Um Brasil colonial tão bárbaro e desafiador como o país do século 21
Narrado por duas línguas ferinas – um jesuíta do século 17 e um diplomata do século 21 –, este romance histórico nos põe diante do espelho e surpreende, faz rir e pensar com graça e ironia sobre nosso destino.
Estreia no universo literário do economista e diplomata Ricardo da Costa Aguiar, Das terras bárbaras é um prodígio de boa ficção, capaz de apresentar o passado tão junto do leitor que o reveste de maior “realidade” do que os “realistas” livros de história.
Com a singularidade de desdobrar-se em dois, o livro é ambientado na era contemporânea, quando é narrado por um diplomata, e no século 17, então protagonizado por um padre jesuíta. que vem de Portugal e aqui encontra um país em brasas. Como escreve Roberto Pompeu de Toledo na apresentação, “diplomata e padre são ambos ligeiramente doidivanas (talvez nem tão ligeiramente assim) e empenham-se, um e outro, em peripécias ligeiramente picarescas (ou não tão ligeiramente assim). A leitura é fluida; avança-se ansioso por saber que diabos de peripécias ainda aguardam tanto o padre quanto o diplomata”.
Enquanto o diplomata se envolve em confusões tentando provar que o padre foi seu antepassado, o jesuíta de quatro séculos antes vê-se em meio a uma guerra de índios, descobre trapaças da Igreja e tem um caso com a mulher do mais poderoso fazendeiro local. Das terras bárbaras não é apenas repleto de surpresas, tem também “odor de chão e de sêmen”, como diz o jovem diplomata. Na verdade, tem cheiro, gosto, cores e sons do Brasil seiscentista, do Portugal barroco, da África colonial, da São Paulo metrópole, da Lisboa metrópole e até de Brasília.
Sobre o autor
Ricardo da Costa Aguiar nasceu em 19 de dezembro de 1959, em São Paulo, e estudou na Faculdade de Direito da USP. Formado pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e pelo Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores (onde recebeu o Prêmio Rio Branco no Curso de Preparação à Carreira de Diplomata em 1989), foi primeiro colocado no Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas em 1999 e único aprovado com louvor no Curso de Altos Estudos em 2009. Pós-graduado em Economia Internacional pela Fondation Nationale des Sciences Politiques do Institut d’Études Politiques de Paris (SciencesPo).
Foi Vice-Presidente Residente do Citicorp Investment Bank, chefe da Divisão de Informação Comercial do Ministério das Relações Exteriores, participou da negociação da dívida externa nos anos 90, chefe do Setor Financeiro da Embaixada do Brasil em Washington, Cônsul na África do Sul e Cônsul-Geral Adjunto no Japão. É autor de O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e suas propostas de reforma (Fundação Alexandre de Gusmão, 2014) e de vários artigos (como “Dívidas, moscas e leões” no Correio Braziliense e “Novo passado, velho futuro” em O Estado de S. Paulo). Das terras bárbaras é seu romance de estreia.
Fonte: Virta Comunicação Corporativa
Fernanda Arantes – fernanda.arantes@grupovirta.com.br
Giovanna Luna – giovanna.luna@grupovirta.com.br