Best-seller O chamado do monstro, de Patrick Ness, que inspira o filme Sete minutos depois da meia-noite, volta às livrarias com sobrecapa
03 de janeiro de 2017 às 18:11
Editoria
<i><b><img src="/uploads/image/livros_o-chamado-do-monstro.jpg" width="200" hspace="3" height="251" align="right" alt="" />Obra da Ática, lançada em 2011, traz as ilustrações originais de Jim Kay e tradução do escritor Antônio Xerxenesky</b></i><br />
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É o pesadelo de novo, como em quase todas as noites depois que a mãe de Conor ficou doente. A escuridão, o vento, os gritos – e o despertar no mesmo ponto, antes de chegar ao fim. Tudo é tão aterrorizante que Conor não se mostra nem um pouco assombrado quando uma árvore próxima à sua casa – um imponente teixo – transforma-se num monstro.<br />
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Além disso, ele precisa lidar com coisas mais urgentes e graves: o reinício do tratamento contra o câncer do qual sua mãe terá de se submeter, a vinda da avó para “ajudá-los”, a permanente ausência do pai desde que foi morar com a nova família e o pesado bullying na escola, do qual é vítima quase todos os dias. Tudo muito mais perturbador do que uma criatura feita de folhas e galhos (mesmo que pulsem e se contorçam).<br />
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Só que o monstro sabe que Conor esconde um segredo. E isso o torna realmente assustador. Por que Conor deveria dar ouvidos ao que parece imaginado? Por que o monstro parece ser a única criatura a estar ao seu lado diante de seus maiores medos: perder a mãe e contar a verdade sobre o que sente.<br />
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A narrativa trata de temas universais sem ser artificial ou moralizante. Com texto simples, o autor parece tocar cada leitor individualmente, fazendo da narrativa uma experiência múltipla e única ao mesmo tempo.<br />
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A ideia central desta história é da escritora Siobhan Dowd. Morta pelo câncer em 2007, ela não teve, infelizmente, tempo de terminá-la. Então, Patrick Ness recebeu a proposta de desenvolver a trama. Mesmo hesitando no começo, a força da história o cativou. O resultado é uma narrativa comovente e verdadeira, escrita sob uma situação-limite e com uma força inesquecível.<br />
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O filme, inspirado no livro, estreia nos cinemas em janeiro, e é dirigido por J.A. Bayona, diretor espanhol do terror O Orfanato. O próprio Patrick Ness assina o roteiro. O longa traz Sigourney Weaver e Felicity Jones, além de Liam Neeson, que faz a voz do monstro e narra a força e a imprevisível ferocidade das histórias, responsáveis pelo medo, pela angústia, pela solidão, lembrando que encarar com sinceridade segredos recolhidos dentro do peito é muito mais aterrorizante.<br />
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<b>Autor</b><br />
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Patrick Ness nasceu na Virginia, Estados Unidos, em 1971, e vive em Londres. Considerado uma das vozes mais talentosas da literatura inglesa contemporânea para jovens adultos, ganhou prêmios como o Guardian Children’s Fiction Prize, Booktrust Teenage Prize e a Carnegie Medal, o mais importante da categoria na Inglaterra.<br />
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Siobhan Dowd nasceu em Londres, em 1960. Trabalhou por muito tempo com escritores e literatura e escreveu quatro livros, dois dos quais publicados depois de sua precoce morte aos 47 anos. Amada pelos leitores e reconhecida pela crítica, foi a primeira autora a receber, postumamente, a Carnegie Medal, em 2009.<br />
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<b>Ilustrador</b><br />
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Jim Kay nasceu na Inglaterra e se formou na Universidade de Westminster. Trabalhou por dois anos nos arquivos da galeria Tate, em Londres, e por quatro anos foi curador assistente das coleções de arte do Royal Botanic Gardens, em Kew, Londres. Hoje se dedica predominantemente a ilustrar – e, mais recentemente, a escrever – livros juvenis.<br />
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Booktrailer<br />
<span style="color: rgb(0, 0, 255);"><i>https://www.youtube.com/watch?v=1423HrLfTHs</i></span><br />
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<b>Ficha técnica</b><br />
O chamado do monstro<br />
Autor: <b><i>Patrick Ness</i></b> (ideia original de Siobhan Dowd)<br />
Ilustrador: <b><i>Jim Kay</i></b><br />
Tradutor: <i><b>Antônio Xerxenesky</b></i><br />
ISBN: 97885081147311<br />
Páginas: <i><b>216</b></i><br />
Formato: <i><b>16 x 21 cm</b></i><br />
Faixa etária: a partir de 13 anos<br />
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Por Tatiana Bandeira<br />
tatiban@gmail.com <br />