O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, ao reagir ao atentado terrorista bolsonarista desta quarta-feira (13), quando um homem tentou explodir a Corte e se matou, atribuiu o evento à ideologia do ódio promovida por Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
Gilmar Mendes e Jair Bolsonaro (Crédito: AFP/Arquivos/Reprodução)
Ministro do STF também citou o
ex-deputado Daniel Silveira, que pregou
agressões contra magistrados
"O evento configura mais um ataque às instituições democráticas", disse Mendes em sessão da Corte nesta quinta-feira (14). "O ocorrido na noite de ontem não é um fato isolado, infelizmente".
O magistrado acrescentou que "A ideologia rasteira que levou à tentativa de golpe não surgiu subitamente" e ressaltou que "O discurso de ódio e a desinformação foram estimulados no governo anterior", em referência a Jair Bolsonaro.
"Com o novo governo em 2019, essa estratégia influenciou o discurso do Planalto e seus apoiadores, criminalizando a oposição e atacando sistematicamente as instituições de controle", acrescentou, citando ainda o estímulo do ex-deputado Daniel Silveira a agressões contra ministros do STF.
Os estrondos das explosões foram ouvidos ao final da sessão que ocorria no plenário do STF e os ministros da Corte foram retirados do local em segurança. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Palácio do Planalto no momento do ocorrido; ele deixou o local por volta das 17h30.
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso. Os peritos criminais vão investigar as explosões com estratégia semelhante à reconstrução de cenário na identificação dos crimes de 8 de janeiro do ano passado, quando os prédios do Três Poderes sofreram ataques golpistas por parte de bolsonaristas terroristas.
Com informações da Agência Brasil