor nem vergonha.
Mas, bem, eu queria saber se lhes cobro algum preço difícil de ser pago, apenas pedindo para que comentem, acompanhem, e façam o maldito compartilhamento nas suas malditas redes sociais. Acompanhar o que vocês mesmos escrevem, e responder aos poucos comentários de suas próprias publicações é pedir demais? É pedir demais que leiam ao menos algumas das coisas que eu publico diariamente? O que lhes peço demais? O que lhes peço a mais? O que lhes peço que não me possam dar? Alguns minutos do seu precioso tempo?
Claro que cada um sabe e deve valorizar o que lhe é mais importante: seu emprego como engenheiro, gerente de banco, funcionário público... Não importa, todos têm suas prioridades, suas necessidades e suas vontades e não peço, jamais pedirei, que abram mão delas em prol de um projeto que, afinal, ainda não lhes rende curtidas, comentários, compartilhamentos, atendendo assim suas vaidades.
Apenas pediria que dessem valor ao trabalho que é feito, solitariamente, de manter um local onde possam, sem restrições, exercer sua liberdade de expressão. Têm, no BarataVerso, o que muitos sonharam décadas passadas e nunca tiveram. Têm no meu site, espaço e incentivo que nunca terão em qualquer rede social bilionária.
E, por fim, se não temos ainda o espaço midiático que merecemos, é também por culpa de cada um de nós. A maioria sequer tem conhecimento do que é publicado, não lê nem acessa o que um parceiro escreve. Falam de liberdade, falam de irmandade, falam nisso e naquilo, mas sabem apenas buscar o que as redes sociais lhes exigem, tomam e lucram, mas não dispendem de cinco minutos por dia para ajudar a crescer um trabalho que lhes poderia até ser tão importante.
O Facebook, por exemplo, é um site que nada produz, nenhum conteúdo, e é uma empresa milionária apenas e exclusivamente através de você, que constantemente o alimenta de conteúdo. Sempre uso uma metáfora entre redes sociais e bancos, que no final das contas é a mesma coisa: imagine se ao menos metade dos clientes de um banco retirassem dele seus depósitos. Sabem o que aconteceria? Ele fecharia em questão de horas.
O mesmo serve para Facebook, YouTube e outros. E nem precisa ser metade, pode ser bem menos. Agora invertam a história: imagine que metade dos autores que publicam no BarataVerso resolvessem, uma vez por dia, mandar suas publicações para os amigos pelos seus meios, compartilhar nas suas redes sociais, comentar na área de comentários do site e coisa assim... Sabem o que aconteceria? Em dois meses teríamos milhares e milhares de acessos, em quatro meses possivelmente conseguiríamos alguns anunciantes, e aí então... Em menos de um ano teríamos até como pagar aos autores por seus escritos.
E concluo: alguém sabe de alguma pessoa que ganhou um real por publicar no Facebook? Cartas à redação!
Por Barata Cichetto, CEO do BarataVerso, 07/09/2024, Independência do Brasil!