Editores falam sobre o livro O Mordomo da Casa Branca
11 de novembro de 2013 às 11:48
Editoria
<img align="left" hspace="3" src="/uploads/image/img_livro_omordomodacasabranca.jpg" alt="" />Está chegando ao Brasil pela Editora Novo Século mais um best-seller norte-americano: O Mordomo da Casa Branca. O livro, lançado por lá no primeiro trimestre de 2013 atingiu a marca de 130 mil exemplares, sendo 40 mil e-books. A obra inspirou um filme, lançado em agosto nos EUA e em novembro no Brasil. Lá liderou a bilheteria por algumas semanas. <br />
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O enredo de autoria de Wil Haygood, apresenta uma história sobre a luta social e racial nos Estados Unidos da América. Eugene Allen é um negro que aos 89 anos de idade relata os 34 anos em que trabalhou como mordomo na Casa Branca, servindo oito presidentes - de Harry Truman a Ronald Reagan. <br />
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Confira a entrevista com Daniel Lameira, editor-assistente da Novo Século e responsável pela aquisição do livro, e Mateus Duque Erthal, coordenador editorial e produtor de <b><i>O Mordomo da Casa Branca</i></b>.<br />
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<i><b>- Por que decidiram trazer O Mordomo da Casa Branca para o Brasil?</b></i><br />
Por ser uma história interessante e inspiradora, com um conteúdo que não só enriquece o leitor, mas tem o potencial para emocionar tanto os fãs do filme quanto os interessados em história e trajetórias de superação.<br />
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<i><b>- Que critérios foram utilizados para a escolha desta obra?</b></i><br />
A obra já é interessante por si só e, tendo um filme para suportar a divulgação, era melhor ainda. Ela dialoga com livros bem-sucedidos como Preciosa (Sapphire), O Discurso do Rei (Peter Conradi e Mark Logue) e A Resposta (Kathryn Stockett). Estes três títulos, sendo o primeiro do mesmo diretor e o último com temática semelhante, inspiraram filmes de grande sucesso de público e crítica, todos concorrendo ao Oscar.<br />
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<i><b>- A história de um mordomo da Casa Branca não é distante da realidade brasileira?</b></i><br />
Não poderia ser mais próxima. No Brasil, embora reine o mito da democracia racial, a sociedade é tão racista quanto nos EUA. Mostrar essa polarização de pessoas tão próximas, mas ao mesmo tempo tão distantes do poder não poderia ser mais atual. Além da questão racial, a discussão a respeito dos empregados domésticos no Brasil tem tomado bastante espaço na mídia nos últimos tempos.<br />
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<i><b>- É possível criar algum tipo de empatia com o personagem Eugene Allen?</b></i><br />
É claro. Eugene Allen, como todo negro norte-americano que viveu sob o regime de segregação que castigou a comunidade afrodescendente desde os tempos coloniais até o século XX, sofreu os horrores de ser sempre considerado um cidadão de segunda classe. Ao mesmo tempo, circulou pelos mais altos círculos de poder de seu tempo, obrigando-se a sempre manter a discrição e a prestatividade, garantindo com isso sua permanência no emprego e o sustento de sua família. O dilema interno deste personagem dividido entre sua família, seus direitos como cidadão e seu trabalho certamente atrairá a atenção do público brasileiro.<br />
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<b><i>- Que elementos apresentados no livro devem agradar?</i></b><br />
No livro, se apresenta uma faceta mais humana, mais íntima e familiar do mordomo. Ali, o autor Wil Haygood narra como conheceu o casal Allen, em sua casa nos arredores de Washington, e como ficou maravilhado com o verdadeiro baú de tesouros históricos. O encontro se deu nas vésperas da posse de Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. O livro conta ainda com um rico acervo de imagens, tanto da vida pessoal de Eugene quanto da produção do filme de Lee Daniels.<br />
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<i><b>- Que perfil de leitor deve querer ler O Mordomo da Casa Branca?</b></i><br />
Dos mais diversos. Assim como o filme, o livro agradará não apenas os interessados em história e na evolução dos direitos civis no mundo e nos Estados Unidos, mas também os que gostam de acompanhar dramas familiares e histórias repletas de emoção.<br />
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<i><b>- A luta pelos direitos civis dos negros é algo que deve atrair a atenção dos brasileiros?</b></i><br />
Em um país com uma das mais expressivas parcelas da sociedade composta por afrodescendentes, com uma divisão de classes tão evidentemente arraigada nas questões histórico-raciais e com as discussões a respeito de igualdade tão em voga, com certeza este é um tema que merece seu espaço.<br />
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<i><b>- Quais são os maiores desafios ao trazer ao Brasil uma obra que é best-seller em outro país?</b></i><br />
Certamente a concorrência com outras editoras e as dificuldades em garantir que a obra receba a divulgação e o destaque (na mídia e nos pontos de venda) que merece e necessita para que se torne um grande sucesso também no Brasil é um grande desafio.<br />
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<i><b>- Quais são as expectativas da Novo Século diante desta obra?</b></i><br />
Que chegue ao máximo de leitores possíveis, fãs e não fãs do filme, pois é uma história que traz um grande exemplo de vida e uma mensagem universal, de igualdade, amor à família e caráter.<br />
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<b>Serviço</b><br />
Livro: <i><b>O Mordomo da Casa Branca</b></i><br />
Autor: <i><b>Wil Haygood</b></i><br />
Editora: <i><b>Novo Século</b></i><br />
Número de páginas: <i><b>192</b></i><br />
Preço sugerido: <i><b>R$ 24,90</b></i><br />
Disponível nas melhores livrarias do país a partir de 15 de novembro<br />
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Fonte: InformaMídia Comunicação