Trepanação: entenda a cirurgia cerebral realizada em Lula

10 de dezembro de 2024 às 16:27

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Na madrugada desta terça-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma cirurgia de emergência no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após ser diagnosticado com uma hemorragia intracraniana decorrente de uma queda doméstica sofrida em outubro. O procedimento realizado foi uma trepanação, técnica cirúrgica usada para aliviar a pressão no cérebro e drenar o sangue acumulado, destaca o jornal O Globo.
 

Imagem ilustrativa
. Reprodução/Google/Divulgação
 
Procedimento foi necessário
para drenar uma hemorragia intracraniana
causada por uma queda doméstica
 
A equipe médica optou pela trepanação após exames de imagem indicarem um hematoma subdural, um tipo de sangramento que ocorre entre o cérebro e a dura-máter, a camada mais externa que reveste o órgão. Segundo o neurocirurgião Marcos Stavale, responsável pela operação, esse tipo de hemorragia pode se desenvolver semanas após um trauma aparentemente leve, o que explica a demora nos sintomas relatados pelo presidente.
 
Como a Trepanação Funciona?
 
A trepanação consiste na perfuração do crânio para criar um canal de drenagem, aliviando a pressão cerebral causada pelo acúmulo de sangue. Segundo o neurocirurgião André Gentil, do Hospital Israelita Albert Einstein, esse método é indicado quando o sangramento está em estado liquefeito, facilitando a remoção sem a necessidade de abrir grandes áreas do crânio, como seria feito em uma craniotomia.
 
Em casos como o de Lula, uma sonda é inserida por meio do orifício feito no crânio, alcançando a região afetada para drenar o hematoma”, explicou Gentil. “Usamos brocas de alta precisão e dispositivos de segurança que garantem a parada automática para evitar perfurações mais profundas.”
 
Riscos e Recuperação
 
Apesar de soar complexa, a trepanação é considerada um procedimento de rotina na neurocirurgia e apresenta baixo risco quando realizada por profissionais experientes. Segundo a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, Lula não apresentou lesões cerebrais e suas funções neurológicas foram preservadas.
 
O sangramento foi completamente drenado e o cérebro não sofreu nenhum comprometimento funcional”, assegurou o médico Roberto Kalil, responsável pelo acompanhamento clínico do presidente. Ele também afirmou que não há expectativa de sequelas após a cirurgia.
 
Com o sucesso do procedimento, Lula deve permanecer três dias na UTI e cerca de uma semana internado para monitoramento e recuperação total.
 
Leia a íntegra da matéria no Brasil 247: https://www.brasil247.com/