Em sua primeira reunião do ano com os ministros de governo na Granja do Torto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou sobre as prioridades de trabalho, mas não deixou de fora fazer observações sobre a posse de Donald Trump nos EUA, que acontece nesta segunda-feira (20).
© Ricardo Stuckert/PR
Em discurso de improviso, Lula deu recados a alguns de seus ministros e ressaltou a necessidade de focar nos resultados de governo em um ano em que a oposição já se articula para uma ampla campanha visando as eleições de 2026.
O presidente ressaltou o foco na educação brasileira e mencionou a nova lei que proíbe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas do Brasil, que, em suas palavras, privilegia "a educação, o humanismo e não os algoritmos para fazer a cabeça das nossas pessoas".
Lula destacou ainda que os preços dos alimentos são um foco de trabalho da economia, não deixou de mencionar a posse de Trump, e afirmou torcer por uma "gestão profícua" do novo presidente dos Estados Unidos.
"Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser o parceiro histórico que é, do Brasil, porque da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia", afirmou o presidente. |
Em tom firme e assertivo, o presidente reforçou a visão da política externa brasileira que reflete a diversificação de parcerias e a diplomacia como ferramenta de
negociação política.
"Nós queremos paz, nós queremos harmonia, nós queremos ter uma relação onde a diplomacia seja a coisa mais importante e não a desavença e não a encrenca, esse é o país que vamos construir, esse é o país que assumimos o compromisso de construir, esse país que temos a obrigação de entregar", completou. |