Quando pensamos no Natal, é quase automático associar a data ao carismático Papai Noel. Por gerações, sua imagem tem encantado crianças com o trenó mágico e a sacola de presentes. Contudo, há algo que frequentemente é esquecido: o Natal vai muito além dessa figura simpática. O verdadeiro “Papai” do Natal é Deus, o Criador, o Pai do Céu, que presenteou a humanidade com algo incomparável — o nascimento de Jesus Cristo.
A origem do Papai Noel remonta a São Nicolau, um bispo católico do século IV, da cidade de Mira, na atual Turquia. Reconhecido por sua generosidade, São Nicolau utilizou sua herança para ajudar os necessitados. Ao longo dos séculos, sua imagem foi transformada e integrada a outras tradições e mitologias, dando origem ao atual bom velhinho. Além disso, o poder da propaganda consolidou a figura do Papai Noel como símbolo das festividades natalinas, contribuindo para que o mês de dezembro se tornasse o mais lucrativo para o comércio. Apesar da beleza dessa tradição, é fundamental lembrar que o real sentido do Natal não reside nos presentes materiais, mas no presente eterno que o Criador ofertou à humanidade.
O nascimento de Jesus representa a esperança e a redenção para a humanidade. Segundo o livro do Gênesis, a comunhão entre o Criador e a criatura havia sido rompida ainda no Éden. Jesus, o Filho de Deus, foi enviado ao mundo como o plano de resgate para a humanidade perdida. Nos Evangelhos, Ele é descrito como o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6), a Luz do Mundo (João 8:12), o Bom Pastor (João 10:11) e a Porta pela qual todos podem entrar para encontrar a salvação (João 10:9). Sua vinda não foi apenas um evento histórico, mas a expressão máxima do amor divino, oferecendo à humanidade a oportunidade de uma vida plena e eterna.
Enquanto o Papai Noel traz uma alegria passageira, Jesus oferece um presente duradouro: a possibilidade de um relacionamento verdadeiro com o Altíssimo. Entretanto, essa mensagem frequentemente se perde em meio ao brilho das luzes, ao consumismo desenfreado e à agitação das festividades.
Por isso, é indispensável resgatar o verdadeiro espírito do Natal. Que os pais ensinem aos filhos sobre o nascimento de Jesus e seu significado eterno. Que as igrejas lembrem seus fiéis da promessa de salvação que essa data representa. E que todos os que acreditam nesse plano divino dirijam seu coração ao verdadeiro Papai do Natal: o Pai Celestial.
Neste Natal, mais do que decorar a casa e preparar banquetes, que seja um tempo de reflexão e gratidão. O maior presente já foi dado: o amor de Deus, manifestado no nascimento de Jesus Cristo. Que o verdadeiro Papai do Céu receba a honra devida, não apenas no Natal, mas todos os dias do ano.
Por
Carlos Souza Yeshua, jornalista e mestrando em História pela Universidade de Passo Fundo – UPF (carlos-souza@hotmail.com)