2015: um ano em que precisamos relembrar a ética

29 de junho de 2015 às 17:21

Editoria
<img width="200" hspace="3" height="286" align="right" src="/uploads/image/livros_historia-de-meu-avo-tristao.jpg" alt="" />O escritor Xikito Affonso Ferreira acaba de lan&ccedil;ar a biografia Hist&oacute;rias do Meu Av&ocirc; Trist&atilde;o (Azulsol), sobre a vida de Alceu Amoroso Lima, o intrigante Trist&atilde;o de Athayde. A obra se destaca pelo cuidado do autor em recriar os cen&aacute;rios pol&iacute;tico, religioso, social e cultural nos quais Trist&atilde;o de Athayde construiu sua trajet&oacute;ria.<br /> <br /> Escritor consagrado com assento na Academia Brasileira de Letras, fundador da PUC-RJ, cr&iacute;tico liter&aacute;rio, professor, l&iacute;der cat&oacute;lico, intelectual, empres&aacute;rio, articulista... &Eacute; dif&iacute;cil encaixar Trist&atilde;o de Athayde em uma classifica&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Imune aos clich&ecirc;s, ele defendeu a f&eacute; e os valores cat&oacute;licos com a mesma convic&ccedil;&atilde;o com que foi apoiador de primeira hora da Semana de Arte Moderna, em 1922, e tornou-se s&iacute;mbolo do intelectual progressista, quando, no per&iacute;odo mais dr&aacute;stico da repress&atilde;o, denunciou a censura, o desrespeito aos direitos humanos e o &ldquo;desaparecimento&rdquo; do jornalista Rubens Paiva (1971) e de outros ativistas pol&iacute;ticos. &ldquo;<b>A trajet&oacute;ria de Alceu Amoroso Lima coincidiu com um dos per&iacute;odos mais ricos e conflituosos da hist&oacute;ria do Brasil. Alceu encarna uma &eacute;poca, da qual foi expoente na literatura, no jornalismo e, sobretudo, em uma concep&ccedil;&atilde;o libertadora da f&eacute;</b>&rdquo;, resume o escritor e religioso Carlos Alberto Lib&acirc;nio Christo, o Frei Betto.<br /> <br /> Por sua import&acirc;ncia, Trist&atilde;o de Athayde sempre mereceu um lugar na hist&oacute;ria do Pa&iacute;s. E o ano de 2015 parece, enfim, reparar o desconhecimento das novas gera&ccedil;&otilde;es sobre esse personagem s&iacute;mbolo de &eacute;tica e retid&atilde;o. O livro de Xikito &eacute; o terceiro de cinco t&iacute;tulos que ser&atilde;o publicados neste ano sobre Alceu Amoroso Lima e que se somam ao ciclo de palestras &ldquo;<b><i>O pensamento e a &eacute;poca de Alceu Amoroso Lima</i></b>&rdquo;, promovido pelo Centro de Pesquisa e Forma&ccedil;&atilde;o do Sesc-SP.<br /> <br /> Para o escritor Leandro Garcia Rodrigues, professor de literatura brasileira da Universidade Cat&oacute;lica de Petr&oacute;polis, &eacute; interessante que o nome de Trist&atilde;o de Athayde ressurja com intensidade nesse momento em que o Pa&iacute;s clama por &eacute;tica e transpar&ecirc;ncia. &ldquo;<b><i>Meu av&ocirc; sempre se destacou pela integridade das suas convic&ccedil;&otilde;es pessoais, pol&iacute;ticas e intelectuais, o que lhe dava estatura moral para transitar pelos mais diferentes c&iacute;rculos</i></b>&rdquo;, concorda Xikito.<br /> &nbsp; <br /> <b>Hist&oacute;rias do Meu Av&ocirc; Trist&atilde;o</b><br /> Autor: <b>Xikito Affonso Ferreira</b><br /> <b>Editora Azulsol</b><br /> Formato: <b>16 cm X 23 cm</b> (fechado)<br /> N&uacute;mero de p&aacute;ginas: <b>400</b><br /> Pre&ccedil;o sugerido:<b> R$ 60</b><br /> &nbsp;<br /> <b>Sobre o autor</b><br /> <b>Xikito</b>, como &eacute; conhecido <b>Carlos Eduardo Affonso Ferreira</b> (Buenos Aires, 1949), neto de Alceu Amoroso Lima, &eacute; autor tamb&eacute;m de Estarei Delirando? Mem&oacute;rias de Viagem (Mir&oacute; Editorial, 2013). Escreveu Hist&oacute;rias do Meu Av&ocirc; Trist&atilde;o incentivado pela tia, a religiosa Tuca, e para dar conta do desafio precisou vencer o pr&oacute;prio receio de n&atilde;o estar &agrave; altura da erudi&ccedil;&atilde;o do av&ocirc;. Durante 30 anos, acalentou a obra, que agora prova que ele e Trist&atilde;o dividem o mesmo brilho.<br /> &nbsp;<br /> Fonte: Ricardo Viveiros &amp; Associados<br /> www.viveiros.com.br <br />