RESILIÊNCIAS CLIMÁTICAS: BOAS PRÁTICAS DE ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO CLIMA EM ÁREAS COSTEIRAS E NOS BIOMAS MATA ATLÂNTICA, CERRADO E CAATINGAS BAIANOS

26 de novembro de 2024 às 19:46

meio ambiente/ações ambientais
Projeto de pesquisa/extensão desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Educação Geográfica, diálogo de Saberes e Cerrados?” pela universidade Federal do Oeste da Bahia em parceria com o Grupo Ambientalista da Bahia e financiado pela COSPE. Um projeto que buscou compreender as mudanças climáticas e os seus impactos nas comunidades tradicionais e camponesas na APA do rio de Janeiro, Barreiras, BA. Além disso, identificou as suas resiliências diante da diminuição dos bens naturais, das mudanças de temperatura, das mudanças do ciclo de chuvas e, mormente, nos seus ciclos de plantio e colheita. 
 
A parceria buscou apoiar a partir do diálogo de saberes e de metodologias participativas o modo de vida das comunidades, principalmente, daquelas envolvidas pela ACAM – Associação Comunitária dos Agricultores(as) Familiares e Moradores de Chico Preto, São Vicente e Lamarão. Desse modo, buscamos valorizar os saberes locais e a troca de saberes científicos para a elaboração do Plano Local de Enfrentamento das Mudanças Climáticas das comunidades envolvidas. Tal projeto foi desenvolvido em rede com outras universidades públicas estaduais e federais do Estado da Bahia. Assim, buscou com essa metodologia trabalhar em diversos biomas do Estado da Bahia, conforme o livro/e-book.

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA CONFERIR O LIVRO  BOAS PRÁTICAS DE ADAPTAÇÃO E MITIGAÇÃO AS MUDANÇA DO CLIMA NO ESTADO DA BAHIA.
 

@ Divulgação
 
O projeto também previa apoio para fortalecimento das associações envolvidas. ACAM – Associação Comunitária dos Agricultores(as) Familiares e Moradores de Chico Preto, São Vicente e Lamarão elaborou um projeto interno, submeteu junto a Gamba e a COSPE e conquistou o recurso para construir a primeira casa de sementes refrigerada, conforme as figuras abaixo:
 

ACAM @ Divulgação


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Como se vê, hoje temos o resultado do trabalho extrativista em pleno desenvolvimento nas áreas de preservação/conservação das comunidades tradicionais e pequenos agricultores na APA do rio de Janeiro, Barreiras, BA. O trabalho de coleta de semente só iniciou com uma pequena amostra neste ano de 2024. Mas, há um potencial adormecido que pode agregar valorização, contribuir para a preservação e geração de renda das famílias envolvidas. Além disso, ampliar o empoderamento do trabalho feminino e a participação dos jovens “guardiões dos cerrados” , conforme o quadro abaixo:
 
Tabela da 1ª entrega de sementes para a Rede de Sementes do Cerrado:
 

Obs.: resultado da coleta de semente em 30 dias pela ACAM,
na APA do rio de Janeiro, Barreiras Bahia.
 
As mulheres e familiares em parceria com a rede de Sementes do Oeste da Bahia preservam o Cerrado nativo dentro da APA do rio Preto (Baixo Vale) além disso, contribuem para projetos de recuperação de áreas degradadas pela agricultura mecanizada na região e à montante da própria APA. Dessa forma,’ acreditamos que é um projeto que contribuiu muito para a verdadeira sustentabilidade e desenvolvimento da consciência ambiental, bem como para a Educação Ambiental de Forma contextualizada com o modo de vida das comunidades tradicionais e agricultura familiar. 
 
Em síntese, para nós professores da Universidade Federal do Oeste da Bahia e, especialmente, os colegas do grupo de “Pesquisa Educação Geográfica, Diálogo de Saberes e Cerrado” e todos os parceiros temos só agradecer a oportunidade de aprendizagem e também de retribuir junto com à sociedade civil organizada para o combate do racismo ambiental, a melhoria da qualidade de vida e, mormente, para ações que verdadeiramente discute as “ Mudanças Climáticas e as Resiliências Climáticas” em prol da sustentabilidade socioambiental de forma contextualizada com as paisagens dos biomas baianos. 
 
Equipe do projeto: 
 
Projeto que possui a equipe da UFOB (Dr. Valney Dias Rigonato (Coordenador da área do Cerrado Baiano; e os pesquisadores (Dr. Mario Alberto dos Santos; Dr. Valdeir Demetrio da Silva; DR. Luis Gustavo Henriques do Amaral; Dra. Fernanda Cristina de Oliveira Franco.
 
Por Valney Dias Rigonato, professor do Curso de Geografia e do Curso de Pós-Graduação em Ensino (PPGE) - Universidade Federal do Oeste da Bahia, Campus de Barreiras, BA.